— Não são!– Ela gritou e começou a levantar para contra atacar— Não são! Ai!

Ela desabou no colchão antes de conseguir se erguer completamente. Os olhos de Kara foram imediatamente para a perna direita da menina.

Luna puxou o braço com força e dessa vez Kara a soltou.

Ela estava considerando se corria o risco de levar uma mordida para saber o que havia acontecido quando a porta do quarto se abriu bruscamente e Lena entrou no quarto correndo e enrolada em uma toalha e com os cabelos pingando água no chão.

Kara enfiou a cartela vazia de comprimidos no bolso da calça de moletom e desviou os olhos. Luna também não encarou a mãe.

Um segundo tenso se passou até Lena questionar lentamente:

— O que você fez?

Kara suspirou e se virou para ela.

—Nada. O anão das trevas que – Ela hesitou e olhou para Luna. Ela parecia estar tendo um dia de merda. Kara suspirou derrotada— Luna está machucada e ela não quer me deixar olhar.

— O que?– Lena parecia um pouco atordoada.

Luna olhou para Kara em um misto de aborrecimento e surpresa.

Ela não podia exatamente falar sobre os remédios, não quando eles realmente eram gomas, Lena iria querer saber por que eles não haviam feito mal a filha.

Estranhamente Kara sabia que Luna também não diria nada e não sabia se isso era ou não um problema para Lena se preocupar no futuro.

— Machucada?– Lena caminhou até a cama e se sentou— Onde?

— Na perna– Kara respondeu e Luna bufou — direita.

Lena segurou a perna de Luna e lançou um olhar de aviso a filha quando ela tentou se afastar. Kara se aproximou quando Lena levantou a barra da calça do pijama de Luna acima do joelho.

— Ai– Ela murmurou baixinho para o curativo mal feito e sangrento sobre o joelho da criança.

Lena suspirou pesadamente e com cuidado começou a retirar a gases e as fitas que a prendia na pele. Luna fez um barulho como o de um filhote de cachorro ferido e Lena a ignorou segurando a perna dela firmemente no lugar.

Kara fez uma careta para o joelho ralado de Luna quando ele se revelou por completo. Visivelmente a ferida tinha sido mal lavada, ainda havia um pouco de terra e sangue seco.

— Onde você fez isso?– Lena perguntou erguendo os olhos para a filha.

Luna não respondeu e brincou com a pata do dinossauro de pelúcia.

Kara sabia que Luna não estava machucada antes da competição. E Luna não havia competido sozinha. Ela deu um passo à frente e se abaixou. Um peso estranho crescendo dentro dela.

— Você caiu ou... Alguém te empurrou?– Ela perguntou em voz baixa.

Os olhos de Lena se encontraram com os de Kara diante do silêncio da criança. A mesma suspeita estava escrita nos olhos preocupados de Lena.

Luna manteve os olhos fixos no amigo de pelúcia, escondendo o rosto atrás do cabelo.

— Kira– Lena chamou quando um minuto inteiro de silêncio se passou— Pegue o kit de primeiros socorros no banheiro, por favor.

— Não!– Luna guinchou levantando o rosto e olhou para Kara com olhos arregalados— Vai doer!

Com certeza.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now