Capítulo 36-O problema está nos mal-entendido.

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JACKSON FREMONT

Eu me assustei quando eu acordei, olhando ao redor com tudo inundado de volta. Eu me virei para ver a mulher mais bonita que eu já tinha posto os olhos ao meu lado pacificamente. Ela estava errada quando disse que era péssima pela manhã. Ela não poderia ser de forma alguma. Só de olhar para sua forma adormecida, enrolada nos cobertores, sinto uma pontada de algo que não consigo nomear. Dandara bate no meu coração de uma maneira estranha e assustadora. No entanto, eu poderia acordar ao seu lado uma e outra vez apenas para vê-la assim. Como um anjo enviado para mim.

O que diabos eu estava fazendo?

Eu não queria me arrepender do que aconteceu. Lamentar isso significaria que foi um erro, que fizemos algo errado. E o que vinha acontecendo e crescendo entre Dandara e eu parecia o oposto de errado. Nada parecia tão certo em mais tempo do que eu conseguia lembrar.

Mas isso não significava que não fosse estúpido.

Eu esfrego meu rosto com minhas mãos. O relógio marca cinco horas da manhã, e eu considero acordá-la, porque mesmo que tenhamos fodido a maior parte da noite, tínhamos um longo dia pela frente. Por fim  decido deixá-la dormir enquanto vou resolver a situação com meu carro. Sento na beirada da cama e Dandara rola para o meu lado, seu corpo meio que se aconchega em mim, mas ela não acorda. Seus cabelos escuros estão espalhados, e um pequeno sorriso desenhava seus lábios inchados. Os cobertores deslizaram por seu corpo, exibindo um de seus seios, seu mamilo cor-de-rosa chamando meu nome.
Movi minha mão cuidadosamente e alisei os cabelos para longe do rosto angelical, não querendo acordá-la. Parecia tão certo compartilhar uma cama com ela. Tão incrível admirar sua face adormecida e fingir que essa era a minha vida.

Eu queria mais que tudo, que fosse minha vida. Mas esta mulher estava se reconstruindo, tinha todos os seus pedaços, e eu não estava disposto a tomar um que nunca poderia ser capaz de retribuir.

Ela merecia mais.

Beijei o topo de sua cabeça e segui para o banheiro no momento seguinte. Resolvi a situação com meu carro com rapidez, e antes de retornar para o quarto passei na lanchonete para comer algo e pegar alguma coisa para Dandara. Quando cheguei a porta do meu quarto ela estava saindo do seu.

— Oi — Ela diz suavemente.

Um sorriso lento se constrói no seu rosto. Eu passo o pacote com sanduíche e café para ela.

— Eu trouxe seu café.
— Obrigada. — Ela agradece, suas bochechas ficando vermelhas.

No carro, nossa viagem de volta começa em silêncio enquanto ela saborea o sanduíche. É algo recorrente que eu notei. Dandara não gosta muito de conversar quando está comendo, ela praticamente transforma o momento em uma adoração. Mas saciado sua vontade, ela então desatou a falar.

— Você conseguiu falar com Blair?
— Sim. Expliquei a situação, ela estava bastante preocupada com você.
— Obrigada. Blair se tornou uma grande amiga em um pequeno espaço de tempo. — Ela diz com um sorriso— E apesar das inseguranças, eu gosto como as coisas entre nós estão indo fácil.

Eu concordo em um aceno, entendendo que sua insegurança estava relacionada com a amiga que era amante do seu noivo. Mais alguns quilômetros regados de muita conversa, finalmente estamos em St. August.

— Você tem certeza que consegue entrar? —Eu questiono quando paro em frente a sua casa.
— Sim, Nicole mantinha uma chave na sua bolsa.
— Ok, passo para te buscar para ir para o hospital às seis, está bom para você?
— Ótimo. E já que vamos para o hospital somente a noite, você quer entrar para um café de verdade  ? — Ela pergunta, seus olhos sorrindo para mim.— Eu posso não ser boa na cozinha, mas a máquina lá dentro faz um café maravilhoso e eu sei fazer panquecas maravilhosas e bacon ótimos.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now