Capítulo 77-Ela é o refresco da minha alma e eu serei o farol no seu dia escuro

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JACKSON FREMONT

O pulsar em minha cabeça fica cada vez mais doloroso a cada minuto que passa. Minha mente está repassando várias informações o tempo todo, estou congelado em um estado constante de pânico nublando minha capacidade de lidar com a situação corretamente. A pior fodida sensação do mundo é não ser capaz de ajudar a pessoa que você ama. Todo pensamento cheirando a desgraça que passa na sua cabeça é suficiente para conduzir qualquer homem são a loucura.

Estou pirando. Sinto meus próprios pensamentos como meu inimigo agora e eu só quero rugir toda essa raiva, tirar esse remorso e medo de mim.
— Quanto tempo mais? —Eu perguntei, caminhando de um lado para o outro.

Vinte malditos minutos haviam se passado e nada. Todo o prédio estava cercado e eu não entendia porque ninguém não estava se movendo para tirar Dandara de lá. Meu coração batia insano. Eu não sabia se ela estava viva ou morta, não sabia se o desgraçado do Peter estava a machucando.

Nada, porra.

— Eu não sei, Jackson. Precisamos ter muito cuidado ou pode ser fatal para Dandara. — Wes diz.
— Ficar esperando aqui também — Eu lati, raiva estava cravada em mim como um punhal no meu coração.

O celular de Wes tocou.

— Sim. — Ele fez uma pausa. — Aqui
estão todos prontos para invadir o piso térreo. Ok, vou me certificar que ele fique aqui.

Ele fechou o telefone com um clique e me encarou.

— Deive e seus caras já estão no telhado. O snipe já está posicionado do outro lado do prédio, e ele tem em visualização de Dandara. E Peter está na mira.

Alívio por ela estar viva preenche todo meu corpo, duelando com outro sentimento que ameaça dominar: Sede de vingança. Quando eu finalmente colocar minhas mãos no maldito Peter, eu vou fazê-lo pagar com sangue. Ele será cortado, pedaço por pedaço.

— Eu e os outros vamos entrar por baixo em cinco minutos enquanto Deive comanda a limpeza por cima.— Wes explica.
— Certo, e como eu posso ajudar?

Seus olhos se fecham e então lentamente se abrem, e os lábios pressionam em uma linha firme.

— Seu traseiro vai ficar aqui, e não há tempo para discutir sobre isso.

Eu me afasto dele como se ele tivesse me dado um soco. Minha boca
se abre, meus olhos se arregalam.

— O quê?!
— Eu disse que você vai ficar esperando aqui fora. — Ele diz em um tom firme.
— Você está louco se você acha que eu vou ficar sentado aqui sem fazer nada.

Wes me dá um olhar exasperado.

— Você vai, porque para evitar qualquer erro lá dentro, somente a minha equipe vai entrar. Experiência é fundamental aqui, Jack.  Você não conhece os procedimentos e protocolos, não saberá lidar devidamente com a situação, e acabaria fazendo com que todos os malditos coelhos saltem para fora da cartola. Você. Fica. Aqui.

Uma raiva abrasadora lambe minhas veias. Eu sou uma bomba mal contida esperando para explodir.

— Estamos gastando preciosos segundos argumentando sobre
isso, Wes. Eu posso segurar uma arma e fazer o que deve ser feito. — Eu
cuspo com os dentes cerrados.

Seu rosto escurece em vários tons de vermelho.
— Você acha que basta segurar uma arma?— Ele sacode a cabeça em frustração— Olhe para você Jackson, você está perdido, o tempo é curto e eu preciso que você esteja concentrado, porra. Apenas obedeça. Assim que tivemos ela segura, eu aviso para você subir.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now