THE SILENCE OF THE LAMBS - JAVIER PEÑA/PEDRO PASCAL

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Anna Torres

Eu não queria falar agora pro Javier que eu estava grávida. Mas quando ele me ligou e falou comigo como se iria acontecer alguma coisa, eu não pensei duas vezes em falar. Agora tô aqui que nem uma maluca andando de um lado pro outro, e olhando de 10 em 10 minutos o celular, só pra saber notícias dele. Mas por enquanto, nenhum sinal do Javier. Eu tô ficando preocupada. As meninas passaram aqui antes de ir para o hospital, e tentaram me acalmar. 

Mas é meio impossível ficar calma em uma hora dessas, depois meus irmãos mandou mensagem no nosso grupo pedido calma. —— Tenho absoluta certeza que foi as meninas que contaram —— Já são quase meio dia. Pego meu celular para me comunicar com o Javier, mas meu celular logo vibra.

Era ele me ligando, graças a Deus!

— Como você tá ?

— Eu tô bem, querida. Eu tô bem! Demorei para te ligar, porque queria falar com você assim que chegasse em casa – explica, só de ouvir a sua voz já me tranquiliza. 

— Como foi a operação ?

— Foi um sucesso! Conseguimos prender-lo! E daqui a seis dias, a gente vai se ver.

Sorri.

— Eu vou esperar vocês no aeroporto!

— Anna, não precisa mi amor... Você tá grávida! Tem que descansar!

Reviro os olhos.

— Eu sei Javier. Eu sei! Mas isso não será um sacrifício.

— Não adianta discutir com você mesmo. É um tempo perdido!

— Ainda bem que você sabe. – ouco sua risada do outro lado.

Assim que eu encerro a minha ligação com Javier minha barriga ronca. Sigo para cozinha e começo a preparar algo para comer. Minutos depois estar pronto, coloco no prato e começo a comer tranquilamente. Já satisfeita. Arrumo a cozinha e vou assistir. De repente me sinto enjoada, corro até o banheiro levantando a tapa da privada rapidamente, vomitando tudo o que comi agora à pouco. Eu pensei que não iria ficar enjoada, que ia ser igual a mamãe.

Pelo visto não será como imaginei.

|DIA DEPOIS🔥|

06 de setembro de 2023

Quarta-feira

Termino de me arrumar e saio do apartamento, entro no meu carro e dirijo em direção ao cemitério. As vezes, —— como vocês na sabem —— eu vou para "visitar" os meus pais, principalmente se for uma data comemorativa. Hoje por exemplo, seria o aniversário do meu pai. Antes, passei em uma floricultura —— onde a dona já me conhece —— e compro dois arranjos. Chego no cemitério, e fazendo o trajeto de sempre, paro em frente aos túmulos. 

— Oi pai, oi mãe.... – deixo os arranjos em cima dos túmulos — Passei um tempinho sem vim aqui. Aconteceram tantas coisas comigo, e com os meninos. Por falar neles, os dois irão oficializar o namoro esse final de semana, finalmente. E também, conseguimos prender o assassino, quer dizer, os assassinos de mulheres. Mas antes disso acontecer, acabei perdendo o meu bebê, foi muito doloroso pra mim. Lá no fundo, eu ainda me sinto um pouco culpada pelo o que aconteceu, eu sei, eu sei, não foi minha culpa eu não sabia. Mas, é complicado! Mas esses dias, descobrir que estou grávida novamente. Eu tô feliz! Eu sinto que tive uma segunda chance. E eu vou fazer de tudo para proteger meu bebê, eu queria que vocês estivessem aqui. Vocês iam amar tanto essa criança! Só espero que onde vocês estejam, que olhem por mim. E também espero, que estejam orgulhosos da gente.....

— Ah, com certeza eles estão orgulhosos dos filhos – giro os meus calcanhares, e vejo Javier com as mãos dentro do bolso da calça e com um sorriso no rosto.

— Javier ? Eu achei que você viria na sexta feira !? 

— A ideia seria essa mas, você sabe como eu sou. Não aguentei, e adiantei a minha viajem! Pra quê perder tempo ? Agora, não vai vim me abraçar ? – dou um sorriso de canto e vou até ele. Passo meus braços pelo seu pescoço, e ele envolve a minha cintura. Deus, que saudade eu tava desse convencido!