ALÍVIO

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Boa tarde, meus dengos. Como estamos? Preparadas pro momento mais aguardado de Mundo de Ilusões? Esperamos que sim. Prontas ou não, lá vamos nós. Boa leitura.



Assim que acordei, levantei e fui até a cozinha tomar café da manhã. Encontrei meu irmão sentado à mesa comendo sozinho. Embora eu tentasse de tudo para descansar a mente, afinal hoje era dia de Natal, feriado, dia de ficar com a família, de aproveitar as pessoas que amamos, a minha mente trabalhava em torno da conversa que eu teria com Bernardo, não dava mais para fugir.

- Acordou cedo - comentei.

- Militar não perde o hábito. Que vontade de dar um soco no Bernardo me deu ontem - comentou fechando o punho sobre a mesa.

- Não precisa, ele bebeu e eu também já tenho testado a paciência dele a um tempo - expliquei para acalmar os ânimos.

- O que não justifica ele gritar com você, principalmente aqui em casa. Se o pai tivesse visto ia dar problema.

- Ia mesmo, mas mais tarde eu vou lá e vou resolver isso.

- Você está bem com isso?

- Estou sim.

- Você vai atrás da garota lá depois?

- Uma coisa de cada vez.

- Você é muito racional.

- Eu já fui mais.

- Não perde muito tempo, tem coisas que não voltam, o tempo é uma delas.

- Desde quando você é sábio?

- Acho que a idade está batendo.

- Se a mamãe ouve você falando assim te manda casar.

- Então é melhor falar baixo. A mamãe vai entrar em luto quando você terminar com o bunda mole.

- Não chama ele assim, ele não é uma má pessoa.

- Não é, mas você sempre foi muita areia pro caminhãozinho dele.

- Que horror.

- Verdades.

Minha mãe logo apareceu e se juntou a nós na mesa do café. Quando olhei meu celular tinham várias mensagens do Bernardo se desculpando por ontem, me limitei a responder que estava tudo bem e mais tarde iria até a casa dele para conversarmos.

A casa do Bernardo não era perto da minha, então saí no fim da tarde e cheguei no início da noite. Ele estava me esperando quando cheguei.

- Lu, me desculpa por ontem, eu bebi demais.

- Eu sei. Está tudo bem.

- Eu queria que soubesse que eu não quero mais te pressionar, eu posso esperar o seu tempo.

- Be, vamos sentar e conversar - ele assentiu e me guiou pela casa enorme até a sala de estar. A casa parecia estar vazia, o que ajudava na privacidade, me ofereceu vinho, cerveja, mas eu recusei ambos. Sentei no sofá e ele ficou em pé - Senta aqui.

Eu bati sobre o assento do sofá sinalizando ao meu lado para que ele sentasse. Ele se aproximou e sentou onde eu bati me encarando apreensivo.

- Eu conheci uma pessoa quando estava na Bahia, eu fiquei com essa pessoa lá durante a viagem - ele me olhava com os olhos saltados respirando fraco - Eu sei que foi errado, que eu fui desonesta com você e você não merecia, mas aconteceu.

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