Capítulo 1

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Oi,

Então, essa é minha primeira historia longa e o melhor é que ela que já está completa. Irei postar um capítulo por semana provavelmente.

Se você gostar deixe um comentário, se não, aceito criticas construtivas, e vote para incentivar a escritora ( tem dias que ela precisa muito).

Me avise nos comentários se encontrarem algum erro.

Boa leitura.

                                                                                             ❖


                         "O destino embaralha as cartas, e nós jogamos."

 — Arthur Schopenhauer filósofo alemão 1788 - 1860.


                                                                                            ❖


Em nenhum momento de seus 32 anos de vida Kara se lembrava de já ter se sentido tão comprimida e desconfortável quanto se sentia naquele momento enquanto desembarcava do avião.

Cada músculo e centímetros do tronco e das coxas dela estavam presos dentro de um vestido tubinho, justo e rosa bebê.

Tinham dito a ela que ela realmente parecia uma dama sexy da alta sociedade. Mas a realidade era que Kara se sentia uma completa selvagem pronta para rasgar em pedaços aquele pedaço de pano estúpido.

Qual era o problema das mulheres granfinas? O que havia de tão horrendo em usar jeans, camiseta e tênis?

—Sorria.

A voz terrivelmente alegre de Winn soou através do ponto eletrônico no ouvido de Kara, ele estava conectado via Bluetooth ao celular na bolsa de couro de grife que estava pendurada na dobra do cotovelo dela.

Kara sentiu vontade de socar a cara dele pela terceira vez em menos de vinte e quatro horas, mas ela era uma profissional, a melhor de todas, por isso suspirou baixinho e em seguida obrigou os lábios pintados pelo batom rosa a se moldarem em um sorriso preguiçoso e libertino enquanto pegava a mala na esteira com a mão livre, o salto alto clicando pelo piso do aeroporto quando se afastou da esteira de bagagem.

Enquanto seguia pelo terminal um sentimento de orgulho a dominou. Eles haviam conseguido, ela tinha conquistado aquilo em menos de um mês.

Já era um feito incrível que ela estivesse caminhando naquele momento e não cambaleando e provavelmente quebrando algum osso ou um dente no chão, considerando que estava andando sob um salto de sete centímetros quando há algumas semanas atrás teria gargalhado da cara do palhaço que pensasse em sugerisse que ela iria fazer isso em algum momento da vida.

E some isso ao fato de que ela era perfeitamente capaz de mudar a voz para se encaixar perfeitamente com a dela, e havia treinado com tanto afinco que conseguia se portar de forma tão correta e leve que poderiam dizer que ela havia sido assim a vida toda, quando no inicio do mês os movimentos dela haviam sido comparados com os de um garoto. Um garoto caipira e bruto nas palavras precisas de Winn.

O que fazia o orgulho dela inchar como o orgulho de um pavão era que não havia sido nenhum pouco fácil, fácil era um eufemismo.

Transformar pelo menos trinta anos– ela não se lembrava do momento que passou a agir e treinar como um pequeno soldado–, de movimento calculados e músculos rígidos em um corpo leve que parecia flutuar a cada passo como uma pluma levada pelo vento e obrigar mãos acostumadas a socar um saco de pancadas em mãos graciosas com unhas delicadas e femininas havia sido um pesadelo. Tudo bem, as unhas eram falsas, mas simplesmente porque as unhas verdadeiras dela sempre haviam sido mantidas meticulosamente limpas e bem cortadas e fazê-las crescerem fortes e se manterem havia sido um verdadeiro desafio, até que ela havia cedido e sugerido unhas postiças.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now