Capítulo 7

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Me considero uma especialista em maus relacionamentos, principalmente em escolher mal relacionamentos.

Tudo começou quando eu tinha 12 anos e instalei o amor doce, Kentin me queria, Nathanael era chato de tão gentil e por quem eu me humilhava? Castiel, o ruivo mal humorado que me chamava de tábua e dava risada de tudo o que eu fazia.

É assim que se começa um dedo podre, eu chegava a tratar todo mundo mal pra tentar sair do -100 com o Castiel e o que adiantava? Nada porque ele me chamava de tábua de passar roupas e me humilhava.

Eu deixei de lado? Não, porque eu sou insistente e quando eu vi que o colégio não tinha mais concerto eu entrei pra faculdade para marcar que sim eu namorava com ele no colégio.

Tudo por questão de honra porque eu não me conformei em fazer de tudo por ele e o love ficar menos 100.

— Tá quieta hoje — Wheezie comentou sentando no sofá ao meu lado — Você fala demais pra quem tá tão quieta.

— Sabe se o seu irmão já acordou? Eu preciso entregar a camisa de volta  — Mudei de assunto.

— Não faço ideia — Falou voltando a mexer no celular.

— Eu vou subir lá e você fica quietinha não faço a coisas como brincar com fogo ou facas nesses curtos minutos — Wheezie riu achando graça.

— Se você falar esse tipo de coisa pra outra criança com certeza é exatamente o que ela vai fazer — Me avisou.

Subi as escadas bebericando o meu café, café mais ou menos, sabiam que as pessoas ricas deixam gin próximo ao whisky? Tipo nessas mesinhas de canto super chique?

Descobri hoje.

Peguei a camisa recém lavada na minha mochila e parei diante do quarto, levantei a mão fechada para bater e recuei.

Vai ser uma pessima ideia se ele tiver dormindo.

Bati na porta.

Pensei que ela não seria aberta pela demora, mas ela foi.

— Oi Rafe, bom dia — Eu disse olhando para o rosto inchado de sono dele, tentando não desviar os olhos do rosto dele.

Ele olhou para minha cara como se eu fosse a pior pessoa do mundo, não discordo, eu o acordei.

— Vim aqui só pra devolver isso, eu lavei e passei — Avisei — Não a nenhum vestígio de que eu a usei.

Ele pegou a camisa sem muita força de vontade.

— Vou ficar com isso também — Pegou o copo da minha mão e entrou fechando a porta com o pé.

Abri a boca e fechei algumas vezes raciocinando o que estava acontecendo.

Eu vou perder o meu emprego.

Baby Sister - Rafe CameronOnde as histórias ganham vida. Descobre agora