THE SILENCE OF THE LAMBS - JAVIER PEÑA/PEDRO PASCAL

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She wants to go home, but nobody's home

It's where she lies, broken inside

With no place to go, no place to go

To dry her eyes, broken inside

Nobody's Home — Avril Lavigne🔥

Anna Torres

— Você não precisa cont.....

— Não! Eu comecei agora.... Agora quero terminar. Eu estava curtindo com minhas "amigas" quando o meu namorado me chamou para irmos à um canto mais afastado do salão. Quando nos afastamos o suficiente do pessoal, ele..... – lembranças daquele dia vem em minha memória, fecho os olhos e sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto — Ele me agarrou a força, e me abusou. Javier, a pessoa que achei que me amava me abusou. Pessoas que diziam ser minhas amigas, sabia o que ele pretendia fazer e elas não fizeram nada para mim ajudar. Quem me ajudou, foi uma garota que eu nem ao menos nos falávamos. Ela ligou pra polícia, e quem atendeu a ocorrência foi meu pai e o Sampaio, quando eles chegaram quase matam o infeliz. Eu fiquei devastada! Pensei por muito tempo que a culpada dele ter feito isso, tinha sido eu, e quem me ajudou a superar foi o meu pai. Ele e o Sampaio são os únicos que sabem do que aconteceu comigo, minha mãe nunca soube, e meus irmãos então, nem imagina. Passei quase dois anos da minha vida sem ânimo pra nada. Sem vontade nenhuma de sair. De passear com minha família. E se seu saísse, eu não era mais aquela menina alegre de antes, minha mãe e meus irmãos achavam estranho meu comportamento. Eu quase entrei em depressão. E depois de quase dois anos, eu decidir entrar para policia, queria entrar nem que eu fosse como uma escrivã. Mas meu pai me incentivou a entrar como uma policial.... – dou um sorriso amarelo ao me lembrar do dia em que ele teve essa conversar comigo, ele dizia que meus irmãos e eu éramos capazes de conquistarmos o que quiserssemos — Estudei, fiz a prova, e conseguir passar. Quando soubemos do resultado, meus pais e meus irmãos ficaram felizes por mim, e decidimos comemorar. Foi aí que eu perdi meus pais....

Eu não me aguentei e comecei a chorar até soluçar. Javier me abraça tentando me acalmar. Contar sobre a morte do meus pais, é pior que contar sobre o que aconteceu comigo na festa de formatura, porque perdi meus dois alicerce. Meus pais eram tudo pra mim. Quando me acalmei, me afastei do Javier e continuei a contar. Ele tentava me impedir de continuar, mas eu nego. Eu tenho que terminar!

Tenho que colocar isso pra fora.

— Anna, eu acho que... – Javier tenta me impedi, mas eu continuo falando.

— Fomos para um restaurante. Quando resolvemos ir embora pra casa, dois caras armados nos barraram. Meus irmãos ia enfrenta-los mas meu pai os impediu, ele até tentou conversar com os caras, mas ele recebeu dois tiros no peito. Minha mãe entrou em desespero e eles atiraram nela também.... – limpo as lágrimas com a manga da camisa — Os dois correram e o Nathanael correu atrás deles, os caras atiraram no meu irmão, mas felizmente o tiro passou de raspão pelo braço. Chris e eu ficamos com os nossos pais tentando reanimá-los. Mas eles morreram em nossos braços. No enterro, eu tive um ataque de pânico. Os dois caras responsáveis foram presos. Sampaio fez de tudo para procurá-los e prende-los. Eu ia começar a ficar mal novamente, mas eu sempre pensei no que meu pai acharia disso. Meus pais não ia querer que eu ficasse assim. Que seus filhos ficassem assim. Eu não queria lhe contar porque dói falar sobre o assunto. Mas aí eu pensei; se eu falar hoje, amanhã, ou outro dia. Vai doer do mesmo jeito! – dou de ombros e me levanto do sofá, e ele me olha curioso. Vou em direção a porta à abrindo, e antes deu sair, eu falo: — Agora você sabe a minha história.

Saio do seu apartamento sem ao menos deixá-lo falar alguma coisa. Abro a porta do meu, e vou direto para o meu quarto. Me encosto na porta do cômodo, e vou deslizando até o chão do quarto. Minha visão está turva devido as lágrimas, e deixo elas escorrerem pelo meu rosto levando também as minhas dores.