Walking For Silence - Insurre...

By TwenTrevor

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Sinopse "A Grande República já fora uma forte nação, considerada a última esperança de uma sociedade decadent... More

Concurso
Elenco
Capítulo Um: Juramento, Marcas na Memória
Capítulo Dois: Tiro, Um Último Adeus
Capítulo Três: Afeto, Prova de Amizade
Capitulo Quatro: Funeral, Amores Tomados
Capítulo Cinco: Revelações, Deixo de Ser Um Cão do Exército
Capítulo Seis: Vingança, Uma Promessa é Cumprida
Capítulo Sete: Fuga, Execução Adiada
Capítulo Oito: Salvadora, Vida à Mercê do Mundo
Capítulo Nove: Preso, A Garota Que Surge das Sombras
Capitulo Dez: Retorno, Projeto Reativado
Capítulo Onze: Esther, A Estrela da Esperança
Capítulo Doze: Sequestro, Esther Volta à Ativa
Capitulo Treze: Travessia, Salto Para Uma Nova Vida
Capitulo Quatorze: Queda, Anjo da Guarda
Capítulo Quinze: Sentimentos, Caçada Iminente
Capítulo Dezesseis: Socorro, De Volta ao Lar
Capítulo Dezessete: Despedida, Sentimentos Ocultos Revelados
Capítulo Dezoito: Perseguição, Alvo Localizado
Capítulo Dezenove: Reencontro, Confronto Decisivo
Capitulo Vinte: Beijo, Sentimentos Conflitantes
Capítulo Vinte e Um: Esconderijo, Refúgio dos Desesperados
Capítulo Vinte e Dois: Traição, O Amor Grita Mais Alto
Capítulo Vinte e Três: Fuga, De Frente para o Nêmesis
Capitulo Vinte e Quatro: Foragidos, Beijo de Dor
Capítulo Vinte e Cinco: Resgate, Prisão de Amor
Capítulo Vinte e Seis: União, Dupla Perfeita
Capitulo Vinte e Sete: Abnegação, Promessa Rompida
Capítulo Vinte e Oito: Execução, Morre um Herói
Capítulo Vinte e Nove: Medo, Traição de Um Líder
Capítulo Trinta: Carinho, Reencontrando Amores
Capítulo Trinta e Um: Adeus, Os Opostos se Encontram
Capítulo Trinta e dois: Ceifeira, Guerra Civil
Capítulo Trinta e Quatro: Hall dos Líderes, Altair Perde um Pilar
Capítulo Trinta e Cinco: Inimaginável, Uma Nova Vida
Mensagem

Capítulo Trinta e Três: Sofrimento, A Sexta Tempestade Siruss

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By TwenTrevor

 Com ela morta, volto para a antessala em que Whithelly me espera, quando ela me vê, seu sorriso retorna.

– Vamos embora.

– Eu sabia que você iria vir me buscar – diz ela me abraçando, agora feliz, o Lide não está mais em seu braço, Jimmy conseguiu removê-lo.

– Marry, foi Brayan, ele me deixou ser capturada – diz Whithelly com urgência. – Ele também entregou uma mala com mapas para uma mulher fardada.

– Brayan... – Não consigo imaginar ele traindo a ANR, ele e seu pai dedicaram suas vidas à revolução e agora Brayan entrega tudo assim? E se alia a Altair? Não entendo, mas acima disso, não entendo o que a mãe do Marshall queria com Whithelly e comigo.

– Ela também me deu uma injeção e disse que a ajudaria a alcançar seus objetivos.

Aquela maldita, eu sinto muita raiva dela por querer usar minha irmãzinha e também de Brayan, se existisse alguma chance de eu aceitar namorar ele, agora isso se extinguiu completamente, ele conseguiu fazer com que o carinho de irmã que sempre sentir por ele se tornar raiva.

– Agora eu estou aqui, esquece tudo isso.

– Tá...

– Feche os olhos e me prometa que não irá abrir até que eu mande.

– Tá, eu prometo.

Ela fecha os olhos. Minha vontade é pegá-la no colo, mas ela cresceu muito e o ferimento em meu peito se abriria, então apenas pego em sua mão e a conduzo com cuidado para fora daqui, por entre os corpos, Whithelly larga a minha mão e eu olho para ela, sua felicidade se fora e ela está chorado, olhando para o Marshall inerte.

– Eu mandei você não olhar... – Era para repreendê-la, mas não consigo ser dura com ela.

Whithelly corre até Marshall e abraça seu peito, com o coração pesado me aproximo com passos lentos, sabendo que sofrerei para tirá-la dele, e principalmente por saber que ela está sofrendo.

Espero um momento para deixá-la se despedir, então toco suas costas, ela larga Marshall e abraça minha barriga agora chorando descontroladamente, envolvo-a em um abraço apertado.

Ao ver Whithelly chorar em meus braços e não ter um perigo iminente nos cercando para focar minha atenção, eu sinto-me melancólica e tenho vontade de chorar, mas novamente faço-me de forte, agora para não desabar na frente de Whithelly, já é difìcil demais enfrentar uma morte sem presenciar isso.

Meus olhos se enchem de lágrimas que luto para controlar, abraço Whithelly e olho fixamente para o Marshall, memorizando uma última vez seu rosto, então vejo seu peito mover-se lentamente, tão devagar que passa imperceptìvel a olhares rápidos, me aproximo e verifico para ter certeza de que não foi uma impressão minha, encosto a cabeça em seu peito e ouço os batimentos de seu coração ficando cada vez mais fortes, lentamente normalizando, aos poucos tornando-se ritmado e forte.

Antes de tudo, sinto o cheiro inconfundível da Marryweather, uma colônia à base de lírios silvestres de uma antiga marca, abro os olhos e vejo os cabelos loiros dela espalhados a minha volta, cobrindo o meu peito.

Vejo que realmente tinha razão, ela não morreu com aquele tiro e aquele potinho no laboratório destinado a mim foi ideia dela, ela está aqui é a única prova de que preciso para ter certeza que foi obra dela, mas não era para a minha morte como presumi e sim para de alguma maneira eu continuar vivo, para ela me resgatar.

Sinto sua mão fria e tensa lentamente afagar meus cabelos lisos carinhosamente. Eu olho atônita para seu rosto e o vejo de olhos abertos me encarando, ele geme de dor com o meu movimento brusco e repentino, me afasto dele repentinamente envergonhada.

– Você é pesada. Não consigo respirar. – Sua voz soa tão exausta, quase inaudìvel, mesmo para mim que estou próxima de sua boca.

– Marshall, você ainda está vivo! – diz Whithelly incrédula e aliviada, ela volta a abraçá-lo, mas agora não é de dor e despedida, confesso que desejo fazer o mesmo, não, o que eu desejo mesmo é beijá-lo, porém agora, se fizesse isso, eu me sentiria uma traidora para com Mell, então eu deixo essa vontade morrer num rápido abraço tão desengonçado quanto cálido.

– Acho que sim, é isso ou vocês também morreram...

– Vamos sair daqui. – Tento ser prática para não demonstrar meus sentimentos, principalmente em minha voz, não gosto nem um pouco que vejam meus verdadeiros sentimentos.

– Espere... – diz ele segurando meu pulso quando me levanto. – Como sabe sobre a Mellanie?

Sua pergunta me atinge mais forte que um soco e abala todo meu ser, então ele se lembra do que aconteceu ao seu redor quando estava "morto", ele se lembra de minhas palavras. Seu timbre é interrogativo e exigente, apesar disso é melancólico e triste e por esse sentimento, decido realmente responder a sua pergunta ao invés de me esquivar como fiz tantas outras vezes, escapando sempre que pude.

– Sabe a minha meia-irmã que contraiu o Siruss? Ela é a Mell... – começo a falar tudo que omiti em nossas conversas. Fico calada por algum tempo e as nossas respirações se destacam ao som predominante do vento, ele ainda respirando avidamente recuperando o ar que havia perdido e eu como reflexo de voltar ao passado novamente. – Eu já conhecia você quando te encontrei ferido naquele jipe. Às vezes, quando eu ia visitar minha irmã, eu o via com ela. – Fico calada, seus olhos me encaram inquisidores, eu desvio o rosto para a janela onde vejo o céu de começo de tarde cobrir a capital.

– Assim que soube que meu pai havia fugido de onde era prisioneiro. Calculei que ele iria para Salty se refugiar, mas ele nunca apareceria na cidade natal, já que Altair também seria capaz de antecipar isso.

Não gosto de falar sobre nosso pai perto de Whithelly, como tinha apenas três anos quando ele foi preso, ela não se lembra de muitas coisas sobre ele e sempre fica entristecida quando o menciono ou ela me pede para lhe contar algo sobre ele.

– Mesmo com a esperança vaga de reencontrá-lo, segui seus possìveis passos, e no lugar dele, eu encontrei você agonizando naquele jipe.

Sento-me à beirada da maca, ele não solta a minha mão, sinto a temperatura de seu corpo lentamente subindo para o estado normal.

– Qualquer outra pessoa eu iria embora sem hesitar, mas não consegui dar as costas a uma parte do meu passado. Foi por isso que não pude acreditar que você falava a verdade, eu sabia sobre você ser um soldado prodígio da Kally e filho da comandante, e no dia em que lhe encontrei, você estava fardado, num veículo militar e baleado. Ao dizer que era um prisioneiro foragido, é evidente que estava mentindo para se salvar, como qualquer um faria, estranhei você usar uma identidade falsa, mas o que era isso se comparado a todos os indícios que você era um autêntico soldado. – Paro por um instante juntando as peças que faltavam no quebra-cabeça. – Agora vejo que tudo se encaixa, seu perfil militar, a execução, as batidas do exército em Kessler e você ter sido baleado por uma arma de Altair.

– Então por que tentou me matar?

– Eu sempre me mantive no anonimato, mas você descobriu meu verdadeiro nome, viu meu rosto e sabia da existência de Whithelly. Você se tornou para mim a maior ameaça que já existiu, se me denunciasse, poderia facilmente destruir tudo que lutei para construir e sustentar, isso me tiraria Whithelly e eu acabaria no mastro por ser bondosa com você, então fiquei em um dilema, não queria deixá-lo morrer, mas também não podia te deixar vivo sabendo tanto.

Ironicamente temendo que isso fosse acontecer, acabei fazendo com que realmente acontecesse, tentando mudar minha escolha de abandoná-lo, quase perdi Whithelly e há pouco eu estava presa à espera da execução assim como o Marshall, graças a Brayan não será esse o nosso fim.

- Onde ela está? – mesmo atordoado e estando abalado fisica e emocionalmete por ter vivido sua "execução" o Marshall se preocupa com a Mellanie, sei que não tenho esse direito, mas meu peito se enche de ciúmes.

– Ela já foi para as colônias e nós também vamos. – respondo num tom que não desejava usar, não mais com o Marshall. Não preciso mais me esconder atrás de palavras duras e expressões rígidas.

– Vamos sair daqui – diz Marshall decidido levantando-se por conta própria, eu o ajudo apoiando seu braço em meu ombro. Ele está muito debilitado, mal tinha se recuperado e arrumou novos ferimentos, Whithelly pega em sua outra mão.

Ao deixarmos a antessala, Marshall vê sua mãe caída no chão, morta. Ele olha para mim como que me perguntando se eu a matei, respondo assentindo. Não vejo pesar em seus olhos, ele não transmite nenhum sentimento e não sei se é por não sentir nada ou por esconder o que sente.

Chegamos à entrada principal da base e não vemos mais nenhum soldado, no pátio externo muitos Nacionalistas chegam como apoio, uma enorme bandeira da Grande República é estendida no prédio principal, a ARN já tomou MEGA e agora irá ocupá-la, a primeira de todas que a resistência tomará e agora as armas e tecnologias em nosso poder irão igualar nossas forças, a partir de hoje a guerra contra Altair realmente começou.

Vejo muitos prisioneiros recém-libertos embarcarem em caminhões militares roubados para deixarem a base e irem para o principal Complexo da ARN onde estarão temporariamente seguros, vejo várias das pessoas que resgatei, uma felicidade surge em meu peito ao ver que pude ajudar tantas crianças, mas não vejo Mellanie ou o meu pai, noto que Marshall também a procura.

Ajudo Marshall a caminhar até um dos caminhões para também deixarmos a base agora em nossas mãos, mas um carro para à minha frente, o reconheço, é o Fury 64 de Brayan, eu lembro o que Whithelly me disse sobre Brayan a ter traído e por causa dele ela ter sido capturada e a raiva por ele ter me prendido se torna ódio por ter colocado Whithelly em perigo, desejo bater nele ou fazer algo pior, mas do carro desce Lore.

Assim como todo Nacionalista, agora ela está vestindo ostensivamente as cores da bandeira. Ela apenas joga a chave para mim, assim como fez quando me ajudou a fugir de Brayan, a pego no ar.

– É seu – diz ela e antes mesmo que eu responda ou pergunte algo, ela nos dá as costas e se afasta.

Entramos no carro e deixamos a agora base da ARN, as principais ruas da capital estão um caos completo, agora a queda de Altair não é apenas um sonho,a revolta age como um fogo incontrolável se alastrando para cada coração oprimido, fazendo as pessoas finalmente explodirem depois de tanto tempo.

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