O tempo estava ficando mais frio, o outono sempre havia sido sua estação preferida. Seu pai fazia pilhas de folhas no quintal e ela adorava empurrar Kara dentro delas e não a deixar se levantar, Kara ficava tão irritada que seu rosto todo ficava vermelho e Alex tinha que passar pelo menos duas horas se escondendo dela.

Ela parou junto com a multidão que esperava o sinal abrir na esquina de uma loja e esperou entediada ao lado de uma garota de cabelos castanhos.

—Desse jeito a gente só vai chegar à casa do papai na hora do jantar– A menina disse chateada para a mulher ao lado dela.

— Eu só preciso ir ao cartório Ruby– A mulher respondeu finalmente levantando o rosto da papelada que lia e Alex gemeu baixinho quando viu quem era. — Além do mais ele não pode reclamar de nada, ele devia ter vindo te buscar.

Samantha Arias. Serio mesmo? Podiam ser trolls, ogros, lobisomens.

— Ele deve estar ocupado– A menina respondeu olhando para a rua a frente e Alex viu Samantha suspirar e abaixar os papeis que tinha na mão.— De novo.

— Ruby– Samantha chamou tocando o ombro da filha— Max pode ser um grande pé no saco, e acredite eu sei disso, afinal eu tive uma filha com ele, mas-

— Grande incentivo – Alex murmurou baixinho, mas a advogada parecia ter um ouvido biônico porque sua cabeça se virou para Alex em um piscar de olhos.

Você – Ela latiu depois de alguns segundos encarado Alex de um jeito estranho— Se não reparou, Srta.Danvers, estamos tendo uma conversa particular, então cuide da sua vida.

Alex bufou.

— Eu provavelmente estaria cuidando se uma certa mulher não tivesse roubado meu apartamento e eu estivesse no momento procurando por outro.– Ela tinha ligado para a Sra. Brown, e Samantha Arias havia ficado com o seu apartamento.

— Não tenho culpa se você é uma irresponsável Srta. Danvers– Samantha murmurou.

— Você se aproveitou de uma pessoa ocupada. – Alex murmurou. — Foi trapaça.

— Se não tivesse quase nos atropelado talvez a Sra. Brown arranjasse outro apartamento para você, mas depois daquilo esqueça.

— Mas eu queria aquele.

— Sabe, não consigo me compadecer de pessoas que quase me atropelaram. Venha Ruby– Sam olhou ao redor tentando se afastar, mas a pequena multidão não cedia espaço.

— E eu não costumo esquecer uma ladrona.

Sam se virou.

—Acho que já mencionei a palavra particular para você, mas se você não entendeu posso dizer de outro modo: confidencial, pessoal, íntimo, não meta o nariz aonde não foi chamada.

Alex revirou os olhos e olhou para o farol.

Aquele negócio estava quebrado? Ela não iria aguentar a maluca por muito mais tempo.

— Terminou?– Ela arqueou a sobrancelha.

— Tenho mais umas vintes maneiras se estiver interessada, querida.

— Não me chame de querida– Alex grunhiu— Não somos amigas e muito menos amigas falsas.

— Chamar alguém de querida é ser falsa?– Ruby perguntou olhando de uma para a outra.

— Sim!

— Não!

Alex e Sam se entreolharam com os olhos semicerrados.

Operação LuthorWhere stories live. Discover now