<Cap 28 - Important conversation>

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<...Capitulo não revisado...>

Gulf foi atrás de Dorothea. As luzes estavam acesas no apartamento dela; o cheiro forte de incenso já estava inundando a entrada, misturando-se ao desagradável odor do sangue.

-Mesmo assim, acho que devemos tentar conversar com ela. Afinal, o que temos a perder?

-Depois que tiver passado um pouquinho mais de tempo no nosso mundo - disse Mew - Você não vai mais me perguntar isso...

O apartamento de Madame Dorothea parecia ter o mesmo layout do de Gulf, embora ela tivesse feito um uso completamente diferente do espaço. A entrada, que cheirava a incenso, tinha cortinas de contas penduradas e pôsteres de astrologia. Um mostrava as constelações do zodíaco, outro um guia de símbolos mágicos chineses, e outro ainda tinha uma mão aberta, cada linha da palma cuidadosamente assinalada. Sobre o script da mão, em latim, liam-se as palavras "In Manibus For tuna". Prateleiras estreitas que sustentavam diversos livros estendiam-se pela parede ao lado da porta.

Uma das cortinas de contas balançou e Madame Dorothea a atravessou com a cabeça.

- Interessada em quiromancia? - ela perguntou, notando o olhar fixo de Gulf. -Ou simplesmente é enxerida?

-Nem uma coisa nem outra - disse Gulf. - Você realmente sabe ler a sorte?

- Minha mãe tinha um talento extraordinário. Ela podia ver o futuro de um homem pelas mãos, ou pelas folhas no fundo de uma xícara de chá. Ela me ensinou alguns truques. - Ela desviou o olhar para Mew. - Por falar em chá, meu jovem, você gostaria de beber o quê?

-Chá. - disse Mew, parecendo afobado.

-É uma bebida maravilhosa, o chá em minha opinião, acalma o estômago e concentra a mente. – disse Madame Dorothea.

-Eu aceito um pouco disse Gulf, percebendo que fazia tempo que não comia nem bebia nada. Ele estava com a sensação de que estava funcionando à base de adrenalina desde que acordara.

Mew se rendeu.

-Tudo bem. Desde que não seja Earl Grey - ele disse, franzindo o nariz. -Detesto bergamota.

Madame Dorothea gargalhou alto e desapareceu novamente através da cortina de contas, deixando-a balançar singelamente.

Gulf ergueu as sobrancelhas para Mew.

-Você detesta bergamota?

Mew se dirigira à prateleira de livros e estava examinando o conteúdo.

- Alguma coisa contra? - ele respondeu.

- Você deve ser o único garoto da minha idade, a saber, o que é bergamota, quanto mais que tem bergamota no chá Earl Grey.

-Bem - disse Mew com um olhar arrogante. -Não sou como outros garotos. Além disso, acrescentou, pegando um livro da prateleira - No Instituto temos aulas sobre usos medicinais básicos de plantas. É obrigatório.

- Achei que todas as suas aulas fossem coisas do tipo Fundamentos Básicos da Carnificina e Decapitação para iniciantes.

Mew virou uma página. Gulf, que estava analisando o pôster da palma da mão, voltou-se para Mew.

- Muito engraçado, Kanawut.

-Não me chame assim.

Mew olhou para cima, surpreso. - Por que não? É o seu sobrenome, não é?

Por um momento, Gulf se lembrou de Namjoon. A última vez em que tinha visto o amigo, ele estava olhando para ele, enquanto corria para fora do Java Jones. Gulf olhou de volta para o pôster, piscando os olhos.

- Por nada.

- Entendo - disse Mew, e ele pode perceber pela voz de Mew que ele entendia mais do que gostaria. Gulf o ouviu colocar o livro de volta na prateleira.

- Isso deve ser a porcaria que ela guarda na frente para impressionar mundanos crédulos - ele disse, parecendo enojado. - Não há um único livro sério aqui.

- Só porque não é o tipo de mágica que você faz - sugeriu Gulf. Ele franziu as sobrancelhas, furioso, fazendo-o calar-se.

- Eu não faço mágica - Mew disse. - Entenda de uma vez por todas: seres humanos não são usuários de magia. É parte daquilo que os faz humanos. Bruxas e feiticeiros só podem usar mágica porque têm sangue de demônio.

Gulf levou um instante para processar a informação. - Mas eu já o vi usando mágica. Você usa armas enfeitiçadas...

- Eu uso ferramentas que são mágicas. E para fazer apenas isso precisei passar por treinamentos rigorosos. Os símbolos tatuados na minha pele me protegem. Se você tentasse usar a lâmina serafim, por exemplo, provavelmente queimaria a pele, isso talvez até o matasse.

- E se eu tivesse as tatuagens? - perguntou Gulf. - Poderia utilizá-las?

-Não - disse Mew mal-humorado. - As Marcas são apenas partes de um todo. Existem testes, provações, níveis de treinamento... Ouça, esqueça isso, tá? Fique longe das minhas lâminas. Aliás, não toque em nenhuma das minhas armas sem permissão.

- Lá se vai meu plano de vendê-las na Shopee-resmungou

-Vendê-las onde?

Gulf sorriu maliciosamente para ele. - Um lugar místico de grande poder mágico.

Mew pareceu confuso, depois deu de ombros. - A maioria dos mitos é verdadeira, pelo menos em parte Gulf...

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