EU VIM DA RUA - MC Kevin (Kev...

By lasp_rj

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PRIMEIRA EDIÇÃO +18 (conteúdo de sexo, drogas e palavrões) NÃO AO PLÁGIO "Na favela você tem duas opções, ou... More

ABERTURA
1 - Perdoa Mãe
2 - Claro que Ela quer um Cara Certo
3 - Isso Que é Foda
4 - Mataram um Amigo Meu
5 - Eu tô te Vendo
6 - O Certo Sempre Prevalecerá
7 - Quem era o Robin Hood da Quebrada?
8 - De Volta ao Zero
9 - Sensações
10 - Ela Sim é Chave de Cadeia
11 - A Novidade é Outra
12 - Só Nós
13 - Tiro no Escuro
14 - Imune?
15 - De Perto Parece Errado
16 - Saudade Não é Solidão
17 - Ano Novo, Vida Nova
18 - Xeque Mate
20 - Sorria, Você Oficialmente é Trouxa
21 - Eu ganhei
22 - Voltei Pra Ficar
23 - A Consequência
24 - Jurado
25 - O Caminho
26 - Estica Que Arrebenta
27 - O Vírus
28 - Encarnado
29 - A Merda
30 - Todo Castigo Pra Corno...
31 - Rei
32 - Já Sofri, Hoje Não
33 - O Inferno Tem Cor
34 - A Carta Surpresa
35 - Decidir Custa Caro
36 - Era 8 ou 80
37 - Solidão
38 - Tenho Medo da Vida, Não da Morte
39 - A Dor é Sentida (EDITADA)
40 - Revelação
41 - MALUCA
42 - Inferno
43 - Do Seu Lado
44 - 01 Não É 02
45 - Fogo na Lenha
46 - De Volta Pro Futuro
47 - Renascimento (OU MORTE)
48 - Ambição
49 - Solitude
50 - Preços e Valores
51 - De Volta pro Futuro
52 - Sem Direção
53 - Novidade na Área
54 - Lado Avesso
55 - Ensaiando
56 - Ressurgimento
57 - Desabafo
58 - Aos seus pés (?)
59 - A Vida Como Ela É
60 - Retrocesso
61 - Proposta
62 - Início
63 - Soltando o Verbo
64 - Esquecendo
65 - Lua de Mel
66 - Mandona
67 - Reencontro
68 - Fantasmas
69 - Resolvendo Problemas
70 - Passado e Memórias
71 - Coração Abalado
72 - Do Zero
73 - Luz

19 - Sensato é o Papa

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By lasp_rj

Não adianta, tava jogando com a Sandra mas sabia que qualquer hora um ou outro iria se machucar.
Tive inúmeros sonhos e todos eles envolviam a mesma mulher, era um inferno sonhar e não poder tocar seus peitos de verdade!
Acordei com alguém socando a porta, levantei meio tonto por conta do kush.

- Já tô indo! - resmunguei e abri a porta lentamente.

- Sobramos só nós, vamos? - engoli seco a saliva. Era o Dylon. - Quase te esqueceram mas eu não. - ele riu.

- Eu vou calçar o chinelo, por a blusa e sei lá... Pentear esse cabelo.

Ia ser a coisa mais estranha que já fiz na vida.
Ir de carona com o assassino da minha mãe pra curtir o rei leão na praia.
Ia ser icônico se não fosse trágico.

- Você dirigi. - jogou as chaves da 4x4 em minhas mãos.

- Tem certeza? - ele concordou com a cabeça e assim entramos no carro.

- E você, Felipe... Ficou desligado na lancha, ficou distante... Não se juntou com seus melhores amigos. - dei partida e assim saímos vagarosamente rumo a praia.

- Eu odeio esse mês. - talvez tenha sido grosso. - Mas calma, amanhã é janeiro e eu melhoro.

- Algum acontecimento específico? - o som estava desligado, parece que ele realmente queria saber mais sobre mim.

- Coisas da vida. - enchi o pulmão de ar e, respirar assim tão bem quase me matou.

- E seus pais? Não é ruim ficar sem eles na virada de Ano? - minhas mãos quase arrancaram aquele volante mas me controlei o máximo.

- Porra, você não tem noção... - meus dentes rangeram.

- Pode trazer eles ano que vem. - ele sorriu como se não soubesse de nada. Mantive a concordância apenas com a cabeça.

Estacionei da melhor forma que pude, aquele carro era enorme e havia poucos espaços. Dylon explicou que a tenda da família estava perto de um quiosque e que nós nos divertiríamos bastante.
Mas aquela conversa do carro me deixou enjoado.

- Toma! - joguei as chaves de volta. - É melhor você voltar dirigindo.

Antes que ele pudesse concordar ou não, eu atravessei a rua ao avistar Bruna totalmente de branco.
Afundei o chinelo na areia e me consolei.
Fui recebido por Rato com um copo de uísque.
CG logo se aproximou também.

- Pelo visto tu não entendeu a porra do recado, Playboy... - Rato ronronou.

- Vai ver ele desistiu, caralho. Pergunta antes, vai saber, ele é um imbecil. - CG falou tão baixo quanto Rato.

- Qual foi, do que vocês estão falando? - mexi os ombros e afundei a boca no copo, virando aquele uísque inteiro.

- Achamos uma chance de você ter sua vingança e você da pra trás? - Rato explicou e tudo fez sentido, aliás... quais eram as chances de ficar a sós com o Dylon?

- Foda-se, preciso de mais um copo desse cheio!

Agora eu não sabia se estava com raiva, ódio ou remorso de ter perdido essa puta chance.
Ao passar dos minutos, me conformei e tratei de me convencer que haveria outra oportunidade.
Carla me encarava rindo ao lado do seu marido, isso me deixava com mais tesão ainda. Saber que você é desejado por uma pessoa acompanhada é a coisa mais selvagem pra um homem, quero dizer... Seu olhar poderia ser todo de seu companheiro mas mesmo assim ela me queria.

- Amor, esse é o Felipe, amigo da Bruna. - disse ao marido morrendo de empolgação.

- Jóia? - o cara era simpático e logo esticou a mão pra mim. Coitado...

A meio noite veio chegando e juntos fizemos a contagem regressiva até a explosão dos fogos.
Dylon e CG se divertiram estourando o champanhe, enquanto Bruna e Rato provavelmente estavam se pegavam na beira da praia.
Sandra e suas amigas se cumprimentaram, seus respectivos maridos me desejaram tudo de bom mas quem eu queria enganar? Estava sozinho naquele inferno.

Enfiei a mão livre no bolso e caminhei até a beira do mar pra poder acompanhar melhor a queima de fogos. O copo de champanhe quente me fez refletir e acalmar os ânimos.
Precisava tomar uma posição naquilo tudo ou sair logo dessa história, tá na cara que o Patrick tinha razão e também tá na cara que eu não sirvo pra ser dono de morro, muito menos frente de boca de fumo. Agora fazia sentido...

- Ei. - mãos quentes tomaram meu ombro. - Quer conversar?

- Então a gente vai fingir que tá tudo bem agora? - Sandra me tirava do sério! Virei todo aquele goro quente de uma vez só.

- Você tá distante, Felipe! - ficamos lado a lado sussurrando.

Eu juro que se ela falasse mais alguma coisa eu iria surtar! É sério que a delegada que me deu um pé na bunda agora quer voltar atrás?
Injuriado, magoado, chateado, com raiva e até com tesão, eram esses sentimentos que eu tinha quando olhava aquela mulher.

- Porra, Sandra... Não me leva a mal, tá me tirando, né? - soquei o óbvio na cara dela. - Você esqueceu o fora que eu levei ou vou ter que ficar te lembrando toda vez que a gente se topar?

- Não significa que a gente nunca mais vai poder se falar. - aquilo não parecia uma discussão, já que tinha que ser sútil a ponto de ninguém entender nada.

- Quer dizer exatamente isso... - olhei pra água e pude ver pequenas ondas geladas engolindo meu pé. - Vamo acabar com essa tortura, fecho? Logo menos nós tá indo embora, deixando vocês em paz.

- Tá legal, só não reclama depois falando que eu não tentei.

Engoli seco a saliva ao vê-la se virar e me deixar ali sozinho, exatamente como me encontrou. Agora eu estava mais chateado do que antes!
Estava tendo um show na praia, assim que acabou a queima de fogos, era bêbado pra qualquer lado e vira e mexe alguma gostosa passava na frente ou simplesmente parava pra dançar ao som de algum funk, só que roçava a bunda no meu pau. Insano mas confesso que tava uma delícia!
Rato ficou de tititi com a Bruna e eu e CG já havíamos sacado que ali ia ter história.
Concordamos em ficar tão alcoolizados a ponto de esquecermos um do outro, já que não tinha nenhuma saída mais eficiente pra aguentar aquele povo.
Dylon parecia feliz com seu copo caro de uísque, enquanto nós, bebíamos em copos de plástico. Sandra tratou de grudar em uma das amigas e Carla, mesmo com o maridão do lado ficava me fitando dançar ao som do funk.

Foi quando uma morena de tranças passou na minha frente, sorrindo pra mim e eu não hesitei. Você sabe, né... quando fico meio alterado e destruído da cabeça preciso descontar em alguém!
Agarrei-me a sua nuca e a beijei com todo ódio que eu tinha, confesso que ela até se assustou mas logo correspondeu.
Ao terminar de beija-lá e observar sua bunda caminhar pra longe de mim, pude notar Sandra mais que nervosa e Carla louca pra ser pega daquele jeito.

- Finalmente, soldado. - apertou meu ombro. - Achei que tinha te perdido! - CG riu e respirou aliviado.

Olhei novamente pra Sandra e pude perceber sua agonia. Por conta da cachaça que já tinha ingerido (e exagerado) comecei a notar sua roupa e pude ver aquele short branco amassando suas coxas e desenhando sua bunda.
Respirei fundo como se o mundo fosse acabar, talvez fosse acabar mesmo!
A hora foi se passando e aos poucos a praia foi se esvaziando, quem foi embora de carro foi e quem sobrou estava indo de pé.

- Beijei a boca daquela desgraçada! - Rato estava pendurado em mim e eu nele.

- PERDEU O BV! - CG ria de nervoso já que não tinha beijado ninguém.

- Parabéns, irmão! Eu quero ser padrin. - o Sol estava nascendo e a cachaça não saia do nosso sangue.

Adentramos na casa falando alto e tonteando. A mesa do café da manhã estava posta e sentamos em sua volta como se nada tivesse acontecendo. Ríamos de coisas patéticas, por exemplo, pensar que o pão se parecia com o pau do Rato (torto e gordo, parecia de anão). Ps: há quem gostasse!
Dylon apareceu na porta da cozinha e se juntou a nós.

- Caralho, vocês não dormem! - ele riu. - Feliz Ano Novo, né? - brindou sua xícara de café com nossos copos de suco de laranja.

- Pra que dormir? - CG resmungou. - Esses dois ai tem que correr urgente pra UPA fazer teste de HIV.

- Sai fora, leproso! - Rato deu de ombros. - Eu sou solteiro, não vem embaçar na minha não.

Dylon e eu rimos, acabamos contanto como foi a noite. Cachaça, tímpanos entupidos, mulheres, cachaça, mulheres e mais um pouquinho (quase nada) de cachaça.
E assim foi construída a ODTM, ordem dos três mosqueteiros!

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