Capítulo 65-Ela é foda. Todos já reconhecem e admiram.

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JACKSON FREMONT

Apoio os cotovelos sobre o metal duro da mesa aparafusada e encaro o detetive. Minhas mãos estão completamente entorpecidas das algemas e meus braços a caminho disso. O cheiro da sala de interrogatório deixou os meus neurônios disparando. Não tinha nenhuma janela no lugar mas posso ter certeza que já anoiteceu.

— Você está me dizendo que estava em casa na noite em questão? — O detetive me interrogando me olha com incredulidade.

Já passamos por isso várias vezes, e não importa quantas maneiras criativas ele tente fazer, minha resposta ainda é a mesma.

— Sim.

Ele se inclina sobre a mesa, seus antebraços reforçando seu peso.

— E você não tem ninguém além da sua namorada para corroborar sua história?
— Não.

Ele cai de volta em sua cadeira com um exalar e sacode a cabeça.

— Bem, parece que temos um impasse. Pois Lucy Dubois diz ter recebido uma mensagem alegando ser Dandara Schiller e marcando um encontro no Café onde ela viu o senhor em uma luta corporal com a vítima.
— Então ou Lucy Dubois se enganou ou ela está mentindo.
— O aparelho de onde a mensagem foi enviada estava em sua sala no hospital.
— Muito conviniente, não é mesmo? — Eu zombei.

Ele não diz nada, mas sinto irritação em seu silêncio. Seus olhos estreitos.  A porta se abriu arrancando o detetive de seus pensamentos e ele limpou a garganta. Um policial seguido por uma mulher em um vestido formal clicou seus saltos pelo chão. Eu a reconheço imediatamente. Ela é menor do que eu imaginei que a mãe de Dandara seria, com cabelos escuros longos e traços adoráveis e familiares. Seu olhar pousa em mim, reconhecendo-me com animosidade. E me dou conta de que os homens Schiller não são os únicos super protetores.

Ela se sentou ao meu lado.
— Cavalheiros.— Seus cabelos tinham sido varridos longe da pele. — Eu sou
Noemi Schiller, advogada do senhor Jackson Fremont.

O detetive levantou as sobrancelhas e colocou as duas mãos sobre a mesa.

— Eu não sabia que estava de volta a ativa, Sra. Schiller.

O sorriso que se desenhou no rosto de Noemi Schiller era todo dentes e
ousadia. Ela tirou uma carteira e deslizou pela mesa até o detetive. Após verificar, ele respirou fundo e recostou-se na cadeira.

— Então detetive, gostaria de lembrar que tudo que meu cliente disse sem advogado é irrelevante. E solicitar que retire as algemas.

Madison bufou, estendendo a mão e abrindo as algemas, girando-as no ar. Em seguida puxou um cigarro e acendeu. Quando falou, a fumaça
escapou por suas narinas: — Não se preocupe, seu cliente não disse muito desde que o trouxemos.
— Ótimo. Bom saber.

Ela abriu os relatórios e fotografias sobre a mesa e começou a folhear as fotografias tiradas logo após o corpo   do homem morto ter sido encontrado. Um longo silêncio caiu enquanto ela estudava os arquivos intensamente.

— Eu verifiquei na recepção, e meu cliente não foi formalmente processado ainda. Gostaria de saber o motivo para tê-lo mantido em um interrogatório sem baseamento legal?
— Apenas algumas problemas técnicos. Iremos processar assim que possível.
— Problemas técnicos ou não, meu cliente precisa ser acusado para ser interrogado ou permanecer na delegacia por tanto tempo na delegacia. Se o processamento não pode acontecer hoje, ele deve ser liberado.

O delegado deixou escapar uma risada grosseira.

— Iremos processar em instantes. Eu tenho uma testemunha ocular e muitas provas contra seu cliente para deixá-lo ter a oportunidade de fugir.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now