- Capítulo 25 -

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Ficar doente estava no top 5 de coisas que Jihyo mais odiava no mundo.

Seus sintomas iniciais foram mais leves do que o das irmãs, porém, elas se recuperaram muito mais rápido, tendo sido convencidas a tomar todos os chás e xaropes possíveis. Enquanto isso, a Park piorou no último segundo, sendo obrigada a passar mais uma semana trancada em casa. Podia parecer uma benção para alguns, mas era um terror para a garotinha, já que não podia ver seus amigos, frequentar as aulas ou seus treinos, e Mina não a deixava nem ajudar nas tarefas domésticas insistindo que ela deveria descansar.

Ela agradecia o cuidado. Seu estômago tinha lapsos de revolta e seu cérebro parecia querer explodir em certos momentos, tanto que precisou desistir de ler seu ebook, pois a luz do aparelho era um gatilho fortíssimo. Mas sem a possibilidade de fazer nenhuma tarefa interessante, Jihyo sentiu que iria morrer de puro e completo tédio.

Cansada de ficar deitada em sua cama de pijama olhando para o teto, ela se levantou e seguiu para o andar inferior, onde sua mãe estava trabalhando no escritório. Era estranho andar pela casa sem ouvir o som alto da televisão ou suas irmãs espalhando o caos ao lado de Nayeon e Jeongyeon. Embora ela agradecesse. Todo o barulho a deixava atordoada e mesmo quando não estava doente, era estressante tentar viver em paz com aquela quantidade de pessoas em casa. Ter apenas ela, Mina e Tzuyu por uns dias estava sendo um bom descanso para seus pobres neurônios.

— Mamãe, o que a senhora tá fazendo? — Com um biquinho nos lábios, a menina entrou no cômodo, vendo a mulher sentada com as pernas cruzadas atrás da mesa de mogno parecendo absorta nos papéis à frente.

Ela também não tinha tirado o pijama. Suas companheiras haviam insistido que poderiam deixar as outras meninas na escola e que ela deveria ficar em casa, cuidando da filha mais velha e da pequena Chou. Mina não resistiu, afinal, tinham sido tempos cansativos e não havia energia em seu corpo para passar um longo dia na empresa, além de saber que haveria uma preocupação constante rondando seu cérebro sobre Jihyo ficando em casa. A criança certamente arrumaria algo que não deveria para fazer e iria demorar ainda mais para se livrar da gripe.

— Só estou resolvendo alguns detalhes da tour de um dos grupos e dos próximos comebacks. Por que, babe?

— Não aguento mais ficar na cama sem fazer nada, mamãe. — Choramingou, esperneando com os ombros caídos — Posso ficar aqui vendo a senhora trabalhar?

— Claro filha, venha aqui. — Mina riu de sua expressão emburrada, se afastando da mesa e dando um tapinha no colo como convite.

A coreaninha aceitou sem hesitar, correndo para sentar de lado sobre suas pernas e apoiar o rosto em seu peito, se aconchegando bem antes de enfim suspirar contente. Ficar ali não resolveria sua crise de energia acumulada, mas não havia lugar melhor para se sentir entediada. Eram raras às vezes em que podia ficar apenas curtindo a presença de sua mãe e recebendo um cafuné, então ela aproveitaria cada segundo.

Vendo a satisfação da criança, Mina não pode evitar provocá-la:

— Meu neném só queria um colinho, né? — Riu novamente, tirando a franja da testa da menina para enchê-la de beijos, apertando-a em seus braços.

— Mamãe, eu não sou mais neném! Para! — Jihyo tentou escapar, não conseguindo segurar o riso com os cheirinhos dados em seu pescoço e os dedos lhe fazendo cócegas.

— É neném sim! O neném da mamãe!

— Não mãe, eu tenho doze anos!

— Você pode ter trinta anos, mas ainda vai ser a minha nenenzinha!

— Manhe!

Mina ignorou e continuou a série de beijinhos e abraços até o rosto da filha ficar vermelho de tanto rir e agarrar seu pescoço, pedindo uma trégua. Sem querer que ela começasse a soluçar ou acordasse sua outra neném que tirava uma soneca pós mamadeira no canto do escritório, a japonesa cedeu, ajudando-a a se acalmar com um carinho suave nos cabelos macios. Jihyo retornou o afeto, usando os dedinhos para mexer no lóbulo de sua orelha, um gesto que pegou com Tzuyu e Dahyun.

Beautiful SkyeWhere stories live. Discover now