Beautiful Skye

- Capítulo 1 -

N/A: Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que leram, votaram e comentaram, vocês não fazem do quão é importante e motivador para qualquer autor ter seu trabalho reconhecido❤️ Enfim, as coisas começam a realmente se desenrolar a partir desse capítulo então espero que gostem e tenham uma boa leitura, bjos.

Depois de toda a confusão na sala de prática no meio da manhã, Mina levou Momo para a enfermaria da empresa. Levou uma quantidade significativa de tempo e habilidade de persuasão da mais velha para a garota sair de seu colo; só conseguindo depois de prometer que ficaria segurando sua mão o tempo todo e, mesmo assim, Momo ainda se encolhia contra ela cada vez que a enfermeira a tocava para tratar os pequenos cortes em seus braços; onde o vidro tinha conseguido atravessar a blusa manga longa.

Mina estava feliz por ter pensado em colocar uma pequena enfermaria no prédio, certamente Momo não teria aceitado ir para um hospital para tratar os ferimentos.

Com tudo resolvido, a mulher levou a criança para seu escritório usando a desculpa de que Momo não aproveitaria as aulas que ainda lhe restavam quando, na verdade, por algum motivo que não entendia, Mina não queria deixá-la ainda.

— Momo, você está com fome?

— Não, CEO-ni... — Seu estômago roncando impediu qualquer tentativa de Momo de negar o quão vazio ele estava — Sinto muito — O uso repentino do japonês não surpreende tanto Mina pois nas breves conversas que tiveram ela pode identificar o sotaque que uma vez ela mesma possuía.

— Não se desculpe por estar com fome Momo. — O pedido de desculpas foi dispensado também em japonês para espanto e admiração da garotinha.

Sem notar o efeito do uso de sua língua materna, a CEO se levanta do sofá e, após uma olhada rápida no relógio, percebe que já era hora do almoço. Ela não queria ir para o refeitório, que a essa hora estaria começando a ficar lotado, mas como uma figura pública sabia que ser flagrada sozinha na rua com uma criança poderia gerar muitos questionamentos da imprensa e tinha potencial para virar um escândalo, o que ela queria evitar ao máximo, portanto, o refeitório teria que servir — Vamos, vou levar você para comer alguma coisa lá embaixo, já está na hora do almoço.

— CEO-nim, eu posso ir sozinha. — A criança parecia alarmada pela possibilidade, com os olhos arregalados e as mãos inquietas no colo.

Isso acendeu mais um alarme na cabeça de Mina, porém, ela não queria causar mais desconforto na menina depois de tudo, mesmo que seus instintos estivessem gritando para ela segurá-la e descobrir o que diabos estava acontecendo com aquela criança para cuidar dela.

— Okay Momo... Mas pedirei para a Srta. Kang te acompanhar até o refeitório e garantir que você pegue algo para comer antes de subir novamente, tudo bem? — O tom de Mina não deixou espaço para a criança discutir isso — Além disso, me chame de Srta. Myoui, às vezes é desconfortável ser chamada apenas pelo meu título.

Mina lança um pequeno sorriso esperando que seu pedido seja aceito pela pequena Momo. Ela sabia que os honoríficos eram importantes para os coreanos, assim como para os japoneses, mas depois de anos morando nos Estados Unidos ela não conseguiu se acostumar completamente com eles.

— T-Tudo bem, Srta. Myoui.

Assim, as duas se despediram com um breve aceno e uma reverência da parte de Momo antes de deixar o escritório. Mesmo com um adeus tão formal, era claro como água para quem assistisse a cena que nenhuma delas queria realmente se separar. Os passos hesitantes de Momo ao deixar o escritório e a postura rígida de Mina sendo os maiores indícios.

Agora sozinha, Mina tentava entender o porquê de se sentir tão protetora com a criança, toda essa conexão era um sentimento novo e estava sendo complicado processar. Em seus quase 3 anos no comando da empresa ela conheceu muitas crianças e adolescentes que entraram com o objetivo de se tornarem grandes ídolos um dia, mas nunca foi assim, e ela não sabia se isso era bom ou ruim. Independente disso, era certo que não conseguiria deixar tudo o que aconteceu para trás e, em sua mente, planos para descobrir mais sobre a pequena japonesa e ajudá-la começaram a se formar.