Capítulo 42

1.4K 232 158
                                    

Oi,

Boa leitura :)



Foi uma madrugada longa e exaustiva.

Na opinião de Kara a mais estressante de todos os seus trinta e dois anos de vida.

Ela tinha dirigido igual a uma maluca desesperada até o hospital mais próximo, um dos hospitais da família Daxam que ficava próximo a saída da cidade. Ela fez um caminho de uma hora em menos de vinte minutos. Kara não se reconheceu como a mulher que tinha falhado no teste de piloto de fuga do FBI duas vezes.

Quando ela parou o carro em frente ao hospital fazendo os pneus cantarem suor frio escorria por sua têmpora e por suas costas. Seu coração tinha estado acelerado durante todo o caminho e o pé afundava um pouco mais no acelerador sempre que olhava pelo espelho retrovisor.

Lágrimas silenciosas tinham escorrido pelo rosto de Lena durante todo o caminho, mas quando ela desceu do carro com a filha nos braços e correu para a porta de vidro do hospital os olhos dela estavam secos.

Kara abriu a porta para ela passar e gritou para recepcionista conseguir uma maca. Ela não calou a boca até que três enfermeiros trouxessem uma maca e um médico. E então ela observou Lena colocar a filha na maca, a criança parecia tão pequena e pálida naquele momento.

Ela deu um passo à frente e tocou quase hesitantemente o pequeno pé calçado com uma meia listrada de vermelho e branco enquanto os enfermeiros colocavam uma mascara de oxigênio no rosto da criança. O calor do corpo de Luna subiu pelas pontas dos dedos de Kara e se infiltrou dentro dela dolorosamente.

Os enfermeiros empurraram a maca pelo corredor e a mão de Kara ainda ficou parada no ar por alguns segundos antes dela a abaixar lentamente.

O médico ficou alguns instantes a mais e fez algumas perguntas rápidas e objetivas e Kara ajudou Lena o melhor que pode a responder a todas elas.

Quando o médico se afastou apressado pelo corredor Kara achou que Lena iria segui-lo, o olhar no rosto dela era selvagem, mas ela apenas se abraçou e esfregou os braços em pé no corredor, o que lembrou a Kara que elas ainda estavam com os vestidos do baile e que eles não forneciam nenhum calor ou mesmo conforto. Não que ela achasse que o frio que Lena sentia tinha alguma coisa a ver com a temperatura.

Ela estava pronta para convidar Lena para sentar em uma das cadeiras macias da recepção quando as pessoas que esperavam por atendimento começaram a sussurrar e celulares começaram a ser apontados para elas.

Lena só as notou quando Kara a puxou suavemente pelo cotovelo. Lena se virou e analisou os arredores, todos os olhos curiosos e bocas abertas, então soltou um suspiro pesado antes de seguir em direção a mulher da recepção.

Os seguranças tiveram que ser chamados quando as pessoas começaram a se levantar e tentar se aproximar de Lena, elas gritavam perguntas sobre o estado de Lilian e estranhamente tentavam tocar o vestido de Lena como se ela fosse a atriz famosa e não a mãe dela. Kara não deixou ninguém tocá-la até que os seguranças chegassem e as levassem para uma sala de espera privada.

Assim que os dois seguranças fecharam a porta, Lena olhou ao redor da sala e mordeu o lábio inferior silenciosamente, Kara podia a ver lutando contra a preocupação, tentando se manter no controle e não deixar o desespero a dominar.

Lena visivelmente estava tendo mais sucesso do que ela.

Kara se sentou na poltrona estofada no canto da sala e puxou o vestido para cobrir os joelhos e então deixou o rosto cair nas mãos.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now