TORTURADA

By clemente2

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Não escolhi esta vida, sou obrigada a sobreviver num bordel que também é um ponto para tráfico de mulheres. A... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
AGRADECIMENTOS

Capítulo 27

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By clemente2

Os gritos da rapariga ecoam na minha cabeça de maneira ensurdecedora e eu ajoelho-me completamente agoniada e meto as mãos nos ouvidos numa tentativa de diminuir o som, todavia não resulta, está dentro de mim e expande-se com todas as dores que eu sinto como procurasse mais espaço no meu corpo para preencher. Agora sou eu que grito, utilizo todo o ar que tenho nos pulmões para o fazer, cravo as unhas na pele em volta das orelhas e a garganta fica seca.

Acordo. 

A respiração está mais acelerada que nunca e o ar parece-me insuficiente, repito para mim mesma que foi apenas um pesadelo contudo, sinto um ardor nas pernas e puxo o lençol para trás, vejo feridas que se iniciam ligeiramente abaixo da barriga e acabam acima do joelho onde a pele se encontra a poucos milímetros de sangrar e as lembranças tiram a minha vontade de me levantar. Como a comida do tabuleiro que tinha recusado e passo toalhas molhadas com água fria pelo corpo para aliviar o ardor, ao puxar as calças da cadeira para vestir vejo que a corrente de Andy caí e algo no meu peito aperta ao de leve, como se fosse uma má sensação, apesar de hesitar, meto-a no meu bolso, ainda não o vi hoje e por isso a preocupação que sinto desvanece ao ouvir a porta abrir. Contudo não é ele.... Senhor Biersack Nojento é quem acabou de entrar:

-Trata desta vadia. -  um homem alto entra, antes que eu consiga reagir, o seu punho atinge-me no queixo

Acordo novamente.

Estou numa sala pequena, contudo tem muita luminosidade que me dificulta a visão, está outro homem junto de Chris:

-Até que és bonitinha..- ele aproxima-se dirigindo-se a mim- Disseram-me que és rebelde mas isso não vai ser problema eu tenho um bom remédio para isso- a sua mão pega-me no rosto e fico a centímetros dos seus olhos de um castanho tão escuro que me sinto num abismo de escuridão- Eu vou usar-te da maneira que quiser e tu obedecer se quiseres continuar viva não é?

Ele afasta-se  a sorrir e aperta a mão de Chris para quem olho sem entender nada:

-Parabéns! Acabas-te de ser vendida!- os lábios contorcem-se num sorriso totalmente perverso e maldoso e eu encontro-me novamente assustada

-Vendida?- murmuro sem acreditar

- Exatamente. Não faças essa cara eu até me dei ao trabalho de tratar da venda pessoalmente, fiz questão de escolher o meu cliente VIP favorito -  ele acende um cigarro sem desviar o olhar do meu

- Eu não posso ser..eu..- as palavras atropelam-se e sou interrompida

-Tu o quê? Achas-te realmente que eu ia aceitar tudo isto? Enganas-te. Apenas estive à espera da oportunidade certa para me ver livre de ti

- O que é que o Dennis disse disso?

- Vou te dar outra novidade, ele não quer saber- desvio o olhar, sem conseguir acreditar no que me está a acontecer- Ohhh, ficou triste a menina? Não passavas de um divertimento dele, uma "puta de estimação", tenho a certeza que ele irá arranjar outra rapidamente, e quanto a ti, vais parar à casa de quem te irá ensinar maneiras

- Vocês metem-me nojo- digo num tom arrastado e quase inaudível

-Eu sei querida, o sentimento é mutuo- ele vai até à porta e mais uma vez vejo o rosto que me havia deixado inconsciente

É me posto uma venda nos olhos assim como uma tira de pano na boca que me impede de gritar, mesmo que pudesse, acho que não conseguiria, sinto-me partida mais uma vez em demasiado pouco tempo.

Ando durante vários minutos, uns braços pegam-me e eu sou atirada para dentro de algo, tremo de medo e por mais que tente evitar, as lágrimas escorrem-me pela cara. Não consigo acreditar que Andy permitiu que isto me fosse feito, eu queria sair dali, contudo não era assim.

Sinto que o que me espera é muito pior do que o que tive de enfrentar até agora, estou aterrorizada e por mais magoada que eu esteja, só quero puder encostar a minha cara no seu peito enquanto os seus braços me envolvem e trazem alguma sensação de segurança.








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