—Ai!

— AGORA!

—Sério? –Kara perguntou com o lábio ardendo—Achei que ia ganhar um tour pela empresa.

Lena rosnou e deu um passo ameaçador para frente.

— Tudo bem, já entendi, estou saindo – Ela passou cuidadosamente por Lena, nunca lhe dando as costas e então abriu a porta e olhou por cima do ombro —Mas venho busca- lá para o almoço– Ela fechou a porta no instante em Lena agarrou o peso de papel sobre a mesa.

Meu deus. Meu deus!

Lena se deixou cair no sofá e enfiou as duas mãos entre os cabelos, terminando de arruinar o penteado.

Seu rosto estava queimando e deveria estar terrivelmente vermelho. Ela queria chorar.

Sua reputação estava arruinada completamente.

A reputação pela qual lutara com unhas e dentes para construir em meios a rostos que debochavam e ridicularizavam interiormente sua posição na empresa por ser uma Luthor, a filha do dono.

Não importava que ela tivesse sido a mulher que havia se formado com as melhores notas de toda a faculdade, a mulher que mesmo grávida tinha trabalhado e se especializado, a mulher que estava levando dezenas de projetos para frente lutando em meio aos acionistas famintos para poder levar pesquisas e criar projetos.

Não, é claro que não importava.

Mas ela não havia se importado com isso nos últimos anos, não quando os abutres não tinham nada de concreto para espalhar pelos corredores, não quando o que tinham era inveja e raiva, mas agora por culpa de Kira eles tinham um prato cheio e escandaloso para disseminar.

E se chegasse aos ouvidos de Lionel?!

Ele iria matá-la. Arrancar seus membros como se ela fosse uma boneca.

Lena até já podia ver as notícias correndo como uma manchete de jornal escandalosa: Lena Luthor, a filha do chefe, flagrada se agarrando com a esposa no escrito privado durante horário de trabalho. Parece que ela não é tão correta como nos queria fazer acreditar.

Como se ela precisasse de outra discussão com Lionel.

Lena abaixou as mãos e tocou na bochecha pálida, acariciando o mesmo lugar onde dias atrás Lionel a batera.

Uma mistura de ódio, asco e vontade assassina borbulharam dentro dela. Uma vontade incontrolável de gritar e quebrar toda a sala.

Mas ela se conteve e empurrou todas as emoções e as espremeu dentro de caixinhas a força, mas as caixas eram pequenas e poucas e suas emoções sempre eram muitas e espaçosas.

Ela tinha que se controlar, porque quanto mais pensava sobre tudo mais tinha vontade de chutar tudo para o alto, pegar sua filha e sumir para sempre.

Mas suas listas de preocupações apenas pareciam aumentar.

Agora havia a mãe doente, e Lex humilhado e doente pela da esposa, ela não queria ver o irmão afundar completamente, ela sabia que já tinha feito tudo que podia, mas uma parte dela se sentia culpada, ela sempre carregaria uma parte da culpa por ter trazido Kira para casa. Vovó Marie estava pior, quanto mais Lena a visitava mais perdida ela se sentia, e ela tinha medo de admitir que talvez a avó nunca melhorasse. Vovô Joseph também a preocupava, ele havia deixado a empresa a mais de um ano e a cada dia passava mais tempo com a esposa, preso dentro daquele quarto depressivo e miserável.

Operação LuthorUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum