Capítulo 56- Ideias ruins podem acabar com um dia, um ano ou uma vida inteira.

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DANDARA SCHILLER

Eu me levanto às cinco da manhã, não consegui dormir realmente. Ouvi a noite toda o tique-taque de um relógio distante enquanto meditava nos últimos acontecimentos. A coisa com o Sr. Rossi e principalmente a história de Lucy na cidade tem comido minha mente. E como não gosto da ideia de enterrar minha cabeça na areia, decido que chegou a hora de ter uma conversa com minha ex amiga. Eu sabia que fugir não iria me levar a lugar nenhum, do contrário, quanto mais você deixa algo atormentar, a situação fica pior.

Se eu não fizesse isso agora eu nunca faria.

Uma pequena parte de mim acreditava que Jackson poderia ter me ajudado com isso se eu perguntasse a ele, mas também havia uma possibilidade maior de que ele não o fizesse. E nesse caso, perderia a oportunidade para sempre. Então deixei uma nota rápida e coloquei ao lado da cama onde ele dormia. Sai do quarto devagar, fechando a porta silenciosamente. Meu batimento cardíaco combinava com o barulho dos meus passos enquanto eu descia as escadas para ir para minha casa. No meu quarto, coloquei um par de jeans, tênis e uma jaqueta. Peguei o talão de cheque e dinheiro para o carro na minha bolsa e sai. Depois de preencher o cheque, eu chamo o taxi. Em quarenta minutos eu estou em frente do principal hotel no centro onde tenho certeza que Lucy está hospedada juntamente com o rato que era Paul. Eu não preciso ir até a recepção porque logo avisto o casal de traidores saindo de mãos dadas.

Um suor frio desceu pela minha espinha, eles não percebem minha aproximação até que eu bato palmas dizendo em alta voz : — Eu ainda consigo me surpreender com vocês, sabia?

Ambos se viram em minha direção, e o olhar de Paul é de alguém pego no flagra enquanto Lucy esbanja sua sempre expressão de coitada.

— Dandara, eu posso explicar.
— Pare, isso é a pior coisa para se dizer. Tão previsível. E eu não tenho mais nada para falar com você. Meu assunto é com sua discípula.

Eu encaro Lucy e ela parece prestes a sair correndo.

— Dan, eu...
— Não gaste sua saliva, Lucy. E só vim aqui para ser direta, então não vou consumir muito do casal. O que eu tenho para dizer é que se os dois querem ser imbecis e invejosos, façam esse papel longe de mim. Não existe mais nada que nos conectam, e  por mais que vocês mereçam, eu estou tentando não ir até a justiça e conseguir uma limiar para mantê-los longe de mim. Além de foder com qualquer chance de vocês conseguir um emprego ao nível do diploma de vocês.

Lucy abre a boca pasma.

— Você nunca faria isso.
— Não me teste. Eu mudei muito. — Eu digo enquanto puxo o cheque do bolso — Vocês não merecem um centavo meu, mas estou disposta a dar uma quantia de trezentos mil para vocês me esquecer.
— Eu não quero seu dinheiro, Dandara. — Paul diz.

Eu sorri.

— Isso não é uma oferta que aceita recusa. Ou vocês aceitam isso de maneira rápida, ou eu vou deixar que meu pai e irmãos tenham certeza que pedir esmola será o único meio para vocês conseguir dinheiro.
— Não seja radical, amor. — Paul tenta.

Eu jogo o cheque na direção deles e ele se desdobra para pegá-lo.

— Eu não aguento mais ouvir sua voz, Paul. Não imaginava que fosse possível ter tanto rancor de alguém, mas vocês despertaram isso de alguma forma.
— Você está certa. Eu posso entender totalmente o motivo para isso acontecendo. Mas a culpa é somente minha. Paul te ama— Lucy ainda tem a audácia de defendê-lo.

Eu franzi o nariz.
— Me poupe da sua estupidez, mulher. Não percebe que você é mais uma peça para ele?

Suas bochechas ganham uma coloração intensa de vermelho.

— Eu apenas reconheço minha culpa. Você deveria fazer o mesmo.
— Qual seria minha culpa? Confiar demais em vocês?
— Não, Dandara. Você realmente nunca esteve realmente no relacionamento de vocês.

Eu bufo uma risada histérica.

— Como não? Eu tinha planos, muitos planos. Enquanto vocês fodia bem debaixo do meu nariz, eu estava planejando os mínimos detalhes da vida que pensei que teria ao lado desse idiota.
— Mas se você tivesse feito mais esforço para saber os gostos dele, — Disse ela.  — Tentado descobrir o que o atrai, então isso nunca teria
acontecido!

Meu sangue ferveu.

— Não, não é possível que você esteja tão perdida em sua cegueira. Veja, Lucy, quando duas pessoas realmente se amam, e algo na relação não flui, elas conversam ao invés de foder outra pessoa.
— Eu tentei conversar com você, mas Lucy acabou me seduzindo e eu cai, querida. Me desculpe, eu fui totalmente homem. A carne foi fraca.

Eu balancei a cabeça.

— Você foi um moleque, não um homem. E a carne só é fraca quando o caráter não é forte.

Sua boca se moveu, mas ele não disse nada. Eu balancei minha cabeça mais uma vez.

— Bem, acabou. Não temos mas nenhum assunto comum. E acredito que fui bastante clara, se vocês querem ao menos ter uma oportunidade de recomeçar, fique longe de mim, da minha família e dos meus amigos.

Eu me viro sem dá-lhe chance para resposta. A menor quantidade de alívio se espalhou através de mim, mas essa sensação não dura tanto quanto achei que duraria. Longe disso. Sinto imediatamente uma pressão esmagadora no meu peito quando encaro o Sr. Rossi.

— Parece que você é uma colecionadora de inimigos, Dra. Schiller. — Ele diz.

Eu estou pronta para ignorá-lo, mas repentinamente meu nome é gritado por Lucy em minhas costas em seguida um tensão desconfortável sobe por minhas costas me avisando que algo terrível estava prestes a acontecer e era inevitável.

Tudo começou com grito para eu tomar cuidado, e então eu assisti a cena se desenrolar como se estivesse sentada em frente a minha TV assistindo um filme de ação.  Tudo ficou estático, como uma filme pausado na cena principal.
Eu nunca vi aquilo chegando.
Meu pulso pulou na minha garganta quando um braço apertou
minha cintura, me puxando para trás. Minha cabeça foi forçada para o peito de Paul quando sons planos de pops muito nítidos infiltrou nos meus ouvidos.

BANG. BANG. BANG. BANG.

O caos começou quando tiros soaram por todo o ar atrás de mim. Pessoas
gritando correram tão rápido quanto suas pernas podiam. Eu no entanto era incapaz de encontrar as minhas pernas, eu sentia como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta enquanto Paul me arrastava.

― Dandara, se mexa ― Ele exigiu, lutando para desviar da inundação
de pessoas.

Mas meu coração afogou sua voz e os gritos debaixo d'água. E demorou até que a dormência que me inundou perdesse a força. Aos poucos os sons correram para dentro, saíram da água com correntes pesadas, pingando.

— Chame a ambulância. Agora!
— Está sem pulsação. Não há nada que possa ser feito. Foram muitos tiros.

Pessoas estavam se amontoando ao redor de algo no chão. Eu via uma quantidade absurda de sangue e isso acelerou meu coração. Bu-bum. Bu-bum. Bu-bum. A batida ressoou sob um brilho frio de medo conforme eu me aproximava para descobrir quem era a vítima. Quando consegui um vislumbre, eu senti meu mundo sendo fortemente sacudido.



Alguém sentindo a tensão, a parte mais profunda dos livros começando?

Quem já conhece minha escrita sabe que eu amooo matar alguns personagens. 😅

Palpites?

Estamos em um ponto em que eu gosto muito e confesso que as vezes exagero no drama (vou tentar pegar leve) mas essa nova fase também abre portas para apontar o caminho para os capítulos finais. Estamos mais perto que longe do fim, fantasminhas.😬

Como estão os corações?

Comentem e votem bastante, porque quanto mais vocês iteragem, mais rápido capítulos novos são postado. 😁

Bjss, até o próximo 😘 😘 😘

Na batida do teu coração Où les histoires vivent. Découvrez maintenant