<Cap 65 - Catholic church>

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(CAPITULO NÃO REVISADO)

À noite, a igreja da Diamond Street parecia espectral, as janelas góticas arqueadas refletindo a luz do luar como espelhos prateados. Uma grade enferrujada pintada de preto cercava o prédio. Gulf sacudiu o portão com barulho, mas um cadeado pesado o mantinha fechado.

- Está trancado - ele disse, olhando para Mew por cima do ombro.

Mew pegou a estela. - Deixe que eu cuide disso.

Gulf observou enquanto ele mexia no cadeado, olhando a curva de sua coluna vertebral, o inchaço dos músculos sob as mangas curtas da camiseta. O luar refletiu a cor dos cabelos dele, deixando-os mais prateados do que qualquer outra coisa.

O cadeado atingiu o chão com um barulho metálico. Mew parecia satisfeito consigo mesmo.

- Como sempre. - Mew disse. - Sou muito bom nisso.

Gulf sentiu-se repentinamente irritado.

- Quando os autoelogios da noite acabarem, talvez possamos voltar para a missão de salvar da morte meu melhor amigo desamparado?

- Desamparado - disse Mew, impressionado. - Que palavrão!

-E você é um...

- Tsc tsc - Mew interrompeu. - Nada de xingar dentro da igreja.

- Não estamos dentro da igreja ainda - resmungou Gulf, seguindo-o pelo caminho de pedras que levava às portas duplas da frente. O arco de pedra acima das portas era lindamente esculpido, um anjo olhando para baixo de seu ponto mais alto.

Pináculos afiados contra o céu noturno, e Gulf percebeu que essa era a igreja que ele vira mais cedo naquela noite, no Parque McCarren. Ele mordeu o lábio.

- De algum jeito, parece errado arrombar um cadeado de igreja no meio da noite.

O perfil de Mew ao luar era sereno.

- Não vamos arrombar - ele disse, guardando a estela de volta no bolso. Ele pós uma mão, inteiramente marcada com algumas cicatrizes finas e brancas delicadas como um véu, contra a madeira da porta, logo acima da fechadura. - Em nome da Clave - ele disse - Peço entrada neste recinto sagrado. Em nome da Batalha que Nunca Acaba, peço autorização para usar vossas armas. E em nome do Anjo Raziel, peço vossas bênçãos em minha missão contra a escuridão.

Gulf olhou fixamente para ele. Mew não se movia, embora o vento noturno soprasse os cabelos nos olhos; ele piscou e, quando Gulf estava prestes a falar, a porta se abriu e as dobradiças emitiram um clique. Girou para dentro suavemente diante deles, abrindo em um espaço frio, escuro e vazio, aceso por alguns pontos de fogo.

Mew deu um passo para trás.

-Primeiro você.

Quando Gulf entrou, uma onda de ar frio o envolveu, junto com o cheiro de pedra e cera de vela. Fileiras de assentos alinhavam-se em direção ao altar e um banco de velas brilhava como m leito de chamas contra a parede. Ele percebeu que, fora o Instituto, que não contava muito, ele nunca estivera em uma igreja antes. Ele já tinha visto fotos e interiores de igreja em filmes e séries, onde apareciam regularmente. Uma cena em uma de suas séries favoritas de anime se passava em uma igreja com um padre vampiro monstruoso. A pessoa deveria se sentir segura dentro de uma igreja, mas não se sentia. Formas estranhas pareciam erguer-se sobre ele a partir das sombras. Gulf estremeceu.

- As paredes de pedra evitam a passagem de calor – disse Mew.

- Não é isso — Gulf disse - Sabe, eu nunca estive em uma igreja.

- Você já esteve no Instituto.

- Estou falando de uma igreja de verdade. Em uma celebração. Esse tipo de coisa.

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