Ele estava sentado com as costas encostadas no muro lateral do canil, quase escondido. O homem estava com as pernas atiradas para frente e com a cabeça inclinada para trás contra o muro, os olhos estavam fechados e ele respirava ruidosamente.

Kara se abaixou ao lado dele e então procurou pelo pulso no pescoço gordo. Os olhos do homem se abriram e ele sorriu suavemente para Kara.

— Ah, meu anjo de cabelos dourados– O Sr. Scott murmurou tocando os fios loiros que escapavam de debaixo do capuz de Kara com as pontuas dos dedos.

Kara suspirou.

O homem estava delirando.

O pulso estava bom. Provavelmente uma queda de pressão.

— Sra. Scott, me ajude a levantar seu marido, vamos levá-lo a casa e fazê-lo beber água e comer alguma coisa.

A Sra. Scott não respondeu e não se aproximou.

Kara se virou para ela.

Os olhos da mãe de Winn estavam fixos no rosto dela.

— Sra. Scott?– Ela chamou novamente.

— Estou indo– A mulher murmurou piscando rapidamente e se aproximou.

Juntas, cada uma sustentando metade do peso do Sr. Scott, elas conseguiram levá-lo até a cozinha onde Kara pegou uma garrafa de água e fez um sanduíche para ele. Ela aproveitou para pegar uma garrafa de água para ela também.

— Obrigado Sra. Luthor– O pai de Winn agradeceu com a boca cheia de pão. O capuz de Kara havia caído e eles a reconheceram rapidamente. — Achei que minha hora havia chegado.

Kara sorriu.

Sempre dramático.

— Afinal, o que vocês estavam fazendo perto do canil?– Ela perguntou e bebeu um gole de água generoso.

As bochechas do homem se tornaram vermelhas e ele olhou para a esposa sentada ao lado dele.

Então Kara finalmente parou para reparar no estado dos pais de Winn.

O estômago dela se revirou.

A mulher estava com os cabelos bagunçados e com pequenas marcas vermelhas no pescoço, as bochechas dela haviam virado dois pimentões vermelhos. O Sr. Scott, Kara percebeu, tinha batom na boca e no pescoço.

Meu deus, a mente dela já havia criado acena.

Kara quis arrancar o cérebro de dentro do crânio e dar para os cães comerem.

— Ignorem a pergunta, por favor– Ela disse rapidamente com um sorriso constrangido. Ela os conhecia, e aquilo era tão constrangedor e podre quanto imaginar seus pais. — Vocês podem ficar aqui até que o Sr. Scott se recupere, eu preciso ir agora, fiquem a vontade.

— Obrigado Kira– O pai de Winn agradeceu com os olhos no chão, ainda mastigando o sanduíche, mas não tão avidamente como antes.

Kara já estava na porta quando o pai de Winn gritou de repente:

— A competição!– Ele se levantou com um pequeno cartão na mão, mas cambaleou e precisou se sentar novamente— Não vou poder competir!

— Sinto muito por isso Sr. Scott, mas preciso mesmo ir. Fale com Lena, tenho certeza que ela pode resolver qualquer coisa relacionada a competição.

— Espere! Por favor! Alguém precisa competir no meu lugar!

Merda, ela queria ir embora.

— Não acho que haja necessid-

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