Operação Luthor

Capítulo 34

Oi,

Boa leitura :)

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Kara não sabia que horas eram exatamente, mas tinha certeza de que já tinha passado da meia-noite há algum tempo. Seus olhos  estavam abertos, fixos no teto escassamente iluminado pela luz do jardim que entrava pela janela.

Os únicos sons no cômodo eram os pequenos resmungos que Luna soltava de vez em quando e a cama gemendo sempre que a criança se virava, o que era a cada dez minutos, Kara havia chegado à conclusão de que havia pulgas no pijama dela.

Ao lado dela Lena dormia ou fingia dormir, ressonando suavemente, o rosto virado parcialmente para dela.

Mas isso não era o pior.

Kara estava ouvindo barulhos.

Barulhos de casa velha; rangidos, gemidos, sussurros, passos no corredor e pequenos estalos que a faziam se arrepiar.

Sem aviso Lena suspirou pesadamente a vinte centímetros de distancia do rosto dela e o coração de Kara congelou uma batida.

Ótimo.

Ela adorava ser a última a dormir.

Kara ficou olhando para a escuridão do teto por vários minutos até criar coragem para se virar e olhar para Lena.

—Por favor, não acorde – Ela murmurou antes de cutucar a bochecha de Lena suavemente com um dedo, ela não se mexeu. Kara então se sentou na cama e colocou a mão suavemente sobre o ombro dela e a empurrou levemente. —Vamos lá – Ela grunhiu empurrando cuidadosamente, Lena resmungou um pouco e então de repente agarrou a mão dela.

O coração de Kara parou por um milissegundo antes de voltar a bater.

Lena ainda estava dormindo.

Lena apertou a mão de Kara com a dela e então arrastou as duas mãos juntas e as depositou no travesseiro ao lado do próprio rosto.

De olhos arregalados Kara sentiu a respiração suave e quente bater nos dedos. Se ela esticasse qualquer um dos dedos ela poderia tocar o queixo, a bochecha ou os lábios de Lena.

Kara puxou a mão, Lena a apertou mais.

—Merda– O sussurro dela foi abafado pelo o som distinto do ronco suave de um carro do lado de fora.

Kara se virou para poder olhar pela janela e sentiu os dedos tocarem em algo macio e depois em algo duro.

Então ela puxou a mão e rolou para fora da cama rapidamente. Seu pés ficaram presos no cobertor que aquela altura estava enroscado com o cobertor de Lena e Kara saiu tropeçando da cama.

— Ai!– Ela grunhiu chutando o cobertor.

— O que você pensa que está fazendo?! – Ela ouviu a voz rouca e zangada de Lena.

Kara se levantou rapidamente e viu o vulto de Lena se ajoelhar na cama, ela tropeçou até a janela e olhou para o pátio abaixo.

Ela conseguiu visualizar apenas os faróis traseiros do carro de Lex já no fim do pátio.

Onde será que Lex estava indo a àquela hora?

A luz do quarto de repente se acendeu e Kara piscou surpresa e cega antes de se virar e ver Lena parada em frente ao interruptor com os olhos pegando fogo.

— Você enfiou a mão na minha boca! – Lena quase gritou com os olhos fervendo.

— Foi você que agarrou minha mão e não quis soltar!– Kara se defendeu sentindo o rosto esquentar. — Não fiz por querer!