Strong of Character - Quente...

By smiile_b

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O internato Strong Of Character abriga os seres sobrenaturais - que conhecem os três mundos - e os humanos, q... More

Um Strong Owl não se zanga quando é derrotado.
Um Strong Owl deve se comportar com uma vitória não merecida.
Os Strong Owls não odeiam uns aos outros.
Um Strong Owl nunca se ''vinga'' por ciúmes.
Um Strong Owl deve ser sincero a todo momento.
Os Strongs Owls não são mimados, porém depende.
Um Strong Owl nunca bebe. E se o faz, com moderação.
Os Strong Owls não revelam segredos alheios.
O Strong Owl sempre dá chances, mesmo que seja para idiotas.
Um Strong Owl sabe de cór as regras da Strong Of Character.
Um verdadeiro Strong Owl acorda cedo.
Um Strong Owl reconhece quando vai dar ruim e quando não.
Um Strong Owl não é persuadido.
Um Strong Owl sabe quando agradecer.
Nem todos os Strong Owls são como tartarugas.
Um verdadeiro Strong Owl adora lutas.
Um Strong Owl não te medo de matar. Nem de morrer.
Um verdadeiro Strong Owl sabe como reagir a um massacre.
Verdadeiros Strong Owls confiam uns nos outros.
Um Strong Owl sabe quando ceder.
Os Strong Owls não devem fazer muito mais do que somente olhar.
Os Strong Owls sabem como curtir o momento.
Os Strong Owls sabem a diferença entre situações casuais e sentimentais.
Strong Owls têm sentimentos, mesmo que não desejem tê-los.
Um Strong Owl sabe onde encontrar abrigo.
Os Strong Owls amam intensamente.
O verdadeiro Strong Owl sabe quando a guerra está prestes a começar.
Um Strong Owl NUNCA deve cair em mãos erradas.
Bons Strong Owls confiam cegamente em suas respectivas intuições.
Um Strong Owl reconhece que a dor física nunca poderá superar a psicológica.
Um Strong Owl é capaz de tudo.
Um Strong Owl coerente reconhece que demônios não deixam de ser demônios.
A verdade é que os Strong Owls adoram se vingar.
Strong Owls nunca devem atrapalhar um discurso.
Um bom Strong Owl assume para si mesmo seus erros.
Strong Owls não têm tempo para amores não correspondidos.
Um bom Strong Owl não usa as pessoas.
Strong Owls reconhecem ressentimentos.
Quando um Strong Owl ama ele é capaz de absolutamente tudo.
Uma Strong Owl não vai além de seus limites por amor.
Um Strong Owl deve ter um tempo para si mesmo.
Um Strong Owl sempre é gentil.
Strong Owls sempre têm um plano B.
Os Strong Owls nunca perdem o humor.
Os Strong Owls sabem manter o controle.
Um Strong Owl sabe quando está no inferno.
Reais Strong Owls transbordam sentimentos.
Bons Strong Owls estão preparados para qualquer coisa.
Um Strong Owl sabe que nunca é um adeus.

Um bom Strong Owl sabe com quem ou o que está lidando.

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By smiile_b


Jungkook cortou as folhas penduradas com o facão. A calça preta grudava ao corpo como os restos de folhas. O musgo verde penetrava ambos os tecidos e abominei a mim mesmo por isso. Não por ser neurótico ou medroso, embora ultimamente aparentemente tenha me tornado assim. Mas porque estava de bermuda e sentia coisas tocar minha pele sem sequer ter noção do que era. Agoniante. Acontece que ainda estava chateado e cansado o suficiente. E, bem, por mais que psicologicamente exausto, não poderia deixar me abalar. Quer dizer, porra, também tenho minhas habilidades e Jeon precisa de mim tanto quanto eu dele. Somos uma dupla agora, por mais que temporariamente.

Olhei para o céu azulado e as luzes penetravam as folhas de árvores com galhos enormes para alcançar-me. A folhagem molhada era ainda mais bonita quanto às secas e a variedade da flora surpreendia-me. Era tudo tão perfeito e incrível que jamais pensaria o quão perigosa poderia ser.

Suspirei, notando que mais uma vez Jeon estava calado e pensativo. Pode até ser que não gosto nem um pouco dele, mas ainda sim estamos em uma floresta, somente nós dois. Deve haver um diálogo, qual é, deve ser a aventura excitante.

Não estaria reclamando caso estivesse sozinho, por isso é diferente de ter alguém e parecer que não há, porque ela continua estando ali.

— Para onde estamos indo?

— Para a cidade. — Ergueu o mapa acima da cabeça quando a terra abaixo de seus pés vacilou. — Cuidado, aqui a terra não é firme.

Caminhei lentamente, precavido. Como me conheço é capaz de meus pés afundarem sob a terra que se assemelha à areia movediça.

— John Crowler mora na cidade? — Questionei, embora soubesse que o menos plausível seria em uma floresta.

— Não é grande coisa. — Comentou como quando está com Áurea, desinteressado. — Precisamos de armas, primeiro. Lá o cara tem de tudo.

— Mais? — Arqueei a sobrancelha esquerda, não evitando notar a mochila enorme em suas costas.

— Quanto mais, melhor.

Minha cabeça zuniu. Estávamos no meio do lago e poderia demorar até que chegássemos à terra plana outra vez.

— Como se sente depois de ontem? — Ele questionou. Sempre insipido. — Você vomitou pra caralho.

— Huuuum... foi legal. — Anunciei, tentando não firmar os pés ao chão. — Mas e você?

— Notei que sempre quando está triste você passa além dos limites. — Ignorou completamente minha pergunta. — Devia estar com ressaca agora. — Ele riu baixinho, andando na mesma velocidade que eu.

— Se eu não tivesse colocado minhas tripas pra fora. — Olhei para água suja, mal podendo ver meu reflexo nela. — Só queria dar um tempo.

Senti que ele queria olhar para trás, mas não o fez. Não olhar o rosto de Jeon era muito pior do que não saber o que ele queria significar. Os olhos jamais revelariam sentimentos, porém algo em mim queria apreciá-los. Não que as costas largas e musculosas de Jeon não fossem convidativas. Só incomodava não poder vê-lo.

— Como sabe tanto de Crowler?

Silêncio. Notei a impertinência para falar sobre.

— Conheço todos. — Soou mais assustador do que pensei. — Sei que Connor matou os próprios irmãos para herdar a fortuna dos pais, sozinho. Que Áurea não é tão durona quanto pensam e é louca por mim porque é a porra de uma bruxa que não pode transar e beijar outras pessoas, senão elas morrem de imediato. Não quer que as pessoas saibam de novo e a apelidam de a-perereca-do-mal. E eu, como já estou praticamente morto e faço parte de um lugar que a maioria dos seres sobrenaturais temem, a garota acha um pouquinho divertido sofrer por algo que nunca vai ter; — Ele riu forçadamente, maneando a cabeça. Estava começando a me assustar, já que desde o início estive incrédulo ao ouvi-lo. — Elliot prefere ficar quieto não por ser antissocial, mas por ser a merda de um sociopata esquisito e Hoseok tem um fetiche meio estranho por isso; Jason tem vergonha dos pais e não dá conta nem de metade da maconha que usa e sai comigo por, sei lá, querer se enturmar. Aliás, Penny adora um baseado com o senhor-super-inflado. — Suspirou, tentando pensar no próximo alvo de pessoas que diria em seguida. — Maggie fez ménage com Connor e Andrew porque ela tem medinho dos caras, mas soube que a garota até gosta de ser a vadiazinha dos dois. E que você... — Respirou fundo, tão intensamente que meu coração escaparia de seu respectivo lugar. — Que é mais importante do que dizem.

Senti o alívio percorrer-me. Mas, sério, apenas isso? Estava contando os podres de todos e não teria coragem de olhar na minha cara e dizer algo que ele com toda a certeza sabe sobre mim? Me assusta não reconhecer o que ele sabe de mim, mas talvez seja essa sensação de aflição que ele queira. Não é o que vai acontecer.

Jeon Jungkook é como Ethan Ferro, mas não tão ridículo ao nível extremo. Talvez pudesse lê-las apenas ao olhá-las e revirar as lembranças mais sórdidas, revelando toda a verdade.

Avistei um meio sorriso nos lábios alheios, mas não tive tempo para ver o quanto aquilo era inesperado e atraente. Importante para quem? Até parece que as palavras tinham mais profundidade do que simples significados rasos. Espero não ter nada a ver com Julian.

Sem paranoia, não tem possibilidade de ambos se conhecerem. Mas tem probabilidade de Jeon saber a mesma coisa que ele.

Certo, não devo me preocupar com isso, devo? Porque se fosse comigo, algo sobre mim, eu quem deveria saber primeiro, não é?

— Você já chegou a amar Áurea? — Peguei-me questionando, porque por parte dela o amor estava bem esclarecido, mesmo que de jeito doentio.

Ele sorriu como quem havia gostado do que estava ouvindo, olhando para mim profundamente, atingindo minha alma. Era como se pudesse enxergar através de mim, o que me intimida.

A resposta é óbvia, o que tenho certeza. Mas algo em mim queria ouvir dele, saber algo que viera transmitido de seus lábios e não criados em minha mente.

— Ela parecia ser legal — Movimentou os ombros sutilmente. — É excitante no começo. Parecia inteligente, não alguém que só saiba falar de roupas de marca como a Gucci.

— Sabe que não respondeu a minha pergunta, né?

— Não sinto isso por ninguém. — Dissera rispidamente, porém não de forma amargurada. — Deve saber que foi uma farsa.

— Como assim?

— Planejei tudo. Sabia quem era a família e onde passaria as férias de verão. Fingi ser um turista de Grand Canyon e fiquei com ela. Engraçado que os pais dela me amem. — Ele riu sinceramente, balançando a cabeça como quem não acreditava. — Mas sempre foi em troca de algo. Ela é uma bruxa, deve saber que uma de suas habilidades é ir para o plano espiritual e invadir o céu. Não sei como ela conseguiu pertencendo ao submundo, mas ela me trouxe um presentinho. A espada de Arcanjo.

Invadir o céu, enfrentar anjos para pegar a espada e entrega-la a Jeon Jungkook me parecia ato de alguém loucamente apaixonada. É como deitar na trilha do trem e esperar que ele passe.

Se todas as circulações de Jeon Jungkook são completamente calculadas, detalhe por detalhe, eu fazia parte de algo que ele também queria ou poderia ser apenas uma mera coincidência?

— Além de que sou um demônio. Convenhamos, jamais me prenderia a alguém. — Prosseguiu, cantarolando o final como se fosse realmente libertador. — Ela também me traía então não sou tão culpado assim.

— E por que quer a espada de arcanjo?

— Tem a ver com meu pai. — O timbre transformou-se em sussurros intensos. — Em breve, quem sabe, você não descubra...

Me pareceu tentador, mas não ousei me pronunciar.

— Qual é, ela não teve medo de ser queimada não? — Ri quase histericamente e a risada dele me acompanhou.

— Ela é tão apaixonada por mim quanto Taehyung por você. A diferença é que eu soube usar isso. Tin Tin. — Relembrou o barulho que as taças faziam quando comemoravam e firmou os pés na terra plana.

Jogou a mochila no chão, virou-se para mim e ergueu as mãos. Havia me ajudado a sair do lago e havia resquícios de musgo na minha panturrilha. Droga.

Tirei-os com o indicador, que deslizou para o chão e aparentemente penetrou a terra.

— Acontece que ele é meu melhor amigo. Jamais faria isso.

— Ah, sim. O tal do sentimentalismo. — Passou a alça da mochila no ombro direito. — Isso é uma merda, sabia?

— Na verdade é ótimo amar alguém. — Apertei a base da minha mini mochila que estava encharcada. Espero não ter atingido as frutas, pelo menos.

— Não quando se fica cego. — Me contrariou enquanto olhava para o horizonte, analisando para onde devíamos ir. O mapa estava completamente molhado, mas alguém que conhecia a floresta como o próprio corpo não precisaria. Ao menos é o que espero. — E é como ela está. — Gabou-se, mas sem tanto ânimo. — Às vezes é um porre, mas é só saber lidar. Quer dizer, ninguém nunca vai a fazer acordar de uma realidade que só existe na cabeça dela.

A garota o traía porque talvez não suportasse saber que o amor dela não era reciproco e, como sempre tentava induzir, queria deixar claro para todos que Jeon é o louco por ela, quando na verdade Áurea está perdida. E, querendo ou não, Jungkook está certo. Sendo um demônio ele age friamente, encantando, seduzindo, persuadindo-os. Joga com humanos e seres fracos conseguindo convencê-los sobre qualquer coisa, escolhendo minuciosamente cada palavra. Injeta crueldade em suas veias até que fiquem cegos como Áurea, fazendo-os crer em fatos irreais e confundindo-os com as doces e venenosas palavras elaboradas. As trevas e obscuridade fazem parte da prole de Jungkook. O rastejar é elegante, o sibilar hipnotizante, os olhos penetrantes e sua peçonha são mortais. Com apenas uma palavra poderia fazer com que todos destruíssem tudo.

De pensar que metade do meu ser possui uma dessas coisas fazem meus pelos eriçar. E, novamente, ele sabia disso.

Sentia a água escorrer entre os dedos de meus pés, que insistiam em produzir os sons terríveis e engraçados quando tocavam o sapato. Esmagavam as gramas molhadas incessantemente, que fariam cocegas caso estivesse de chinelo.

— A espada está com você? Tipo assim, nesse exato momento?

— Estamos indo atrás dela. Não iria deixar algo poderoso no internato. Além do mais, o mago sabe o que fazer com ela.

— E se ele a roubar? Se é tão poderosa todos devem querer ela.

— Ele não seria capaz. — Buscou minhas íris lilás, que transmitiam o quão eufórico estava por dentro. E, em questão de segundos, absorvi a cor vermelha nos dele. Transpassavam a chama do Sheol. Aparentemente todos que olham-no terão a visão dos campos de tortura. Os gritos de dor e sangue derramado serão ouvidos e visto. As lembranças sórdidas de quando estava sendo torturado no inferno seriam sentidas por aquele que encará-lo nos olhos.

Merda, com o que estou lidando?

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