<Cap 13 - Where are you>

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(Obs: Capitulo não revisado, desculpe qualquer erro ortográfico)

Gulf foi inundo por um sentimento de fúria, uma onda calorosa circulando suas veias. Sem sequer pensar a respeito, ele atacou o rosto de Mew, arranhando as bochechas dele com as unhas. Mew deu um salto para trás, surpreso com a situação. Libertando-se, Gulf correu em direção às luzes da Seventh Avenue.

Quando alcançou a rua, Gulf girou, esperando ver Mew logo atrás. Mas o beco estava vazio. Por um instante, olhou incerto para as sombras. Nada nelas se mexia. Olhou para frente e correu para casa...

A noite havia se tornado ainda mais quente, e correr para casa soava como nadar o mais rápido possível em sopa fervente. Na esquina de seu quarteirão, Gulf ficou preso por um sinal vermelho para pedestres. Ele saltitou impacientemente enquanto o tráfego de carros passava em um borrão de faróis. Tentou ligar para casa outra vez, mas Mew não havia mentido; o telefone dele não era um telefone. Pelo menos não parecia com nenhum telefone que Gulf já tivesse visto. Os botões do sensor não tinham números; só alguns daqueles símbolos estranhos, e não havia tela.

Correndo pela rua em direção a casa, ele viu que as janelas do segundo andar estavam acesas, o que, em geral, significava que a mãe estava em casa. Tudo bem, ele disse a si mesmo. Está tudo bem. Mas o estômago embrulhou assim que ele pisou na entrada. A luz do teto havia queimado, e o saguão estava escuro. As sombras pareciam cheias de movimentos secretos. Tremendo, ele começou a subir.

- Aonde você pensa que vai? - disse uma voz...

Gulf girou.

-O que...

Ele parou no meio da frase. Seus olhos estavam se ajustando a pouca luz, e ele podia enxergar o formato de uma poltrona grande, na frente da porta fechada da casa de Madame Dorothea. A senhora estava encaixada nela, com uma almofada enorme. Com a falta de luz, Gulf só pode ver o formato redondo do rosto da mulher, o leque branco em sua mão, o buraco escuro da boca enquanto ela falava.

- Sua mãe - disse Dorothea - Está fazendo um barulho horroroso ali em cima. O que ela está fazendo? Arrastando móveis?

-Acho que não...

-E a luz da escada queimou você percebeu? - Dorothea passou o leque no braço da cadeira. - Será que sua mãe pode pedir para o namorado dela trocar?

- Luke não é...

- A claraboia também precisa ser lavada. Está imunda. Não é à toa que está tudo preto ali dentro.

Luke NÃO é o zelador, Gulf queria dizer, mas não o fez. Isso era típico da vizinha mais velha. Quando ela conseguisse que Luke viesse trocar uma lâmpada, pediria para ele fazer centenas de outras coisas - carregar as compras, consertar o chuveiro. Uma vez ela o fizera cortar um sofá ao meio com um machado para que ela conseguisse retirá-lo do apartamento sem remover a porta das dobradiças.

Gulf suspirou.

- Vou pedir.

- É bom mesmo. Com um movimento de pulso, Dorothea fechou o leque com um rápido movimento de pulso.

A sensação de Gulf de que alguma coisa estava errada só aumento ao chegar à porta do apartamento. Estava destrancada, entreaberta, deixando vazar um feixe de luz no chão. Com um sentimento crescente de pânico, ele empurrou a porta.

Dentro do apartamento, as luzes estavam acesas, todas as lâmpadas tudo completamente claro. O brilho agrediu seus olhos.

As chaves e a bolsa cor de rosa da mãe estavam na prateleira de metal ao lado da porta, onde ela sempre as deixava.

- Mãe? - gritou Gulf. - Mãe, estou em casa.

Não houve resposta. Ele foi até a sala. Ambas as janelas estavam abertas, metros de cortinas brancas e leves esvoaçavam com a brisa como fantasmas inquietos. Só quando o vento parou e as cortinas sossegaram Gulf conseguiu ver que as almofadas tinham sido arrancadas do sofá e espalhadas pela sala. Algumas estavam completamente rasgadas, com os forros de algodão transbordando para o chão. As estantes de livros haviam sido derrubadas, e o conteúdo, disperso. O banco do piano estava caído de lado, aberto como uma ferida, os amados livros de música de Jocelyn, cuspidos para fora.

Ainda mais aterrorizantes eram as pinturas. Todas elas haviam sido cortadas da moldura e rasgadas em tiras, que estavam espalhadas pelo chão. O trabalho deveria ter sido feito com uma faca, por que lona de tela era quase impossível rasgar simplesmente usando as mãos. As molduras vazias pareciam ossos limpos. Gulf sentiu um berro subindo pelo peito.

- Mãe! - ele gritou. - Cadê você? Mamãe! Ele não chamava Jocelyn de "mamãe" desde os 8 anos. Com o coração disparado, ele correu para a cozinha. Estava vazia, as portas dos armários abertas, um vidro de molho de pimenta quebrado estava derrubando um líquido vermelho e no linóleo. Os joelhos de Gulf pareciam de gelatina. Ele sabia que deveria correr para fora do apartamento, arrumar um telefone e chamar a polícia. Mas tudo isso parecia muito distante - primeiro ele precisava encontrar a mãe, precisava saber que ela estava bem. E se tivessem entrado ladrões e Jocelyn tivesse reagido...?

Que espécie de ladrão não levaria a carteira, a televisão, o aparelho de DVD ou os laptops caros?

Ele estava à porta do quarto da mãe agora. Por um instante, parecia que pelo menos esse cômodo permanecera intocado. A colcha de flores feita à mão de Jocelyn estava cuidadosamente dobrada. O rosto de Gulf sorria para ela mesma do alto da mesa de cabeceira, 5 anos, sorriso banguela, e cabelos cor de chocolate. Um choro se formou no peito de Gulf. Mãe, ele chorou por dentro, o que aconteceu com você...

(Obs: Oi filhotes, tudo bem com vcs? O próximo capitulo sairá por volta das 21h ou 22h, pois não terei tempo para fazer ele agora a tarde. Espero que estejam gostando da fanfic, não esqueçam de votar e comentar oq estão achando, bjs e uma ótima tarde para vcs.)

!¿Where it all began?!Where stories live. Discover now