More Than Meets The Eye

By larryexception

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Harry sofre constantemente com os abusos vindo do time de futebol, por isso ele não esperava nada do novato L... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
THANK YOU (◕‿◕✿)

Capítulo 21

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By larryexception

Louis estava deitado no colchão macio da sua cama, enrolado como uma bola apertada. Ele estava olhando para longe, não vendo nada, exceto lembranças de seu passado que lhe assombrava, e o pesadelo que era seu presente.

“Eu sabia que Tomlinson era uma aberração total. Ele é muito feminino para ser normal.”

Essas foram as palavras com que o garoto dos olhos zuis foi saudado quando finalmente se assumiu para seu colegas de classe, tendo apenas quatorze anos. Eles haviam o provocado sem parar, quando ele se recusou a fazer um personagem gay em um programa de televisão. Ele tinha orado e pedido para que o deixassem sozinho se ele contasse a verdade; e fossem cuidar da sua própria vida. Suas orações não foram respondidas, deixando para Louis descobrir tudo sozinho desde o começo.

“Isso é tão nojento. O viado realmente me beijou e agora eu não posso nem olhar para ele sem querer vomitar.”

Essa foi à frase que Louis ouviu o seu melhor amigo dizer ao grupo de garotos que o espancou naquela festa. O tom zombeteiro e as palavras cruéis de Stan deixou um gosto amargo em sua boca. Seu coração tinha sido completamente destruído quando ouviu o menino que estava zombando dele. Lágrimas salgadas queimaram seus olhos quando ele passou correndo entre os bêbados e para fora da casa; longe da festa, longe de Stan, e longe dos risos sarcásticos que não deixaram seus ouvidos.

Ele correu o mais rápido que suas pernas curtas permitiam, e ainda não tinha sido capaz de tirar os risos cruéis da sua cabeça. Ele reduziu a velocidade, quando sentiu suas pernas queimando e seus pulmões protestando. Foi nesse momento em que ele percebeu a razão pela qual ainda podia ouvir as intimidações e gargalhadas; era porque tinham o seguido. Louis temerosamente virou a cabeça, encontrando Stan e as pessoas que ele estava falando sobre Louis.

Louis se deixou tomar um profundo suspiro de ar, em preparação para o que ele tinha certeza de que viria; palavras duras e algumas batidas dolorosas. Mas quando o menino menor olhou em seus olhos, ele sentiu um arrepio correr por sua espinha. Algo sobre o olhar que eles estavam lhe dando, era diferente do que qualquer outra vez que ele tinha entrado em contato com eles. Eles estavam o olhando como se ele fosse sua presa.

Louis nunca seria capaz de tirar a memória daquela noite de sua cabeça. Cada vez que fechava os olhos, ele podia ver os sorrisos maldosos em seus rostos enquanto circulavam em torno dele. Ele ainda podia sentir cada batida e chute que era induzido ao seu corpo. O som de carne batendo em carne era uma provocação constante, ele forçou-se a esquecer.

Diga que não é nada mais que um viado.”

Esse foi o primeiro conjunto de palavras que os rapazes cruéis obrigou-o a dizer, continuando a bater os punhos sobre o que pareia cada centímetro de sua pele.

“Diga que você gosta na bunda.”

Essa foi à segunda declaração que os monstros lhe mandou dizer. Nesse momento, Louis já estava sentindo-se perder a consciência. O mundo ao seu redor estava girando e ele se viu incapaz de pensar corretamente. Até que sentiu uma lamina fria e afiada contra sua garganta e o terror tomando sua mente em confusão. Ele encontrou-se soluçando quando as palavras terríveis saíram de sua boca.

O menino quebrado não conseguia se lembrar de muita coisa depois disso. Ele se lembra de mais alguma dor e palavras cruéis todas misturadas, tornando impossível para ele decifrar. Ele pode se lembrar do som de passos correndo para longe, enquanto ele se encontrava no chão frio e duro; sua visão escurecendo.

Ele tinha acordado ao som de um bipe rítmico. Luzes fortes e paredes brancas machucando seus olhos. Levou um bom tempo para perceber que ele estava em um quarto de hospital; as maquinas sendo a sua pista. Ninguém estava lá para cumprimentá-lo. Passaram-se horas, até que seu pai finalmente apareceu. Em vez de mostrar amor e preocupação, ele exigiu respostas. Ele queria saber por que seu filho tinha sido deixado para morrer em uma calçada. Então, Louis começou a chorar e disse a seu pai tudo. Ele contou-lhe sobre sua sexualidade, as intimidações na escola, tudo o que aconteceu com Stan, e sobre o ataque que o fez ficar inconsciente por duas semanas.

Nojo. Essa foi a emoção que Sr. Tomlinson mostrou ao seu filho depois que ele derramou o seu coração ao pai.

Você mereceu tudo o que esses meninos fizeram com você. Eu só queria ter estado lá para assistir, talvez incentivá-los a continuar.”

Louis nunca tinha ficado tão chocado em toda a sua vida antes. Depois de suportar todas as coisas terríveis dos seus colegas que o zombavam, ele nunca pensou que algumas frases poderiam machucar tanto quando as que seu pai tinha lhe dito.

“Eu não dou a mínima, você não é meu filho. A puta da sua mãe pode tê-lo só para ela quando voltar de sua viagem.”

Rejeição. Havia começado pelos seus colegas de classe, quando saiu do armário e depois quando beijou Stan. Mas isso, ser rejeitado pela pessoa que deveria amá-lo incondicionalmente, não importa o quê, era demais. Louis vomitou todo seu intestino, se quebrando em soluços. Seu pai o deixou, ignorando completamente os enfermeiros e seus rostos preocupados.

Mais duas semanas, quando Louis finalmente foi capaz de deixar o hospital. Sua mãe havia retornado da sua longa viagem de seis meses para a África. Ela tinha ido para ensinar as crianças; fazendo o que amava em um lugar que precisava. Foi uma escolha difícil para ela fazer. Jay sempre esteve perto de seu filho, de modo que a decisão de deixá-lo por seis meses sem nenhum contando com ele ou seu ex-marido, não foi fácil.

Dizer que ela ficou chocada ao encontrar seu filho no hospital depois de ter sido espancado, quando ela voltou para casa seria um eufemismo. Ela passou dois dias com Louis no hospital, se recusando a sair do seu lado. Louis tinha pavor de dizer a ela o motivo de seu ataque depois do que aconteceu com seu pai, mas ela conseguiu fazê-lo falar. Ele finalmente sentiu amor e aceitação quando ela lhe disse que iria amá-lo, não importa o quê.

Quando ele foi liberado do hospital, ele foi morar em um apartamento com sua mãe. Ela retirou-o da escola pública e matriculou em uma escola privada que tinha uma política restrita contra assédio. Pela primeira vez Louis sentiu que as coisas iam mudar para melhor.

Quão errado aquele sentimento passou a ser.

-x-

Louis estava tão perdido em seu flashback de memórias, que não ouviu quando a porta do quarto foi aberta. Ele perdeu a voz rouca que disse o seu nome. Ele não viu o menino em pé a sua frente; curvando-se em sua linha de visão. Sua mente ainda estava se recuperando do seu tumulto emocional, quando ele recordou os momentos passados que havia o levado para estar neste pesadelo atual, por isso, quando uma mão suave tocou seu ombro, ele saltou dramaticamente.

Louis saltou de sua posição na cama e levantou o braço, empurrando Harry desesperadamente para longe dele.

“Shhh Louis. Sou só eu.” Harry suspirou, esquivando-se com sucesso do braço agitado do rapaz em pânico a sua frente. “Sou só eu.”

Louis engasgou, sufocando-se com o ar que estava faltando em seu sistema, ele sentou-se em linha reta.

“Q-que... Como? ... Que..” Ele gaguejou. Estava em tal estado de choque que era literalmente incapaz de falar.

“Shhh.” Harry murmurou de novo suavemente. “Está tudo bem. Estou aqui agora.”

Os olhos de Louis estavam mais arregalados do que Harry já havia visto.  Ele ainda parecia completamente chocado.

“H-Harry?”

Harry fez o seu melhor para forçar um sorriso em seu rosto. “É... sou eu.”

“Mas... como?”

“Não importa.” Harry sussurrou, trazendo a mão para trás de Louis. “Eu estou aqui agora, ok? Você vai ficar bem.”

Louis perdeu.

“P-por favor, me ajude.”

O coração de Harry quebrou com as profundezas infinitas de desesperança e desespero que encheram os olhos de Louis e começaram a derramar pelo seu rosto.

Lentamente, Harry subiu na cama e sentou-se ao lado do menino chorando. Ele deu a Louis o olhar mais amoroso que ele poderia oferecer e abriu os braços.

Louis entendeu o que Harry estava oferecendo de imediato e olhou eu seus olhos confiantes, antes de jogar-se nos braços abertos.

Os olhos de Harry se fecharam, quando a bagunça de um menino soluçando caiu-lhe com força total. Ele estendeu o braço esquerdo em torno do seu troco, e gentilmente esfregou círculos suaves em suas costas. O braço direito de Harry serpenteava em volta e ele permitiu seus longos dedos fazerem seu caminho para os macios cabelos castanho de Louis.

Louis ajustou sua posição, abrigando-se ainda mais no abraço apertado de Harry e aninhando o rosto entre o pescoço e a clavícula de Harry.

Harry podia sentir os braços de Louis chegarem em torno de si e trazê-lo para ainda mais perto, solidificando o abraço. Ele também podia sentir o fluxo interminável de lágrimas que escorriam pelo rosto de Louis e sobre seu próprio corpo.

“Vai ficar tudo bem.” Harry repetiu várias vezes. Ele não tinha certeza se suas palavras eram ditas para acalmar Louis ou convencer a si mesmo, mas elas continuaram a cair da sua boca, enquanto ele tinha Louis em seus braços.

“Eu estou aqui agora. Vai ficar tudo bem.”

-x-

Harry não tinha certeza de quando tempo ele estava sentado ali na cama, com Louis segurando firmemente em seus braços. Ele tinha de alguma forma conseguido puxar o telefone do bolso de trás e enviar uma mensagem de texto para Niall que ainda estava esperando no carro estacionado em frente à casa. Ele informou ao seu amigo que ele estava com o outro garoto e para ele não se preocupar.

Louis tinha finalmente parado com o choro e agora apenas estava descansando a cabeça na curva do pescoço de Harry. Harry estava balançando o menino quebrado em movimentos suaves, enquanto  cantarolava uma musica que se assemelhava a uma canção de ninar.

Alguns momentos tranquilos se passaram, e Harry estava começando a se perguntar se o próprio Louis tinha dormido de tanto chorar. Não seria surpresa para ele, Louis devia estar esgotado. Ele estava prestes a se mover para que Louis pudesse se estabelecer plenamente no colchão, quando a cabeça do menino se ergueu de seu ombro.

Grandes olhos injetados de sangue, encontrou preocupados os olhos cor de esmeralda.

A pequena mão se moveu, finalmente liberando Harry das garras da morte, só para correr pelo rosto do menino de cabelos encaracolados.

“V-você está realmente aqui”, sussurrou Louis, novas lagrimas se formando nos cantos dos olhos.

No entanto, estas lágrimas eram diferentes. Eles não foram provocadas por medo ou vergonha, mas por esperança e conforto.

Harry sorriu através das suas próprias lágrimas e assentiu.

“Sim, Louis. Estou aqui.”

Eles se reuniram em outro abraço.  Este ainda mais apertado do que o anterior; preenchido com uma energia positiva que aqueceu o interior dos meninos.

“Eu pensei que estava sonhando”, admitiu. “Eu não queria olhar para você, porque pensei que você ia desaparecer.”

O coração de Harry disparou.

“Oh Lou”, disse ele, pegando a mão do adolescente em sua própria e oferecendo-lhe um sorriso triste. “Eu estou aqui, e tudo vai ficar bem. Você não precisa ter mais medo.”

Louis acenou a cabeça, hesitante.

Alguns momentos antes do decorrido, Harry olhou para baixo e percebeu que ele ainda estava segurando a mão de Louis, acariciando círculos sobre as costas de seus dedos.

Seu olhar voltou para Louis, e ele podia sentir o calor inundando o seu pescoço e suas bochechas.

Louis deu um sorriso parcial, mas não puxou a mão. Ele encontrou conforto na mão que pertencia ao adolescente mais alto. Ele sentiu todas as suas más recordações escaparem de sua mente, quando ele estava em torno de Harry. Quando ele olhou para os olhos verdes brilhantes, ele sentiu esperança de que seria capaz de escapar deste pesadelo que nunca terminava.

Sem aviso, Louis puxou a mão de Harry e fugiu para longe dele na cama.

Era como se a realidade desabasse de volta para baixo.

“O-o que você está fazendo aqui?” Ele perguntou.

“Eu estava preocupado com você.” Harry respondeu com cautela. Ele ficou chocado com a súbita explosão.

“Você não pode estar aqui.” A voz de Louis falhou, balançando a cabeça. “Não é seguro.”

“Louis, eu estava preocupado com você”, repetiu ele, “Você deixou minha casa esta manhã por uma janela.”

Silêncio.

“Por que você não me disse que é aqui que você vive? Por que você mentiu para mim?”

Louis olhou para baixo, evitando os olhos curiosos, sentindo vergonha de si mesmo.

“E-eu não queria que você... eu sinto muito”, ele gaguejou.

Harry suspirou. “Olha, eu não estou bravo com você, eu só estava preocupado. Passei o dia inteiro procurando por você.”

“Como você me achou?”

“Eu fui a seu trabalho,” Harry explicou. “Sua chefe, pelo menos eu acho que era sua chefe, me deu o endereço. Estava preocupada.”

Louis ainda se recusando a olhar para Harry. “Você não deveria estar aqui.”

“Eu sei, você já me disse. Você pode me dizer o por quê?”

 “É só que... não é seguro.”

Harry deu ao menino trêmulo um olhar preocupado. Ele olhou para porta do quarto fechada e sentiu seu estômago cair. Era claro para ele que havia algo errado com o homem que tinha o deixado entrar, mas a repetição das palavras “não é seguro”, enviou uma onda de mal-estar pelo corpo de Harry. E se esse homem estivesse do outro lado da porta os ouvindo? E se ele decidiu vir para cima e checar se eles estavam fazendo lição de casa?

Foi o jovem com os olhos frios, o monstro que causou todos os hematomas no corpo de Louis? Ele era a razão da casa não ser um local seguro?

Harry voltou seu olhar nervoso para Louis e engoliu o nó em sua garganta.

“Louis”, ele se dirigiu, a voz mais baixa do que podia. “Você precisa me dizer por que não é seguro.”

O outro adolescente fechou os olhos e balançou a cabeça.

“Lou, por favor.” Harry pediu.

Uma lágrima fez passagem pelas pálpebras estreitas de Louis e correu pelo seu rosto já manchado pelas lágrimas. “E-eu não posso dizer.”

Harry se moveu de forma que ele ficou sentado na frente do menino menor. Ele colocou a mão sob o queixo de Louis e ergueu sua cabeça. “Louis, abra os olhos e olhe para mim.”

Louis cerrou os olhos com mais força, balançando a cabeça que estava nos braços de Harry.

“Louis”, Harry repetiu. “Basta abrir os olhos e olhar para mim.”

Louis engoliu seco e finalmente os abriu, olhando para Harry, que estava na altura dos seus olhos.

“Você confia em mim, não é?”

Louis concordou.

“Então, fale comigo. Diga-me por que não é seguro.”

O lábio inferior de Louis começou a tremer. Harry reparou e moveu a mão do queixo do rapaz e gentilmente tocou os lábios, antes de passar o toque por todo o rosto do rapaz.

Louis abriu a boca para dizer algo, mas o que quer que seja que estava prestes a ser dito, foi interrompido pelo barulho da porta sendo empurrada.

Os dois garotos olharam para a porta com os olhos arregalados. Harry podia sentir Louis se agitando ao lado dele, e ele sentiu seu próprio coração ganhando velocidade.

De pé na porta era o homem que tinha deixado Harry entrar, e ele não parecia feliz.

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