- Capítulo 17 -

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— Mamãe! — Dahyun sorridente emergiu pela porta, correndo em seu pijama xadrez até a cama onde Mina tinha sua sessão de leitura matinal — Bom dia!

A mulher ficou surpresa ao ver a filha acordada às sete e meia da manhã. Era muito cedo, mesmo que as meninas usualmente não dormissem até tarde. Essa, na verdade, era a razão pela qual tinha separado esse horário específico para ler os livros que havia comprado há quase um mês atrás, no aniversário de Jihyo. Mina pensou em todo um cronograma para conseguir conciliar suas atividades pessoais, trabalho e as filhas, e até agora tinha dado certo na medida do possível. Ainda haviam dias em que ficava presa na empresa, ou semanas em que se dedicava muito a sua família e esquecia de cuidar de si mesma, mas em geral, se organizar tinha permitido uma melhora geral em seus hábitos.

— Bom dia, meu pedacinho de tofu. — Ajudou a pequena a subir na cama enchendo o rostinho de beijos e depois passando a mão pela bochecha branquinha na tentativa de tirar os vestígios do sono em forma de saliva seca dali — Porque acordou tão cedo?

— Fome. — A menina escondeu o rosto vermelho no pescoço de Mina, puxando o cobertor que exalava seu cheiro para perto — Minha barriga começou a roncar e não consegui dormir de novo.

— Mamãe disse para você jantar ontem, não foi? — Myoui arqueia a sobrancelha com a sombra de um sorriso no rosto.

— Sim, mamãe. Eu vou jantar hoje, prometo.

— Tudo bem, vamos arrumar um lanchinho para você.

— Hm... Eu já procurei.

— E porque essa barriguinha aqui continua a roncar? — Perguntou enfatizando com um carinho brincalhão que a fez rir.

— Não tinha mais bolinhos, nem biscoitos, nem cereal no armário. — Dahyun recitou a lista usando os dedinhos para contar — E os iogurtes na geladeira também acabaram. Oh, e as frutas! Não encontrei os suquinhos e acho que...

— Okay, entendi. Parece que vamos precisar fazer compras. — Mina suspirou, começando a pensar na lista do supermercado e em como manteria suas filhas sob controle. Ela nunca havia as levado para comprar mantimentos, na realidade, fazia tempos que ela mesma não saía para realizar essa tarefa — Alguma de suas irmãs acordou também?

— Chaengie está sentada na cama, mas os olhinhos dela estão fechados, então ela ainda está dormindo? Não sei. — Um vinco confuso apareceu no centro de suas sobrancelhas — E a Sana-unnie está na sala vendo desenho.

— Okay, vamos arrumar sua irmã na cama e descer para tentar achar ao menos um pouco de leite e Mucilon para fazer um mingau para vocês. — Mina trocou o livro pelo celular sobre a mesa de cabeceira e levantou, trazendo Dahyun junto em seu colo.

Como dito pela Kim, Chaeyoung estava em uma posição estranha: sentada agarrada em sua manta e com a nova chupeta de tigrinho pendurada em seus lábios, os olhos completamente fechados. Mina conteve a risada ao ver a cena, sabendo que sua filha não ficaria de bom humor se fosse acordada agora. Depois de verificar se estava tudo certo e tirar a chupeta da menina para guardar no case, a deitou de novo e a protegeu do ar frio do cômodo com outro cobertor. Dahyun, sempre amorosa, aproveitou a oportunidade para deixar um beijinho gentil na testa da irmã.

A parada seguinte foi o andar inferior. Sana nem ao menos se mexeu com o barulho de passos descendo a escada, focada demais no desenho sendo reproduzido na televisão. A menina parecia tão em paz, enrolada em seu cobertor e cercada pelas almofadas, que a Myoui sentiu pena de interrompê-la para verificar se tinha escovado os dentes e arrumado a cama antes de descer. Felizmente, a japonesinha não se incomodou, pausando o desenho para cumprimentar a mãe com um abraço.

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