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Anna Torres

06 de junho de 2023

Terça-feira

|Madrugada|

Já era meia noite e meia e a gente continuava no bar. Javier ficava sempre me provocando, porém eu não deixava por baixo, os meus irmãos e o Steve sempre riam quando acontecia alguma intringuinha entre nós dois. Decide que estava no meu horário, como trabalhamos no final de semana, o Sampaio nos deu a segunda e a terça —— no caso hoje —— uma folga. Mas se acontecer alguma coisa, a gente tem que ir.

Mesmo estando no nosso dia de descanso.

— Bem pessoal, tenham uma boa madrugada. Mas eu vou pra casa! – digo me levantando

— E você vai sozinha, à essa hora ? – Nathanael pergunta

— Vou sim! É aqui perto! – quando ele ia protestar, eu falo: — Deixem de serem muito protetores comigo. Eu sei me virar!

— Você sabe ser teimosa, isso sim! – diz Chris e eu reviro os olhos.

Antes que os dois protetores falassem mais alguma coisa, saio do bar em passos largos. Eu amo os meus irmãos! Mas tem momentos que eles são protetores demais. Vocês tem que ver em campo, as vezes irrita. Ando calmamente para o meu apartamento, quando uma mão agarra o meu antebraço esquerdo. Me viro rapidamente e seguro o seu pulso, quando ia torcer-lo, vejo que era o Peña. Mas o que... Porra!

— Você é maluco ? – cruzo os meus braços.

— Calma princesa, calma. Eu só queria te acompanhar! Não precisava me tratar assim – ele massageava seu pulso.

— Já pensou se eu quebrasse o seu braço ? Pesava você me chamar ?

— Preocupada comigo, mi amor ?

— Não seja ridículo. Aliás, o que você quer ? Por quê não ficou com os meninos ?

— Você decidiu vim embora, o lugar ficou sem graça! E também, eu quis te acompanhar!

— Tanto faz. Vamos, então!

Ele coloca as mãos nos bolsos da jaqueta e me acompanha. Passamos um bom tempo em silêncio, não dizíamos uma palavra se quer, a madrugada do Rio de Janeiro estava fria. Meu celular apita informando que tinha chegado uma nova mensagem. Pego meu celular do bolso, e verifico a mensagem, um calafrio percorre por toda a espinha. Oh, merda!

Número desconhecido:
Aconselho a você e seus amiguinhos, à me deixar em paz. Não se metam no meu caminho, ou irei acabar com cada um de vocês. Fique sabendo que estou sempre vigiando os cincos, principalmente você agente Torres. Aliás, feliz aniversário!

Paraliso assim que termino de ler a mensagem. Mas que porra é essa ? Olho para os lados, procurando indício de alguém ali por perto. Porém não encontro! Mas que droga.... Isso é algum tipo de brincadeira ?

— O que aconteceu, Anna ? – mostro a mensagem pra ele — Parece que o cara estar na nossa cola também. O lado ruim é que ele sabe quem é a gente, e nós, não sabemos quem é ele. Vou ligar para o Steve e informá-lo. Os rapazes tem que saber disso!

— Tudo bem, mas antes, vamos para o apartamento. Ficar aqui parados não é muito adequado. Estamos desarmados! E não temos como nos defender se acontecer alguma coisa – Javier concorda, e caminhamos em passos largos até o apartamento.

Saio do elevador e entramos no meu apartamento. Javier liga para o Steve informando o que aconteceu, logo os três homens aparecem na minha porta. Nathanael pede meu celular, e começa a ler a mensagem. Assim que termina de ler ele me entrega.

— Temos que hackear esse número! Tentar descobrir quem mandou – disse Chris.

— Vamos para delegacia descobrir quem mandou essa mensagem – já estava me preparando para sair, quando sou impedida pelo Nathanael — O que foi ?

— Você fica aqui com o Javier! Steve, Chris e eu vamos para delegacia. Nós iremos hacker o número, e qualquer coisa ligamos pro Javier. A mensagem veio pro seu celular, ninguém sabe o que pode acontecer durante a ida. O Steve te trás o celular de volta! De preferência, mudaremos seu chip. – quando eu ia abrir a boca pra reclamar, ele me corta — Não adianta reclamar, Anna. Você vai ficar! – eu o encaro indignada e os três saem rumo a delegacia.