Capítulo 16-Esquecer é uma necessidade.

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DANDARA SCHILLER

Eu saio da sala com emoção correndo através de mim.

Isso está realmente acontecendo.

Blair está esperando do lado de fora pacientemente, as mãos cruzadas na frente dela, um sorriso discreto desenhado em sua expressão.

— E como foi?— Ela pergunta
com cuidado.

Eu tento jogar legal com um encolher de ombros antes de sair em um sorriso.

— Começo amanhã!

Seu sorriso pequeno ganha mais espaço até ser algo grande e alegre.
— Isso é maravilhoso.—Ela joga seus braços em volta de mim— Ele não foi muito duro com você?
— Oh, ele foi duro comigo— Digo a ela.— Parecia um animal enjaulado pronto para me devorar. Mas consegui administrar. Sempre faço.

Ela pressiona as palmas das mãos juntas.

— Ótimo. Estou tão feliz.—A sua expressão é cheia de alegria. — Bem-vinda a nossa equipe.
— Obrigada. Darei meu máximo.

Ela acena com a cabeça.

— Bem, vamos! Eu vou fazer a sua primeira turnê curta, então. A maioria
dos médicos estão aqui e é o melhor horário.

Blair não me dá chance para qualquer outra opção a não ser permitir que ela me guie pelos corredores. Ela simplesmente segurou a mão na minha e começou a me
mostrar ao redor. Ela falava a mil por hora, e portas iam se abrindo aqui ou ali, me apresentando alguns dos médicos que ainda estavam sentados em seus escritórios. Quando percebi que ela estava literalmente me levando em uma excursão de todos os departamentos presentes nos sete andares deste edifício, eu fiz uma nota mental para trazer sapatilhas a cada dia.

— Isso é o que chamamos de nosso corredor de tratamento. São para situações especiais que não há possibilidade de ser estudada no andar comum de tratamento. Na maioria dos casos são apenas os pacientes do Dr. Fremont— Disse ela, quando entramos em volta do terceiro andar. — Nós temos vinte e três salas de tratamento para os nossos pacientes. Quando temos que manter alguém durante a noite, na maioria das vezes são os residentes responsáveis por fazer as observações até a manhã.
— Entendi.— Segui-a de volta para o elevador.
— Agora vamos conhecer a emergência. Fica no primeiro andar e é a área mais agitada do hospital e consequentemente a que você mais irá frequentar.

A emergência é bem mais calma que a do Medical Center. Mas ainda sim sirenes tocam constantemente nas portas automáticas. Blair segue sua breve explicação mas eu estou perdida na pressa do local. É por isso que eu amo a medicina. A excitação. A exigência para pensar rápido para que você possa salvar uma vida em um piscar de olhos. A madura capacidade confiável necessária para ser um médico.

— Todas as informações sobre o paciente você encontrará ali — Blair indica várias enfermeiras que se reuniam atrás uma grande balcão, estudando gráficos.

Ela me apresenta cada uma, e todas são muito legais comigo. Principalmente Rosie, ela tem sido ótima em me informar sobre as fofocas do hospital e as diferentes personalidades com quem trabalhamos. Além disso, ela é linda e hilária.

— Ok, eu acredito que você ja conhece as principais partes do hospital, e também a equipe. Os dois únicos médicos que você não conheceu são Dra. Saito e o Dr. Miller— Ela estalou os dentes. — Dra. Saito funciona mais fora do que qualquer médico na equipe, então você provavelmente só a verá durante as reuniões mensal de pessoal, e Dr. Miller provavelmente está em seu consultório. Vamos até lá.

Com um aceno de despedida para Rosie e as outras, atravessei as portas ao lado de Blair e contornando uma multidão de internos até chegar ao elevador.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now