- Capítulo 3 -

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N/A: Por conta dos meus horários da faculdade e algumas coisas que aconteceram essa semana o capítulo veio bem atrasado e sem revisão mas farei o possível para corrigir qualquer erro antes da próxima att. Espero que gostem e tenham uma boa leitura bjos.

Okay, o que eu faço agora?

Essa era a pergunta que circulava repetidamente na mente de Mina enquanto dirigia. No banco de trás do carro, as seis meninas estavam acomodadas em silêncio olhando para as ruas de Seul, ruas que a essa hora da noite já estavam completamente desertas.

Jihyo lhe explicou que os responsáveis pelo lar de acolhimento haviam saído há uma semana e não voltaram mais, desde então elas estavam se mantendo com os poucos suprimentos da casa e com a comida que Momo trazia do refeitório da empresa durante o período de almoço. A última parte explicava o porquê da japonesa de cabelos negros não querer companhia no início da semana. Park também lhe informa que Tzuyu estava com febre há quase dois dias e, com medo de algo ruim acontecer com a bebê, Momo saiu sem avisar atrás dela.

Ainda não entrava na cabeça da empresária como os donos da casa simplesmente saíram do lugar assim do nada. Na verdade, a coisa mais difícil de entender era como pessoas assim foram habilitadas para cuidar dessas crianças, não havia nem o mínimo necessário para a aprovação da assistência social, um ambiente seguro e salubre.

— Mina-unnie, nós já estamos chegando?

— Sim Momo-chan, estamos quase lá.

A decisão de levar todas para sua casa não foi muito bem pensada, entretanto, Mina se recusava a deixar as meninas naquela casa fria e sem estruturas por mais tempo. Ela poderia ter chamado um assistente social para resolver tudo, afinal, a situação era de responsabilidade deles também já que as visitas obrigatórias claramente não estavam ocorrendo e mesmo que o casal tivesse saído há poucos dias, a negligência parecia acontecer por muito mais tempo, mas em sua mente, não valeria a pena. É claro que em algum momento o caso teria que ser reportado às autoridades, simplesmente ficar com as seis assim não funcionaria e poderia acarretar em um problema maior, a empresária só não via benefício nenhum em chamar pessoas desconhecidas para levá-las nessa noite.

— Nós chegamos.

O Mercedes é conduzido para dentro de um grande condomínio, cheio de casas modernas e luxuosas, o local se adequava à posição e à riqueza que Mina possuía, mesmo que ela não ligasse realmente para isso. Com mais alguns poucos minutos rodando no lugar, se afastando da entrada e da parte mais habitada, o carro saiu da rua e subiu por um caminho de pedras até finalmente estacionar na garagem da maior propriedade do local.

Para as cinco meninas que a observavam, a casa parecia ter saído de um programa de televisão, com dois andares, janelas de vidro, sacadas e detalhes em mármore, além do que parecia ser um gramado na frente; no momento ele estava coberto de neve mas após o inverno certamente teria um tom brilhante e imaculado de verde.

— Uau... Você mora aqui Mina-unnie? — Momo é novamente quem corta o silêncio, e pelo retrovisor, a mais velha consegue ver o espanto e admiração no rosto de todas as crianças.

— Sim. — Ela sorri de canto se sentindo quase orgulhosa.

Aquele lugar, que nunca representou nada além da sua solidão, que nunca se sentiu como um lar de verdade e não proporcionou nenhuma memória marcante de felicidade ou conforto, talvez agora pudesse ser mais do que isso com a presença das pequenas. A ideia lhe agradava muito, porém, no fundo sabia que tinha que tomar cuidado para não se deixar levar e criar muitas esperanças, afinal, a situação poderia ser apenas temporária...

Beautiful SkyeWhere stories live. Discover now