- Capítulo 4 -

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N/A: Olá gente! Mais um capítulo e assim, não pulem por favor pois as coisas vão ficar melhores a partir de agora kkk tenham uma boa leitura e espero que gostem, bjos.


— Deixe-me ver se entendi. A senhorita encontrou seis crianças desconhecidas abandonadas em uma casa, trouxe elas para cá sem pensar e agora não sabe o que fazer. É isso? — Seulgi pergunta tentando processar todas as informações que recebeu nos últimos minutos.

Mina tinha ligado para ela muito cedo, o Sol mal havia nascido ainda. Esse fato fez Seulgi se preocupar imediatamente, afinal, além de nunca ter acontecido, não era do feitio da mulher tratar de assuntos da empresa com ela aos fins de semana, o trabalho que lhe foi designado no dia anterior sendo uma exceção pela qual ainda tentou se desculpar. Sua aflição só aumentou quando em um tom nervoso, Myoui pediu para ir até sua casa o mais rápido possível sem explicar o porquê. Seulgi se apressou em cumprir o pedido e em menos de uma hora já estava no local.

Assim que chegou, a mulher foi recebida por uma versão desconhecida de sua chefe, com roupas casuais de moletom, círculos escuros sob os olhos e o cabelo castanho preso em um coque bagunçado. Sua vontade de saber o que houve para deixá-la em tal estado não demorou a ser atendida quando, após ser guiada para sentar em uma das banquetas do balcão que dividia a cozinha da sala de jantar, Mina começou a contar os ocorridos do dia anterior enquanto fazia duas xícaras de café.

E Seulgi ainda não conseguia acreditar no que ouviu.

— É basicamente isso. Na verdade, elas não eram todas desconhecidas, ajudamos Momo no começo da semana. — Mina encolhe os ombros se sentando ao lado de sua assistente e lhe passando uma das xícaras — Eu não podia deixá-las naquele lugar, entende? Também não me pareceu uma boa opção chamar os serviços sociais. Eu sei que existem boas pessoas trabalhando lá e que realmente se importam com as crianças, é só que... — Suspira cansada e bebe um pouco do próprio café quente sem encontrar as palavras certas para se explicar.

Mesmo tendo passado uma boa parte da madrugada pensando em como contar a situação para sua assistente, ainda era difícil externar tudo o que sentiu e tudo que guiou suas decisões naquele momento. A única certeza em sua mente é que não deixaria nenhuma das meninas voltar para o antigo lar ou serem separadas de alguma forma, algo que após grande reflexão percebeu ser possível pois nenhum outro lar de acolhimento aceitaria tantas crianças de uma vez, ainda mais se elas não tivessem qualquer tipo de laço sanguíneo. Atormentada por todas as possibilidades ela resolveu pedir ajuda logo para Seulgi, apenas esperando o Sol aparecer para não soar mais desesperada do que já estava.

Não que tenha feito algum efeito.

— Uau... Eu realmente não esperava isso quando a senhorita me ligou. Fiquei preocupada achando que tinha sofrido um acidente ou algo do tipo, e por algum motivo essa possibilidade parece muito mais fácil de resolver.

— E é. Você só teria que me acompanhar até o hospital para preencher minha ficha e voltar para sua casa. — Uma risada sem humor escapa — E por favor, pare de me chamar de senhorita ou qualquer coisa formal, soa estranho quando você está bebendo café na minha casa comigo vestida assim.

— Tudo bem, Mina. — Seulgi se permite sorrir um pouco para a mulher mais nova, mesmo que a situação não tenha sido a melhor, estava feliz em sentir que a proximidade entre elas crescia cada vez mais — Bom, eu entendi o que aconteceu, só não entendi direito o porquê da minha presença aqui.

— Eu simplesmente não sei o que fazer agora e não acho que consiga resolver sozinha. Não posso mandá-las de volta, prometi para mim mesma que cuidaria delas e garanti a Jihyo que ficariam bem. É impossível fazer qualquer um dos dois se elas voltarem para o sistema... as ao mesmo tempo, não sei se devo mantê-las. Sinto uma conexão enorme que nunca havia sentido antes, um desejo de cuidar, proteger... Mas tenho medo de não ser o que elas precisam. — À essa altura lágrimas já escorriam pelo rosto de Mina e a mesma, muito constrangida por sua fraqueza, evitava o olhar da outra mulher — Elas precisam de uma família que possa dar atenção, tempo, amor e carinho, e até o começo dessa semana eu mal conseguia conversar com você. Como posso ser tudo isso para seis crianças? Será que devo privá-las de encontrar pessoas melhores por conta de uma promessa? Eu posso estragar tudo Seulgi e elas já sofreram tanto... A Sana... — Sem aguentar mais se conter, ela deixa os soluços escaparem e esconde o rosto entre as mãos.

Beautiful SkyeHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin