I Drink Wine

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Well, I hope I learn to get over myself

Stop trying to be somebody else

Oh, I just want to love you (so we can love)

Love you for free, yeah (each other for free)

'Cause everybody wants something from me

You just want me

- Adele

O céu era escuro, diferente, o pôr do sol que nunca acabava misturado com as nuvens densas davam-lhe uma coloração arroxeada. Enquanto pequenos flocos de neve caíam do céu, a rocha úmida deixava o clima ainda mais baixo.

Wanda não tinha ideia de onde ela estava.

— Ninguém sabia o nome dele? —  Escutou uma voz masculina perguntar.

—  Eu não. —  Ela respondeu, mas sua voz não era aquela.

Um sentimento de luto passou pelo seu corpo, luto por Steve, por Sam, Yelena, todos e então a conformidade veio como se ela estivesse completamente certa com o que estava por vir. Com tudo aquilo. Ela estava pronta, ela estava... tranquila. Ela escutava a mesma voz masculina falar alguma coisa abafada e se escutava responder, mas não prestava atenção ao diálogo, estava afogada em tudo aquilo, na tensão no ar.

— Wanda! — A sokoviana escutou alguém a chamar enquanto a acordava.

— Nat... — Ela sussurrou quando virou para trás e viu a russa a encarar preocupada, com as mãos da mesma em seus ombros.

— O que aconteceu? Você me acordou com seus soluços. Porque está chorando?

— Eu sonhei com uma coisa... - A sokoviana disse se sentando e olhando para baixo.

— Pesadelo? — Natasha perguntou, acariciando as mãos da mulher na sua frente.

— Sim, acho que o Ross nos encontrar trouxe algumas memórias de volta. — O sonho foi mais parecido com um pensamento ruim do que um pesadelo. — Mas dessa vez foi... diferente.

— Eu sei. Eu também vi. — A loira disse se deitando novamente na cama.

— O que? — A sokoviana perguntou com as sobrancelhas franzidas.

— O sonho, eu também vi.

— Eu... eu projetei uma imagem na sua cabeça inconscientemente?

— Não, não foi uma imagem. Era como se eu estivesse... interpretando um papel em um filme. Eu vivi e senti tudo, principalmente o que você estava sentindo, mas ao mesmo tempo eu era... eu. A Natasha de agora.

— É a primeira vez que isso acontece?

— Uhum.

— Me desculpa. — Sussurrou fechando os olhos e deitando ao lado da russa e se martirizando, mas ao mesmo tempo aliviada que não aconteceu com um pesadelo de verdade.

— Está tudo bem, não foi culpa sua. Vem cá. — Romanoff disse enquanto abraçava Wanda. — Agora, vire, eu quero voltar a dormir. — Ela falou, causando uma risada na ruiva, exceto que não foi isso que aconteceu. Natasha ficou horas e horas acordada pensando no sonho, nas sensações como se tudo fosse desabar, em como faria de tudo para completar sua missão, mesmo não sabendo qual era. Pensando no porquê infernos Wanda não estava lá.

A sokoviana estava deitada na cama, acabava de acordar de um cochilo leve depois do sonho e ainda era madrugada, mas a porta do banheiro estava aberta e Natasha estava tomando banho. Até que escutou um barulho de dor razoavelmente alto vindo do mesmo e andou em passos apressados até encontrar a loira no box, estava com a cabeça contra a parede e uma mão no ombro, ela ainda não havia reparado a presença da ruiva no banheiro. Wanda trancou a porta, tirou suas roupas e fez um coque frouxo no cabelo. Abriu a porta do box e dedilhou suavemente as costas da russa, que virou para frente, mas não em um susto, porque já conhecia aquele jeito, mas sim suavemente. A sokoviana passou as mãos nos braços da mais velha e colou suas testas.

Just Come HomeWhere stories live. Discover now