Capítulo 40

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Oi,

Boa leitura :)



— O que é isso na sua mão?–Havia uma pontada de ansiedade na voz de Kara enquanto olhava para Luna.

Ela tinha acabado de sair do banho e ainda estava com a toalha na cabeça. Lena tinha ido tomar banho no quarto de Lilian.

Luna estava sentada na cama de pijama, com as pernas esticadas e com o notebook de Lena no colo. Ela mastigava alguma coisa, mas não havia pratos ou embalagens no colchão. Apenas uma coisa prateada escondida na pequena mão fechada em punho.

Luna resmungou algo incompreensível e agarrou o pequeno dinossauro ao lado e o trouxe para o peito e escondeu a mão esquerda embaixo dele.

Kara semicerrou os olhos para a criança.

Que não fosse o que ela estava pensando que era. Mas ela iria estragar tudo se abrisse a mão de Luna à força.

A relação dela com a criança não era a melhor do mundo naquele momento. Na verdade a relação andava a trancos e barrancos desde sempre.

Tudo bem.

Kara andou até a penteadeira no canto do quarto e retirou a toalha da cabeça e começou a retirar o excesso de água do cabelo. Ela podia espiar Luna pelo canto do espelho.

Demorou alguns minutos, mas quando Luna finalmente olhou na direção dela Kara fingiu não ver. Em silêncio ela espiou a criança retirar a mão silenciosamente de debaixo do dinossauro e as desconfianças de Kara se concretizaram.

— Te peguei!– Ela exclamou se levantando bruscamente da cadeira e avançando na direção de Luna.

Luna arregalou os olhos e escondeu a mão novamente.

— Eu já vi anão das trevas! Você mexeu nas minhas coisas! – Kara acusou parando na beirada da cama e estendendo a mão — Vamos, me de minha cartela de remédios.

Uma parte dela, a parte em pânico tentava se lembrar se havia deixado a cartela fora da mala, ela achava que sim, mas se não tivesse... o que mais Luna poderia ter visto dentro da mala?

A menina colocou o notebook de lado e se começou a se arrastar no colchão para longe.

Kara suspirou.

— Não me obrigue a pegar por conta própria.

Ela não teve escolha.

Luna estava se afastando e ela tinha a suspeita de que ela sairia correndo do quarto na direção de Lena. Então haveria algumas coisas desagradáveis para explicar.

Kara simplesmente se inclinou para frente tão rápida quanto uma fecha sendo disparada e agarrou a antebraço de Luna e puxou a criança pelo colchão sobre protestos.

Kara abriu os dedos de Luna um por um e pegou a cartela.

Vazia.

Ela bateu a mão na testa e deslizou a mão pelo rosto lentamente, então respirou fundo e expirou devagar.

— Você tomou todos meus remédios– Ela acusou tentando não explodir.

— Não são remédios – Luna finalmente respondeu, puxando o braço do aperto da mão de Kara inutilmente— Tem gosto de goma.

— Não são?!– Kara riu sarcasticamente — É claro que são remédios!

Luna inflou as bochechas vermelhas.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now