Capítulo 45

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Oi,

Feliz Natal!🎄

Boa leitura :)



Kara apontou a arma para um pastor alemão grande e negro na cabeça do grupo.

Se ela matasse os cachorros seria ouvida e ela não tinha balas suficientes para todos eles, mesmo se tivesse o que ela usaria contra Lionel?

Talvez se ela corresse e pulasse o muro... mas o braço dela estava uma bagunça.

Os cachorros rosnaram com as orelhas achatadas contra as cabeças e os dentes a mostra. Kara tinha a impressão de que eles só avançariam para cima dela se ela corresse, mas talvez eles fizessem uma exceção para ela.

Um ganido baixo e fino chamou sua atenção para o fundo do canil, e Kara encontrou os olhos inteligentes da mamãe pastor alemão olhando para ela. Diferente dos outros cachorros ela não parecia querer um pedaço dela. Ela estava deitada com todos os filhotes aninhados próximos a barriga e olhava para Kara com olhos escuros e penetrantes.

Kara nunca havia sido muito fã de cachorros, mas estava começando a gostar daquele. O filhote atrapalhado– Kara o reconheceu por ser o menor do grupo– se sentou sobre as patas traseiras e colocou a língua para fora amigavelmente.

Suas sobrancelhas se franziram a medida que uma idéia ganhava espaço em sua mente. Kara apalpou o bolso da calça até retirar o saquinho transparente para fora dele. Ela olhou mais uma vez para os cachorros, para todos os dentes afiados e para a baba pingando no chão e rapidamente despejou uma pequena quantidade das bolinhas na mão e cheirou.

Bacon.

Drogas com cheiro de carne.

Por isso os cachorros ficavam doidos, por isso Luna tinha comido, tinha cheiro de comida.

Mas qual era o sentido de drogar cachorros?

O pastor alemão negro latiu para ela.

Kara tinha um plano. Ela só esperava que ele não terminasse com oito cachorros brigando por sua carcaça.

—Tudo bem – Ela murmurou e chacoalhou o saquinho para os cachorros e mostrou a mão — Aqui, cachorrinhos.

Para seu alívio eterno os cães levantaram as orelhas e farejaram o ar e então choramingaram baixinho, implorando como filhotinhos. Aquilo era bom, muito bom. Era maravilhoso.

Ela fez um primeiro teste e jogou duas das bolinhas para o pastor alemão. Imediatamente ele correu e abocanhou os comprimidos. Viciados.

—Ok. Aqui! – Kara chamou e arremessou mais algumas bolinhas para o mais longe possível dela e do caminho até o portão. Os cachorros correram, atropelando uns aos outros, rosnando furiosamente quando tinham a comida roubada.

Ela caminhou de costas em direção ao portão enquanto jogava mais "petiscos." Uma briga começou entre os cachorros e Kara aproveitou para correr os poucos metros restantes. Vinte segundos depois ela estava do lado de fora, fechando o portão as suas costas com um baque. Ela guardou os dois últimos comprimidos dentro do saquinho e o enfiou no bolso.

Kara queria correr, mas não sabia se tinha forças para isso e não sabia quem mais poderia encontrar do lado de fora. Havia dois seguranças na mansão e ela apenas tinha visto um. Mas o local parecia deserto.

Lionel era tão presunçoso assim? A ponto de achar que três pessoas eram o suficiente para detê-la?

Quase haviam sido.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now