<Cap 79 - Pacify Him>

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(...CAPITULO NÃO REVISADO...)

Mew estava deitado na cama fingindo dormir para não falar com ninguém, quando as batidas na porta finalmente se tornaram demais para ele. Ele se arrastou para fora da cama, franzindo o rosto. Por mais que ele tivesse fingido que estava tudo bem na estufa, ainda tinha dores no corpo inteiro por tudo que havia sofrido na noite anterior.

Ele sabia quem era antes de abrir a porta. Talvez Namjoon tivesse conseguido se transformar em um rato outra vez. Dessa vez, ele podia continuar um maldito rato pelo resto da vida, porque ele, Mew Suppasit, não ia fazer nada a respeito.

Gulf trazia o caderno de desenho, os cabelos brilhantes reluzentes nas luzes do corredor. Ele se apoiou na porta, ignorando o jorro de adrenalina produzido ao vê-lo. Ele imaginou o porquê, e não foi a primeira vez. Mild utilizava a beleza como utilizava o chicote, mas Gulf não fazia a menor ideia de que era lindo. Talvez fosse por isso.

Ele só podia pensar em uma razão para Gulf estar lá, embora não fizesse o menor sentido depois do que ele dissera a Gulf. Palavras são como armas, seu pai lhe ensinara, e ele quis machucar Gulf mais do que jamais havia desejado machucar um garoto. Em geral, ele apenas os queria, e depois queria que o deixassem sozinho.

-Não diga - ele disse, proferindo as palavras daquele jeito que ele sabia que Gulf detestava. – Namjoon se transformou em uma jaguatirica e você quer que eu faça alguma coisa a respeito antes que Mild o transforme em uma estola. Bem, você vai ter que esperar até amanhã. Estou fora de expediente. - Ele apontou para o pijama azul com um buraco na manga que estava usando. - Veja. Pijama...

Gulf parecia mal tê-lo escutado. Ele percebeu que Gulf estava carregando alguma coisa nas mãos - O caderno de desenhos.

-Mew - ele disse. - É importante.

-Não me diga - ele respondeu. - Você está com uma emergência artística. Precisa de um modelo nu. Na verdade, não estou a fim. Você pode pedir para Hodge - acrescentou, como uma ideia que tivesse ocorrido depois. - Ouvi dizer que ele faz qualquer coisa por...

- MEW! – Gulf interrompeu, com a voz se elevando a um grito. -QUER CALAR A BOCA POR UM SEGUNDO E OUVIR, POR FAVOR?

Ele piscou.

Gulf respirou fundo e olhou para ele, a expressão cheia de incerteza. Um impulso estranho surgiu em Mew: o impulso de colocar os braços em volta de Gulf e dizer que estava tudo bem. Não o fez. Pela sua experiência, as coisas raramente estavam bem.

-Mew - ele disse, tão suavemente que Mew teve de se inclinar para a frente para ouvir. - Acho que sei onde a minha mãe escondeu o Cálice Mortal. Está dentro de um quadro.

- O que? - Mew ainda o estava olhando como se ele tivesse dito que havia encontrado um dos Irmãos do Silêncio dando estrelas no corredor. - Quer dizer que ela escondeu atrás de uma pintura? Todas as pinturas da sua casa foram arrancadas das molduras.

-Eu sei. - Gulf olhou para o quarto de Mew. Não parecia haver mais ninguém ali, para alívio dele. - Então, posso entrar? Quero te mostrar uma coisa.

Ele deu passagem a Gulf.

-Se precisa...

Gulf se sentou na cama, equilibrando o caderno nos joelhos. As roupas que Mew estava usando antes estavam espalhadas por cima das cobertas, mas o resto do local estava impecável, como o quarto de um monge. Não havia fotos na parede, pôsteres ou fotos de amigos ou familiares. Os lençóis eram brancos e estavam esticados sobre a cama. Não era exatamente o quarto típico de um adolescente.

- Aqui - disse Gulf, virando as páginas até encontrar o desenho da xicara de café. - Veja isso.

Mew se sentou ao lado dele, jogando para o lado a camiseta que estava ali.

!¿Where it all began?!Where stories live. Discover now