"De onde saiu isso tudo?" Foi a primeira coisa que ela perguntou ao nos separarmos. Um riso fraco esboçava de leve nos traços agora, relaxados.
"Você é minha", falei. "Cada pedacinho... Só minha, entendeu?"
Depois das nossas prévias discussões, algo lá no lugar mais profundo da minha mente, me dizia que ela não iria concordar. O que me surpreendeu, porque a resposta que eu obtive com essa pergunta, foi um belo chupão no pescoço.
Não era nada convencional, nada do que eu havia feito antes se comparava a isso. Na adolescência eu poderia passar a tarde inteira com um garoto qualquer e não sentiria nem metade das coisas que Camila me proporcionava. Era um nível de excitação completamente diferente.
"Lauren..."
A fitei absolutamente encantada com o que via. A voz completamente rouca acompanhada do olhar dilatado. O peito subindo e descendo com rapidez como se não houvesse ar suficiente no quarto.
"Eu nunca fiz isso antes."
Entrelacei minha mão à dela enquanto roubava uma sequência de selinhos a fazendo rir.
"Eu também não, meu anjo... Mas isso não significa que eu não saiba o que fazer."
Ela geme baixinho enlaçando minha cintura com as próprias pernas.
"Você é a mulher mais linda que eu já vi na minha vida e eu vou te fazer gozar até você esquecer seu próprio nome, entendeu?" Capturei os lábios antes que ela pudesse verbalizar uma resposta coerente.
Levei minha mão até o seu centro e sorri mentalmente ao perceber o quão molhada ela já estava. No mesmo instante a escutei murmurar algo em meio ao beijo.
"Fala de novo", ela diz espalmando minha bunda e arranhando minhas costas.
"Eu vou", mordi de leve a pontinha do lóbulo, "te fazer gozar", outro selinho, "até você esquecer seu nome."
Camila gargalhou em êxtase ao ouvir a frase pela segunda vez.
Enganchei meus dedos na peça rendada a deslizando com facilidade e me posicionei entre as pernas dela. Comecei com beijos lentos e preguiçosos um pouco acima do umbigo e desci parte interna de sua coxa, e o gemido alto, quase agoniante, que escapou de seus lábios quando eu finalmente toquei a parte mais sensível de seu corpo, fez minhas pernas estremecerem. Eu lambia, chupava, mordiscava e desenhava padrões com a ponta da língua e a cada segundo que passava a respiração da mulher embaixo de mim, ficava cada vez mais irregular.
Eu não sabia de onde aquelas ideias estavam surgindo. E óbvio, eu já havia visto filmes com cenas explícitas, e já tinha uma noção em geral de como seria, mas estar ali com a pessoa era uma experiência totalmente distinta. E há um nível de excitação gigantesco em saber que você está levando alguém à loucura na cama. O controle que que você carrega em poder determinar o momento exato em que a pessoa irá ter o orgasmo é literalmente a oitava maravilha do mundo.
"Lauren..."
"Hmh?"
Eu sabia exatamente o que ela queria.
"Eu quero... Você dent—"
"Eu não consigo te ouvir, meu amor", brinquei enquanto massageava o sexo pulsante em minha frente.
"Dentro..."
"Você me quer dentro de você?"
As mãos se agarravam à ponta do edredom e os gemidos eram cada vez mais altos. Camila mal tinha forças para balançar a cabeça.
"Por f-favor..."
Levei os dois dedos medianos até a boca e introduzi o primeiro lentamente em seu sexo. Sem pressa, no ritmo mais desacelerado possível.
Vê-la daquele modo, completamente absorta e entregue ao momento, era algo de extremo fascínio aos meus olhos. Eu não me cansava. A presença dela, o cheiro adocicado e intoxicante. Não havia abraços, toques, beijos e até mesmo tempo suficiente no mundo, que me fizesse cansar da imagem em minha frente.
Nesse mesmo instante, introduzi o segundo dedo sem aviso. As costas arqueadas e a tentativa desesperada em mover o quadril para aprofundar o movimento me levou à loucura. Cristo, se ela ao menos soubesse o tesão que era vê-la fazer aquilo comigo. Eu estava completamente molhada por ela.
"Lauren!"
O grito agoniado a fez apoiar o peso do tronco sobre os cotovelos. Os olhos lacrimejavam, a respiração em uma mescla de surpresa e excitação. Retomei o ritmo anterior usando o polegar para massagear a área sensível e voltei a mordiscar a parte interna da coxa. Pouco tempo depois, o grito agonizado se fez ouvir no momento em que curvei meus dedos e o orgasmo lhe atingiu em cheio.
Desacelerei gradativamente os movimentos até que os espasmos cessassem por completo. O sorriso frouxo estampado no rosto perfeito era o melhor prêmio que eu poderia receber. Retirei os dedos lentamente e me aproximei para capturar os lábios finos, quando senti sua mão enrolar propositalmente em minha calcinha e a puxar pra baixo com a maior cara de safada.
"Camila, o que você t—"
"Shh..." O riso fácil acompanhado de um par de olhos fechados ainda tentando se recuperar do transe. "Quietinha."
Senti minha respiração falhar eu sentir dois dedos deslizarem com facilidade pelo meu centro, e não pude evitar que um gemido alto escapasse segundos depois quando ela começou os movimentos de vai e vem.
"Eu sinceramente achei que você conseguisse mais do que isso", Camila murmura. "Tão cedo e tão molhada..."
Minhas bochechas pegaram fogo diante do comentário. Dizer que eu estava surpresa pelas habilidades rápidas que ela possuía na ponta dos dedos, seria o mal entendido do século. A rapidez com que a pressão gostosa e familiar se formou pouco a pouco embaixo de me ventre, me fez questionar mentalmente se Camila realmente era uma principiante.
"Eu quero que você goze na minha mão", ela diz finalmente abrindo os olhos enquanto afastava minha franja do meu rosto com a mão livre. "Você está perto, eu sei disso."
Fechei os olhos instantaneamente quando senti seus dedos se curvando em meu interior e atingindo cada ponto necessário para que meu corpo inteiro tremesse e passasse pela mesma sequência de eletrochoques que Camila havia sentido minutos atrás.
Minhas pernas ficaram moles e meus braços pareciam gelatina. Não pude conter o gemido fraco ao sentir Camila deslizar os dedos espertos para fora e minhas costas finalmente baterem contra o colchão. E apesar da exaustão física, o meu estado emocional se encontrava nas nuvens.
"Eu te amo", a ouvi dizer ao meu lado. O rosto minimamente inclinado sobre o travesseiro.
Respirei fundo fechando os olhos por alguns instantes. O cheiro dela, agora completamente impregnado em meus lençóis, me fez sorrir.
"Eu também te amo, anjo."
Os olhos castanhos me fitavam no momento em que eu abri os meus. Estavam claros, algumas lágrimas tentavam escapar enquanto ela as secava rapidamente com a ponta dos dedos. Naquele segundo, eu juro por Deus, ter visto o sorriso mais lindo que eu já havia visto na vida.
"O que foi?" Indaguei confusa pelo choro.
Ela entrelaça minha mão na dela e ergue a cabeça por alguns segundos para me dar um beijo na testa.
"Eu consigo te ler agora."
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Get Me Out
FanfictionNos últimos dois anos tudo o que eu mais queria era não ter que ir àquele manicômio todos os meses para visitá-la. O que é irônico, porque justo no dia em que ela finalmente saiu de lá eu encontrei uma razão para voltar. #3 5H (01/02/2020)
Strung out, a Little bit Hazy (part II)
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