Capítulo 22

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Oi,

Nesse capítulo vocês vão descobrir mais sobre o que aconteceu com a Meg.

Boa leitura :)



A manhã de segunda-feira amanheceu fria e nublada.

Kara hesitou antes de obrigar as pálpebras tremulas a se abrirem. Sua respiração estava rasa e baixa como se estivesse com medo de alguém a ouvir.

Seus punhos estavam fechados como duas pedras perto do peito, o suor frio colava os fios bagunçados de seu cabelo na testa e nas bochechas. Pelo menos os tremores haviam parado.

Kara se lembrava de em algum momento ter caído da cama durante a madrugada, enquanto se sufocava com própria mão achando que alguém a estava tentando matar. Enquanto se debatia, ela tinha rolado do colchão para o chão junto com os lençóis. Ela tinha caído de lado sobre o tapete, o peso do corpo esmagando o braço direito, depois que a dor irradiou por seu braço o aperto de ferro em sua garganta desapareceu.

Desde então ela estava revivendo o maldito pesadelo como um loop eterno.

Ela tinha sentido o aperto no pescoço, impedido o ar de entrar em seus pulmões, tinha visto o lugar sujo, tinha ouvido as vozes se misturando como se as pessoas fossem uma só e estivessem falando ao pé de seu ouvido.

— Fique longe dela– Ele tinha grunhido a cinco centímetros de seu rosto, saliva voando de sua boca—Senão, não vou me importar de fazer o que todos nessa casa querem fazer a anos.

Os sinais de alerta já estavam piscando em seu cérebro e ela já estava ofegante por ar mesmo quando mal fazia um segundo que Lex estava suspendendo-a contra parede.

Ela havia perdido segundos preciosos congelada, sem conseguir se movimentar enquanto o verde dos olhos de Lex mudavam loucamente de verde para negro e os dentes brancos a mostra piscavam entre um esgar furioso e um sorriso sádico amarelado.

A sensação dos dedos em volta de seu pescoço era tão malditamente parecida, apertando até cortar todos os canais de ar, esmagando sua laringe.

Os olhos de Lex se estabilizaram, mas eles não eram mais verdes e sim negros, obscuros, sem brilho, eles seriam completamente vazios se não fosse pela sede por sangue queimando no fundo da pupila.

Ela desviou os olhos, desesperada para fugir do que a aguardava, porque a seguir viria duas costelas quebradas, incontáveis hematoma e cortes do tronco para cima, ela ainda conseguia sentir as botas pesadas dele chutando e quebrando seu corpo.

Seus olhos encontraram uma janelinha estreita na parede à frente, estava fechada e embaçada, mas Kara sabia que era a janela de um porão, e por mais que naquele momento ela apenas pudesse ver os pingos de chuva escorrendo pelo vidro sujo, ela sabia que havia um lindo gramado verde e bem cuidado atrás dela.

Um cheiro forte e metálico inundou seu nariz e entorpeceu imediatamente seu corpo, suas mãos afrouxaram sobre os punhos dele e seus olhos abandonaram lentamente a janela e deslizaram para baixo, pela parede cinzenta e rústica.

O rosto de Meg parecia estranhamente sereno, o cabelo estava levemente bagunçado, como se tivesse acabado de retirar o capacete depois de ter acelerado pela cidade na monstruosidade que ela chamava de moto, seus olhos estavam fechados, como se estivesse apenas tirando um cochilo no vestiário depois de trabalhar 24 horas seguidas. Seu rosto estava estranhamente calmo na morte, apenas uma linha vermelha e fina escorria de seu nariz.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now