Into you

2.9K 295 82
                                    

Oh, baby, look what you started

The temperature's rising in here

Is this gonna happen?

Been waiting and waiting for you

To make a move

Before I make a move

- Ariana Grande

- Nat, já... - Steve abriu a porta da ala médica. Queria avisar Natasha que já eram sete da noite e que ela precisava descansar. Mas se calou quando viu Wanda sendo abraçada pela russa que estava com um leve sorriso, quase imperceptível. Ambas dormiam pacificamente. Ele soltou um suspiro feliz e saiu lentamente do quarto.

- Rogers, preciso falar com Natasha. - O Capitão virou assim que fechou a porta da ala médica e deu de cara com Tony.

- Agora não, Stark. - O bilionário olhou a parte de vidro da porta atrás de Steve e o encarou.

- Também está sentindo uma vibração gay? Não? Apenas eu? - O homem loiro riu e empurrou Stark de leve para longe.

Steve estava feliz por Natasha, nunca a viu ficar tão vulnerável ou com tanto medo de perder alguém. Ele sabia que a russa sentia um carinho inigualável por ele e por Clint, pelos Bartons em geral. Mas com Wanda era algo diferente. Obviamente mais que a amizade, mas não era isso esse "diferente", era algo especial, que poucas pessoas têm a chance de ter. Sentiu um pouco de saudade da Peggy, mas nada que já não esteja acostumado.

Natasha estava com os olhos fechados. Sentindo o aroma doce misturado com um leve cheiro de pólvora do cabelo de Wanda, mas a russa realmente não se importava com esse último fato. Romanoff abriu os olhos e encarou as luzes no teto. A realidade de tudo que aconteceu em apenas um dia caiu sobre sua cabeça e tudo que ela queria era tomar um banho e tirar o sangue de Wanda das suas roupas e pele, mas ao mesmo tempo não queria sair daquela cama e deixar a sokoviana seja os cinco minutos que for.

Ela olhou para baixo e se deparou com o rosto de Wanda pacificamente adormecido. A imagem da mulher no quinjet invadiu sua mente. Seu peito começou a doer, sua visão embaçou e sua respiração se fez em falta. Era como se estivesse sendo afogada e não conseguisse sair da água. Natasha tentou se levantar da cama, mas algo não deixou ela se mover. A russa começou a tremer procurando por ar.

- Tasha, o que está acontecendo? - A voz da sokoviana fez com que a ruiva a olhasse. Wanda entrou no seu campo de visão com o rosto preocupado. As sobrancelhas franzidas e cabeça inclinada.

- Wanda, медовый, eu preciso sair. Preciso de ar. - Natasha se levantou rapidamente, mas com cuidado para não machucar Wanda, e se afastou da cama. Ela sentiu um toque quente em suas bochechas, com isso conseguiu acalmar sua respiração o máximo que podia e quando abriu os olhos deu de cara com Wanda na sua frente segurando seu rosto. - O que faz em pé? Vá se deitar. - A mais velha acompanhou Wanda até a cama e deu-lhe um beijo casto nos lábios antes de se afastar e avisar que iria subir para tomar um banho e trocar de roupa.

No chuveiro a mesma sensação tomou seu corpo novamente. Fechou os olhos e se concentrou no cheiro do cabelo da sokoviana que ainda estava no seu banheiro, na voz da morena que vivia ecoando sua cabeça e no seu rosto sereno que viu há minutos, na sensação do beijo. Concentrou-se em como os flertes de mais nova a fazem se sentir. Concentrou-se na existência de Wanda. A respiração de Natasha se normalizou aos poucos. Abriu os olhos novamente e levantou a cabeça e deixou a água fria limpar suas lágrimas.

Com as mãos ainda um pouco trêmulas lavou suas pernas e rosto. Assistiu a água vermelha escorrer para o ralo do box. Olhou as costas de suas mãos e depois as palmas das mesmas. Aquele era o sangue de Wanda misturado com o sangue do homem que considerou matar. As juntas de seus dedos estavam feridas e sujas. Ela lavou aquele local com cuidado, quando o sabão colidiu com a pele aberta um ardor percorreu seu corpo por um momento.

Entrou no seu quarto com um roupão e cabelos molhados e penteados. Colocou uma calça confortável e um top de academia com uma camisa de botão aberta. Assim que colocou um sapato, fez seu caminho novamente para a ala médica.

- Está cheirosa. - A sokoviana falou sobre a boca de Natasha enquanto passava a mão pelos cabelos ruivos molhados e finalizou o beijo com beijos castos.

- Eu sei. E sem querer ofender, Wands, mas você já cheirou melhor.

- Ei! - A morena deu um tapa no braço de Natasha. - Estava ocupada demais tentando não morrer com uma bala na barriga. - A russa a olhou com um olhar sério. - Cedo demais?

- Sim, cedo demais. Vamos, vou te ajudar a tomar banho.

- Aqui não tem banheiro. - Natasha a encarou analisando a situação e deu de ombros antes de pegar Wanda no colo. A morena soltou um grunhido que a russa não conseguiu identificar.

- Te machuquei? - Perguntou preocupada.

- Não. Vamos vamos.- Natasha começou a caminhar para a porta. - Estou morrendo por um banho.

- Vamos combinar um negocio. - A russa declarou subindo as escadas. - Sem falas com as palavras: tiro, morrer ou parada cardíaca por um bom tempo. - Wanda soltou uma risada. - Me desculpa se eu fiquei um pouco traumatizada com você quase morrendo embaixo de mim. Então, fechado?

- Fechado. - Elas entraram no quarto de Natasha e a russa colocou a sokoviana na sua cama.

- Ótimo. Vou ligar a banheira para que não tenha que ficar em pé o tempo todo. - A russa entrou no banheiro e fez exatamente o que falou. Colocou a água em uma temperatura agradável e voltou para seu quarto. Segundos depois, se deu conta do que estava acontecendo quando sentiu a língua de Wanda invadir sua boca. A russa foi puxada para cima da cama e Wanda sentou em seu colo com cuidado.

As mãos da morena viajaram para a pele já exposta do abdômen de Natasha e ela passou as unhas levemente ali. A russa acariciava a nuca de Wanda e puxava levemente alguns fios de cabelo. Quando a falta de ar se fez presente a morena passou os beijos para o pescoço de Natasha, caminhou lentamente até sua mandíbula, bochecha e quando a ruiva achou que iria sentir a boca de Wanda contra a sua novamente, a sokoviana passou para o lado esquerdo do rosto de Natasha. Bochecha, mandíbula e então mordeu um ponto bem embaixo do ouvido e limite da mandíbula da ruiva.

- Eu estou quase certa de que você é viciante, Natasha Romanoff. - A sokoviana falou deixando seu sotaque pesado aparecer. Natasha deixou suas mãos descerem até as pernas de Wanda e darem um aperto ali.

- É? E o que falta para você comprovar essa teoria, Wanda Maximoff? - Romanoff falou entre suspiros quebrados.

- Contar quanto tempo, depois de eu tirar esses estúpidos pontos da minha barriga, eu vou aguentar até ter você na minha cama... durante... toda... uma... noite. - Falou a última parte entre leves beijos molhados do lado direito do pescoço de Natasha.

- Uhm - A russa gemeu no ouvido de Wanda. - Por mais que eu queira continuar isso aqui, a banheira vai transbordar e você, como mesmo disse, tem esses pontos na sua barriga. - a russa afastou Wanda levemente e a guiou até o banheiro.

Just Come HomeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora