Capítulo 36

1.4K 206 107
                                    

Oi,

Boa leitura :)


Kara esfregou um risco inexistente na tintura branca do camaro de Lena.

Pelo canto do olho ela viu Louis se abaixar para... Amarrar o sapato?

Merda.

Será que ela não iria conseguir pegar ninguém no flagra nenhuma veizinha?

O que estava acontecendo com ela? Estava perdendo o jeito?

Talvez Louis a tivesse percebido ou talvez não houvesse nada ali, como também não havia na mansão.

A probabilidade não era muito animadora de qualquer forma. A fazenda já havia sido investigada antes e os caminhões de milhos eram parados em todas as oportunidades.

Kara se encostou ao carro e cruzou os braços.

A fixa de Lionel estava tão limpa quanto um piso esterilizado.

Ela não conseguia entender.

Quando estava trancada dentro de uma sala lendo documentos que pareciam infinitos tudo parecia tão certo. Não só para ela, mas toda a equipe parecia pensar que tudo estava dentro da mansão. E fazia todo o sentido.

Era a única propriedade Luthor para a qual a policia não tinha conseguido emitir um mandato de busca. A mansão era protegida, sigilosa, nenhum repórter ou policial nunca havia passado dos portões e ainda assim...

Kara chacoalhou a cabeça.

No fim ela só estava ali porque Lena queria, para um evento.

Ela estava tentando manter um pouco de esperança, mas aquela altura a esperança dela estava tão pequena quanto um grão de areia. Quando o baile acabasse provavelmente ela iria para casa. E Kira iria voltar, ela querendo ou não.

Kara esfregou a pele entre as sobrancelhas.

Afinal eles estavam mesmo procurando a coisa certa?

Aquela dúvida andara rondando a cabeça dela mais vezes do que ela gostaria de admitir para si mesma.

Talvez tudo estivesse dentro da empresa. Talvez a família toda estivesse envolvida.

Talvez Alex tivesse razão desde o inicio, talvez ela não fosse a pessoa certa para aquela missão.

Mas o que mais ela podia fazer? Voltar para a casa e tentar abrir o escritório de Lionel? Não parecia–

Kara pulou para longe usando o carro como apoio.

Ela mal se equilibrou antes de se virar e olhar de olhos arregalados para debaixo do veículo. Os dentes pontudos e amarelados de Greta tinham se fechado exatamente onde a panturrilha dela tinha estado segundos antes. Kara tinha sentido a respiração quente da cadela contra a perna, e se tivesse demorado um centésimo a mais a panturrilha dela seria uma coisa sangrenta naquele momento.

Ela ofegou com a adrenalina correndo fria pelas veias.

Greta saiu de baixo do carro com uma velocidade alarmante e com o lábio superior crispado para cima, mostrando todos os dentes afiados.

Kara deu dois passos para trás, meio agachada e com as mãos em frente ao corpo em defesa.

A cadela latiu e mordeu o ar e então avançou como uma fera selvagem.

Kara não teve tempo de sequer pensar.

Ela piscou e Greta estava a um metro de distancia.

Mas então a cadela foi subitamente puxada com um tranco violento no pescoço que a fez cair de costas no chão. Ela se levantou imediatamente e rosnou e arranhou o piso, frustrada por não ter conseguido pegar um pedaço de carne.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now