- Capítulo 26 -

2.4K 275 361
                                    

Knock Knock

O barulho das batidas na porta fizeram Jihyo se encolher ainda mais sob a coberta. Depois de se entregar sem querer para a mãe, a menina se atrapalhou em uma sessão de desculpas antes de correr para o andar superior, se trancando no quarto com a esperança de que Mina ficasse em choque por tempo o suficiente para não segui-la.

A Myoui não decepcionou. Após ver a filha sair voando de seu escritório, ela ficou parada encarando Tzuyu por pelo menos quinze minutos, até a pequena taiwanesa se cansar da situação e lutar para sair dos braços da mãe, engatinhando em busca de seus brinquedos no cantinho onde estava dormindo anteriormente e ignorando o colapso existencial que ocorria ali ao lado.

Quando enfim se recuperou, a japonesa voltou para o trabalho, repensando sua atitude e tom ao gritar com a filha. Não era assim que queria reagir à primeira confissão de amor da menina, porém, foi tão abrupta que foi impossível se conter. Aliás, até agora Mina não se sentia pronta para discutir o assunto, por isso, esperou suas namoradas voltarem para casa para lhe ajudarem, aproveitando para contar também sobre a conversa importante que tiveram antes de tudo.

A reação de ambas foi bem distinta. Enquanto Nayeon caiu na gargalhada gritando um "Eu sabia!", os olhos de Jeongyeon começaram a lacrimejar, fazendo a Yoo morena gritar mais uma vez, tendo avisado que a esposa ia entrar em colapso junto com Mina. Felizmente, quando a emoção passou, elas de imediato se ofereceram para conversar com a criança, que não tinha saído do quarto desde que se trancou.

— Hyo, abre a porta, por favor. — Jeongyeon pediu tranquila, repetindo as batidas na porta.

— Vai embora, Jeongyeon-unnie!

— Jihyo, somos só eu e a Jeongie. Nós trouxemos comida pra você, um pouco de água e seu remédio. — Combinando o tom com o da esposa, Nayeon fez sua presença conhecida.

— Sua mãe está preocupada. Pelo menos nos deixe te ver e saber que você está bem, não vamos conversar sobre nada que não queira.

Jihyo soltou um suspiro vindo do fundo do coração. Jeongyeon sabia exatamente que botões apertar para fazê-la cooperar e em pouco segundos, a menina já havia se desenrolado do cobertor para destrancar a porta. As mulheres esperavam com uma bandeja em mãos, contendo algumas tigelas com o que deveria ter sido o jantar e o vidrinho de xarope, e não perderam tempo ao passarem pelo espaço que a Park cedeu antes de tornar a fechar o quarto.

Nayeon foi em direção a escrivaninha abarrotada de materiais escolares e livros para colocar as travessas enquanto Jeongyeon se sentou na cama. Jihyo se contorceu sob o olhar de sua unnie e sentiu as bochechas corarem, porém, não hesitou quando foi chamada para adentrar em seus braços, sentada numa posição similar a que estava com sua mãe Mina mais cedo.

— Então, nós soubemos que você queria falar com a gente. — A loira resolveu começar pelo assunto que em sua mente causaria menos desconforto.

Antes de subir, ela e a outra Yoo tiraram um tempo para falar com as pequenas japonesas de sua família. Como foi com Dahyun e Chaeyoung, o brilho no olhar das crianças quando esclareceram que já haviam às adotado em seus corações era inesquecível e elas passaram um tempo as abraçando, garantindo que não havia problema nenhum se quisessem espalhar para quem conhecessem que também eram Yoos. Momo decerto não teria pudor em transmitir a informação se perguntassem.

Outra coisa que fizeram foi assistir centenas de vezes durante o jantar o vídeo dos primeiros passinhos de sua filha caçula, enchendo o rostinho dela de beijos e parabenizando pela conquista, mesmo que ela não estivesse entendendo muito todo aquele alarde. As Yoo fizeram questão de enviar o arquivo para os avós das crianças e antes de subir, ouviram o celular de Mina tocar, anunciando que eles com certeza haviam assistido e estavam tão emocionados quanto o trisal.

Beautiful SkyeWhere stories live. Discover now