There's nothing holding me back

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I've been shaking

I love it when you go crazy

You take all my inhibitions

Baby, there's nothing holdin' me back

You take me places that tear up my reputation

- Shawn Mendes

- Wands? - Natasha pergunta. Elas estavam deitadas na grama olhando o céu depois de terem feito uma leve caminhada para Wanda conseguir ir voltando aos poucos para seus treinos. A sokoviana respondeu com um murmuro. - Do que mais sente falta de quando era criança?

- Sem contar meus pais ou Pietro? - A russa assentiu e Wanda contemplou as nuvens por um momento. - Paprikash. É um prato que minha mãe costumava fazer todas as sextas. - Os olhos verdes da mais nova estavam vidrados no céu. A expressão em seu rosto está relaxada. - Eu não sinto falta de muita coisa a não ser minha família. Meu país estava em guerra, tive que crescer muito rápido. Mas sempre tive aqueles sonhos de criança como ir à praia, adotar um bichinho, jogar bola no jardim da minha casa, rabiscar a parede com giz de cera, pintar uma borboleta gigante rosa com glitter no rosto do meu irmão em alguma festa de aniversário, essas coisas idiotas.

- Não é idiota, Wanda. - Natasha falou com o coração partido porque tudo que ela falou ali era parte de ter uma infância feliz, não sabia como confortar com Wanda. Apesar de ter tido uma infância em Ohio foi tudo uma missão, ela amou conhecer sua irmã, ter alguém com quem brincar, encher o saco ou ensinar coisas como assobiar e ficar de cabeça para baixo. - Nenhum sonho é idiota. Eu também não tive uma infância. Bom, eu meio que tive, mas não tive ao mesmo tempo. É complicado.

- De que você mais sente falta? - Natasha queria tanto falar Minha irmã, mas isso iria trazer uma série de perguntas como: O que aconteceu com ela? Não voltou para resgatá-la de Dreykov? Não conhece seus pais? Porque não voltou por ela? O que aconteceu em Ohio? Como foi quando estava livre? Como foi como ainda estava presa? Como era a KGB? Dreykov ainda está vivo? Porque o matou? E Natasha sabia que iria responder sinceramente o que Wanda perguntar porque não consegue mentir para ela e se seus olhares se encontrassem Natasha iria começar a chorar e a lembrar de todo o seu passado. E ela definitivamente não estava pronta para deixar Wanda entrar assim. Não nesse nível. Mas ela queria, queria tanto que se permitisse deixar aquela mulher incrível ao seu lado conhecê-la por inteiro, mas não estava preparada. Não ainda. Então apenas respondeu uma coisa completamente imbecil:

- Meu cabelo azul. - A russa riu quando escutou Wanda explodir em uma gargalhada ao seu lado. Aquela risada rouca era provavelmente o seu primeiro som favorito. - O que? Era super estiloso, ok? - Essa resposta apenas aumentou a gargalhada de Wanda. - Tá, não é tão engraçado assim. O que foi?

- Isso é provavelmente a coisa mais Natasha Romanoff que eu já escutei. E então eu comecei a imaginar você de cabelo azul. Foi na adolescência, não foi?

- Talvez... - E então Wanda começou a rir mais ainda.

- E eu achando que não tinha como você ficar mais gay.

- Ei! Eu não dou tanta pinta assim. - A sokoviana lançou um olhar. - Tudo bem. Um pouco. - Wanda apenas a encarou. - Tá, é bem na cara. Eu confesso.

- Nat! - Steve apareceu atrás das mulheres. - Quer treinar uma luta corpo a corpo?

- Eu vou acabar com você, Rogers. - Ela se inclinou antes de se levantar e deu um selinho rápido em Wanda e então saiu correndo com o Capitão rindo e dando tapinhas um no outro.

- Quem fica animado para lutar um com o outro? - Wanda falou para si mesma. - Deus, eles realmente precisam de terapia.

- Falou a garota de outro país com a família morta. - Tony que estava passando com sua armadura em teste gritou.

- Como vai sua mãe, Tony?

(...)

Wanda estava no banheiro do seu quarto se arrumando para o jantar com Natasha. Elas não estavam no mesmo quarto completamente ainda apenas porque nem Natasha não conseguiu se estabelecer totalmente no novo cômodo, mesmo ficando o dia todo por conta da mudança ainda falta algumas coisinhas de cada uma como por exemplo alguns quadros, que tinham que decidir qual ficaria e qual iria para o lixo, o kit de desenho de carvão da sokoviana, a barra de Natasha se exercitar que fica presa em cima da porta do banheiro e algumas lembranças de Pietro, uma camisa ou outra, o gatinho de pelúcia que ele roubou para sua irmã conseguir dormia a noite sem os pais.

- Wanda? - Ela escutou a voz da ruiva pela porta do banheiro. - Leve o tempo que precisar, vou estar te esperando fora do complexo com o carro.

- Tudo bem, já estou acabando. - Wanda saiu do banheiro depois de alguns minutos e desceu as escadas. Encontrou praticamente todo mundo na sala assistindo algum filme na TV. Ela passou despercebida e saiu do complexo.

Os olhos de Natasha pousaram na sokoviana quando ela passou pela porta de vidro. Ela estava usando uma calça jeans preta, botas de salto e cano baixo. Seus olhos com um leve delineado preto, os dedos repletos com anéis e uma camisa de alguma banda em baixo da jaqueta vermelha de Natasha que foi a peça que mais gostou de ver em Wanda. A sokoviana reparou na roupa da agente, uma calça jeans também preta, camisa e tênis brancos e um sobretudo bege.

- Oi. - A skoviana cumprimentou quando estava perto o suficiente para dar um beijo em Natasha. Conseguiu sentir um cheiro muito bom de Natasha, algo cítrico. - Está cheirosa. - E então deu um selinho na ruiva que, quando Wanda se preparou para se afastar, teve a questão de aprofundar o beijo.

- E você está com gosto de morango. Está usando gloss?

- Chiclete.

- Vamos? - A russa falou abrindo a porta do conversível cinza. Natasha deu a volta no carro quando fechou a porta de Wanda e entrou no veículo.

Wanda colocou um óculos de sol com as lentes marrons em uma forma octogonal, a parte de baixo sendo mais arredondada.

- Eu amo essa música, Nat! - A russa riu com a animação de Wanda em relação a canção que surgiu na rádio.

- Pode aumentar o som se quiser. - Wanda bateu palmas com alegria e esticou seu braço até o sistema de som do carro. - O que está fazendo? - Natasha perguntou rindo. A morena estava tentando aumentar o som, mas apertou todos os botões possíveis menos o do volume.

- Para que tantas coisas assim em um carro? Meu Deus.

- Você está usando um óculos de sol às sete horas da noite.

- Me deixa ter o meu momento rica andando de conversível com óculos de sol e uma namorada gostosa do meu lado, por favor?

- Namorada?

- Q-quer dizer... - Wanda tentou achar uma palavra para representar o que ela e Natasha eram uma para outra, mas não conseguiu achar nenhuma. O que eram uma para a outra afinal? Nunca chegaram a ter essa conversa.

- Chegamos. - A russa falou mudando de assunto.

- Me trouxe para uma lanchonete no nosso primeiro encontro? - Wanda falou confusa olhando o estabelecimento na sua frente. Ela mudou seu olhar para seu lado direito para ver o que Natasha estava apontando. E então a ficha caiu quando viu onde realmente estávamos. - Nat - A expressão da sokoviana deixou a russa confusa. Não sabia se ela estava feliz, triste ou com raiva.

- Se não gostou podemos... - Wanda interrompeu a fala da mulher mais velha com um selinho demorado.

- Você me trouxe na praia.

- Sim. - Natasha sussurrou a resposta no mesmo tom que a morena perguntou.

- Eu amei. Vamos. Vamos. - Ela disse tirando suas botas com seus poderes e saiu do carro rápido. A ruiva tirou seu sobretudo e seus sapatos rindo de Wanda que já estava correndo para a areia.

- O que está fazendo? - Natasha perguntou quando finalmente alcançou a sokoviana.

- Sentindo a areia. É estranho. Macia e áspera. Tipo você.

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