Apenas Meu

Galing kay mjesssilva

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APENAS MEU - SÉRIE APENAS - LIVRO 1 Agatha Salazzar é incomum e carrega segredos em sua mala mental. Ela... Higit pa

Prólogo
Capitulo 1:
Capítulo 2:
Capítulo 3:
Capítulo 4:
Capítulo 5:
Capítulo 6:
Capítulo 7:
Capítulo 8:
Capítulo 9:
Capítulo 10:
Capítulo 11:
Capítulo 12 (parte 1):
Capítulo 12 (parte 2/3)
Capítulo 12 (parte 3/3):
Capítulo 13:
Capítulo 14:
Capítulo 15:
Capítulo 16:
Capítulo 17:
Capítulo 18 (parte 1/2):
Capítulo 18 (parte 2/2):
Capítulo 20:
Capítulo 21:
Capítulo 22:
Capítulo 23:
Capítulo 24:
Capítulo 25 (parte 1/2):
Capítulo 25 (parte 2/2):
Capítulo 26:
Capítulo 27:
Capítulo 28:
Capítulo 29:
Capítulo 30:
Capítulo 31:
Capítulo 32:
Capítulo 33:
Capítulo 34:
Capítulo 35:
Capítulo 36:
Capítulo 37:
Capítulo 38:
Capítulo 39:
Capítulo 40:
COMUNICADO.
Capítulo 41:
Capítulo 42:
Capítulo 43:
Capítulo 44:
Capítulo 45:
Capítulo 46:
Capítulo 47:
Epílogo:
Agradecimentos:

Capítulo 19:

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Galing kay mjesssilva

NI: Quando postei essa história num outro site... minhas leitoras me mataram com esse capítulo e o próximo... Enfim, aqui vai:

*

And now, it's time to leave and turn to dust.
E agora, é tempo de partir e deixar a poeira. (To Build a Home – The Cinematic Orchestra).

As alças das malas estavam atadas em minhas mãos. Bruno e Cate vinham logo atrás, acompanhando meus passos. Bruno carregava a mala maior. O dia estava ensolarado lá fora, aquecendo minha nuca livre de cabelos, que estavam atados em um rabo-de-cavalo-alto. O carro negro me aguardava do lado de fora do edifício. Eric tocou seu quepe, mostrando-me que estava a espera. Mesmo ao ligar para papai e pedir que o mesmo viesse me buscar para me levar a casa da praia, eu sabia que ele chamaria Eric e provavelmente alguma moça de confiança para compras e afins.

A realidade escorregou por meus ombros, enquanto meus olhos se embaçavam. Me virei e abracei Bruno, ficando nas pontas dos pés para afundar meu rosto em seu pescoço. Eu não precisava lhe contar a verdade. De alguma forma, eu sabia que ele sabia o que estava acontecendo de verdade. Suas mãos pressionaram minha cintura, mantendo-me próxima a ele. Eu tive vontade de chorar e lhe contar toda a verdade. Vontade de levá-lo comigo, pois companhia melhor não havia.

Cate se mostrou emotiva do outro lado, enquanto tocava sua mão em meu ombro e sorria de canto, tentando afastar as lágrimas que escorreram por sua face. Ainda relutante, me soltei do calor de Bruno e me agarrei à felicidade que Cate sempre emanava. Ah, amiga se você soubesse a verdade de tudo. Ela imaginava que eu ficaria por lá apenas por alguns dias. Beijei seu rosto e arrumei seus cabelos, sorrindo em sua direção.

- Tchau, pessoal. – Disse com voz embargada, olhando de Bruno para Cate.

- Da próxima vez, vamos com você. – Bruno disse, dando-me uma piscadela e estendo a mala para Eric assim que o mesmo se aproximou.

Eric pegou todas as malas e as levou em direção ao carro, abrindo o porta-malas e organizando-as lá dentro. Bom, estava tudo feito. Despedida simples feita. Um vulto me chamou a atenção do lado direito dos meus olhos. Eu não precisava me virar para saber quem era. Eu não queria me virar para ver que Henrique estava lá e para saber que de alguma forma ele sabia o que estava ocorrendo de verdade.

O choro tomou conta do meu corpo todo de novo. Lágrimas escorreram livres e depressa e Bruno olhou para o lado, notando a presença de Henrique. Eu sabia que se ficasse um segundo a mais, ele me convenceria a ficar.

Corri.

Corri em direção ao carro que me aguardava. Corri em direção ao futuro que impus a mim mesma. Corri o mais depressa que pude, com toda a tristeza me embalando em um abraço glorioso. Abri os lábios em um grito mudo, não querendo passar por aquilo. Lembrando-me de suas palavras calculadas e doces. Não vou sair da sua vida com muita facilidade. Ah, Henrique, eu estou te enxotando dela. Mesmo sem querer, mesmo sem realmente conseguir. Será que me afogarei em uma depressão profunda novamente? Será que as memórias de tempos bons me pressionarão a fazer algo que não agrade a ninguém? O passado nos impedia de começar ou continuar. Eu não podia lhe contar toda a absoluta verdade. Não podia contar que fora abusada e estuprada quando criança. Não podia lhe contar ao caminho que todo aquele acontecimento constrangedor me levou.

Era por isso que estava partindo por sabe Deus quanto tempo. Eu queria distância do que me levasse de volta para Natan, mas, ao mesmo tempo, eu não queria me distanciar de Henrique como Melissa me obrigou a fazer. Bati a porta do carro atrás de mim e fitei Henrique correndo com pressa incontida em direção ao carro e, mesmo quando Eric deu partida e acelerou pela cidade, ele continuou correndo até Bruno agarrá-lo pelo ombro, segurando-o.

Chorei pelo caminho todo, até cair em um profundo sono. Sonhos e pesadelos o rodearam.

*

Duas semanas mais tarde...

Acreditei que aquele tempo seria suficiente. Mas me dei conta que não. Depois de me estabilizar na casa e me divertir com os dois moradores, eu consegui colocar meus pensamentos em ordem. É claro que noites acordada me acompanharam.

Para ajudar a pensar eu tirei a bateria do celular e pedi que Eric o escondesse de mim, para que eu não tivesse a mínima vontade de voltar a tocá-lo. Memórias boas e ruins me invadiram por aquele tempo.

As imagens transcorriam por meus olhos, enquanto os mesmos estavam focados no teto branco da casa conservada. O som do mar próximo fazia meu corpo divagar pelas imagens. Reviver as sensações. Ouvir as vozes com a mesma clareza que as escutei no instante. Ah, estava com tanta saudade daqueles que me aguardavam em Alphaville, mas ainda não estava inteiramente preparada para sequer pensar em voltar.

Meu pai decidiu me ligar uma vez por semana, para se certificar de que estaria tudo bem. Não podia negar que era ótimo e que me separava um pouco da solidão. A pedido do mesmo, Eric comprou alguns livros interessantes para que eu ocupasse as horas e caramba, quanto tempo mesmo fazia que eu não lia por horas seguidas? Que ótima sensação. Se preocupar com o futuro das personagens e não com o seu próprio.

Liberei a internet a mim mesma, e quando não lia, olhava blogs e páginas interessantes. Às vezes encontrava coisas que gostaria de compartilhar com Cate, mas que infelizmente não podia. Não apenas pela distância, mas por simplesmente não querer tanta proximidade com o bom da vida.

Henrique.

Eu sabia que Agatha não voltaria nem tão cedo para Alphaville. Não precisei de duas semanas para compreender tal fato. Precisei apenas unir a noite do pub com suas especulações. Foi por isso que corri até seu edifício o mais cedo possível. Não esperava vê-la correndo de maneira tão fugaz e fiquei impressionado com como aquilo me desmoronou por dentro. Era constrangedor lutar por algo que não sabia realmente se poderia ter.

Repentinamente, comecei a me perguntar se Agatha realmente voltaria. Será que ela não encontraria alguém por lá? Será que não o amaria com tamanha intensidade? Será que não passaria por sua mente a probabilidade da construção de uma família? Os simples pensamentos me levavam à loucura extrema.

Melissa ainda dormia empoleirada ao lado de meu corpo. Era doloroso ter que se submeter a algo do tipo para lhe arrancar provas de quem fotografara minha irmã. Meus documentos ficavam trancados na primeira gaveta da cômoda de meu quarto e Melissa era a única que conhecia a sede de vingança que eu sentia. Por isso sabia que tinha de me afastar de Agatha. Aquela fora minha escolha, afastar-me de algo bom para se vingar de algo horrível que acontecera no passado. Era isso que nos impedia de continuar ou começar: o passado.

*

Agatha.

Dois meses se arrastaram. Eu estava melhor que quando cheguei a essa casa. Agora conversava com meus companheiros todos os dias. Depois de exatos dois meses, descobri que estava fazendo aquilo não para tomar uma decisão, mas para me descobrir e descobrir meus mais profundos sentimentos. Eu li uns cinco livros em dois meses. Longos romances, alternando-se entre finais felizes e tristes.

Eric comprou um rádio para mim e comecei a escutar as músicas de que gostava. Às vezes o laptop também ajudava neste fato, mas não havia nada melhor que um som em que você não escolhesse a música que viria a seguir. Assim era a vida, trazendo surpresas a cada segundo constante. Algumas músicas me lembravam de Henrique, mas eu não ficava tão pra baixo quanto antes. Eu já sabia o que fazer.

Na verdade, eu sempre soube.

Henrique.

Ainda abalado com a distância que tive de Agatha – obrigatoriamente –andava de moto por Alphaville. Foi o que mais fiz nos últimos dias. Ou saia com Emily, algo que me estalara na mente e me fizera muito bem. Sair com Emily me proporcionava algo difícil de ser explicado. Fomos ao cinema juntos, a lanchonetes ou, às vezes, apenas caminhávamos pela cidade. Fiz compras junto com a mesma e chorei com ela quando relembramos memórias nada agradáveis.

No meio de algumas conversas ela introduzia Agatha, fazendo com que o momento perturbador me adentrasse a mente. Ah, como era doloroso se lembrar da mesma correndo em direção ao carro. Ou lembrar-me da mesma beijando a boca de outro homem, não que lhe tirasse esse direito, mas nem esse fato amenizava a dor que se instalara.

 Enquanto dirigia meus olhos se embaçaram, lembrando-se da história que tivemos juntos. Ainda tínhamos tanto a descobrir um do outro, mas não tínhamos a oportunidade de sequer pensar no assunto. Bem que minha mãe dizia que mesmo quando encontrasse minha verdadeira paixão, seria difícil me entregar a ela.

Minha mãe teve razão. A razão mais dolorosa de toda minha vida. Nunca levei aquela conversa que tivemos há anos tão a sério como estava levando naquele momento. Pensava e repensava nas palavras. Em como ela sorriu ao dizer que era apaixonada por meu pai, mas que deixara seu verdadeiro amor para trás. Não queria que aquilo ocorresse comigo. Casar-me com alguém que não fosse meu verdadeiro amor, ou seja, não me casar, ou realmente construir algo bom com Agatha.

Mas, bem no fundo, sabia que nós, provavelmente, não terminaríamos juntos.

Seis meses mais tarde...

Agatha.

Decidi que aquele era o momento de retomar minha vida. Chega de parada absurda e de tempo para pensar. Como já havia chegado à conclusão, eu não viera a esse lugar para descobrir o que fazer. Eu viera aqui para poder continuar da estaca zero. Eu derrotaria minhas inseguranças. Passaria por Melissa sem piedade e continuaria meu relacionamento com Henrique. Eu tinha a capacidade de fazê-lo feliz, assim como ele exercia esse fardo sobre mim. Éramos a metade um do outro e eu nunca poderia negar aquilo a ninguém. Eu lhe devia a verdade da minha história para começar a nossa. Para darmos adeus ao passado e seguir juntos no futuro. Eu o abraçaria em suas dores, assim como fez comigo, mesmo sem saber os meus demônios resguardados. Meu corpo se idolatrava em arrepios ao reviver nossas ótimas e péssimas memórias. Quando eu mergulhava em lembranças de nossas noites de amor. Ah, como era bom.

Então, chamei Eric e lhe informei sobre tal fato. Ele ligou para meu pai, avisando-lhe que logo mais estaríamos lá. Mas, antes de qualquer coisa, eu tinha uma parada no caminho. Aquele local sempre me chamara a atenção. Eu sabia que teria de ir lá antes de finalmente partir para a realidade.

Nossa parada foi curta num salãozinho simples, mas aconchegante. Meu corte novo de cabelo impressionou Eric, mas o mesmo me elogiou com suas forças e com uma felicidade imensa. Ele disse que aquele era um ótimo passo. Ficar loura e de cabelos curtos, com meus fios ondulados retomados. E eu me sentia inteiramente bem com aquilo.

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