Capítulo 9- Antes tivesse prestado atenção aos detalhes.

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JACKSON FREMONT

Eu não tenho tempo para passar em casa, vou direito para o hospital. Mando uma mensagem rápida para Lili passar para verificar o Sr.Bingley. Ela era a única pessoa que o cachorro mal humorado deixava chegar perto além de mim. E eu tinha certeza que após essa noite sozinho ele estava com um humor difícil.

— Dr. Fremont, que bom que você chegou—Eu olho para cima. A minha residente está de pé na porta da minha sala.— Há um problema com os pais de Joshua Cox em relação a internação.

Eu suspiro. Não faz nem três segundos que eu entrei, o que indica que este começo de plantão será tão agitado quanto a britadeira em minha cabeça.

— Qual o problema dessa vez?
— Charles e eu decidimos manter o Joshua por causa da concussão pelo fim de semana. Mas seus pais estão fazendo protestos pois querem levá-lo
para casa mais cedo. —Ela explica tudo rapidamente.
— Certo, eu vou conversar com eles —Eu rolo as mangas da minha camisa até os cotovelos e pego meu jaleco e estetoscópio. — Eu teria que fazer a ronda diária de qualquer maneira.

Reservo os arquivos que eu terei que trabalhar mais tarde e sigo com Blair para os andares dos pacientes enquanto ela me atualiza.

— Dois pacientes estão fazendo exames, mas fora isso, nada mudou desde a tarde de ontem, Dr Fremont.— Ela diz, seu profissionalismo sempre na ponta apesar de me conhecer fora do hospital.

Além de minha residente e uma
excelente médica, ela também era a noiva de Wes.

— O único problema hoje foi apenas com a família Cox. Os pais parecem decididos a levar o filho —Ela continua.

Caminhamos até o quarto privado no final do corredor, onde Joshua está se recuperando há dois dias de sua queda de um lance de escadas na escola, terminando com uma concussão.

Eu bato na porta, depois coloco a cabeça dentro.
— Bom dia.

Eles não respondem. Não é preciso muito para perceber que estão chegando ao fim de seu limite emocionalmente.

— Não vamos mudar de ideia, doutor. Joshua irá conosco hoje. —O pai diz.
— Eu entendo sua impaciência, Sr. Cox. A situação é difícil. Nós tínhamos falado sobre hoje ser o dia para a alta, mas reavaliamos os resultados do exame e entendemos que é preciso de mais algum tempo.
— Eu não vou deixar meu filho em um hospital por dias a fio. — Sr.Cox
rosna com ferocidade.
— Não dias. Um dia, no entanto. Amanhã, avaliamos a possibilidade de alta. —Eu dou a Joshua um meio-sorriso. — Queremos mantê-lo por motivos importantes. Se todas as suspeitas forem descaradas, seu filho poderá ir para casa.

O olhar assassino no rosto do pai me diz que é um "sem chance".

— Você primeiro diz que amanhã poderá reavaliar a possibilidade de alta. Agora diz que existe suspeitas para serem descartadas. Quanto tempo irá demorar isso, an? —Ele diz tentando moderar sua própria careta ao mesmo tempo enquanto suaviza a súbita tensão na sala. — Não podemos nem ficar com nosso filho. Joshua está sozinho aqui quando em casa tem toda uma família preocupada com ele.

Eu concordo.

— Eu entendo. É por isso que nós queremos mantê-lo aqui por mais um dia ou dois, seu filho está precisando de um descanso cognitivo e acompanhamento para que que chegue em casa saudável e com muita energia para receber todo o carinho.
—  Mas eu me sinto melhor.— Joshua diz solenemente
— Bom. Isso é o que nós queremos.
— Então, por que não posso ir para casa?
— Porque sua cabeça ainda está apresentando reflexos da pancada e isso pode fazer sua cabeça doer novamente. E sua casa é muito longe do hospital. Será bom que você já esteja no hospital caso a dor volte, não acha?

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now