Is Love Or Not? |H.S|

De vivivig

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Claire Thompson é uma jovem atriz que foi obrigada pelo contrato de trabalho a assinar um contrato de namoro... Mai multe

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Epílogo
Agradecimentos
História Nova!
Fanfic Nova!

Capítulo 9

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De vivivig


Nós chegamos em Gaffney há poucos dias. Eu não tive forças para ir além da porta do quarto dos meus pais nesse tempo, cada passo que eu dava, cada canto que eu pousava os olhos, cada aroma que preenchia a casa me lembrava meu pai. Eu chorei muito novamente e, dessa vez, eu não deixei ninguém me consolar. Eu precisava colocar para fora e lidar com tudo o que estava sentindo. Me culpei por não conseguir dar muita atenção aos meus amigos mas acho que eles entendiam. Eles ou a minha mãe se alternavam para me fazer engolir algum alimento ou até mesmo um copo de água. Eu estava muito abalada desde que cheguei a minha cidade natal. Tudo ali tinha uma lembrança diferente. A lanchonete dos meus pais permanecia fechada desde que a notícia se espalhou pela cidade

Todos os nossos visitantes estavam hospedados na minha casa, nós tínhamos apenas um quarto de visitas, porém, eles não se importaram em pouco conforto para se acomodarem. Eu fiquei com a minha mãe em seu quarto para que eles pudessem usar o meu quarto também. Milagrosamente, nós conseguimos manter a discrição e, aparentemente, somente nós sabíamos que a banda mundialmente famosa estava na cidade. Por todos esses dias, dormi ao lado da minha mãe e agarrada ao travesseiro que o meu pai usava, tentando nunca esquecer o cheiro que permaneceu ali, pois aquela era a última vez que eu o sentiria.

No entanto, hoje, um dia antes da despedida final, eu resolvi que tinha que sair dali. Já não suportava mais chorar, na verdade, acho que não tinha mais nada para sair dos meus olhos. Meu corpo todo doía por ter passado horas e mais horas deitada. Por isso, assim que a minha mãe deixou o quarto pela manhã, eu caminhei para o banheiro e tomei um banho e lavei o cabelo, depois o sequei e tentei disfarçar um pouco das olheiras que acumularam abaixo dos olhos. Nada muito demorado, apenas para que eu não saísse assustando as pessoas por ai. Vesti-me com uma legging preta, um moletom grande e tênis. Era o melhor que eu conseguiria.

- Bom dia. - murmurei quando cheguei na cozinha e todos estavam em volta da mesa.

Meu pai adoraria isso, a casa cheia, muitas pessoas envolta da mesa.

- Ei, filha. - minha mãe abriu um sorriso. - Sente-se.

- Eu estou sem fome. - falei. - Eu, na verdade, quero me desculpar com todos vocês pelos últimos dias. Não pude evitar ficar trancada no quarto.

Parei de falar porque o nó já estava se instalando na minha garganta. Desviei o olhar de todos eles para as minhas mãos e respirei fundo para engolir o choro.

- Está tudo bem, de verdade, Claire. - Liam disse. - Não precisa se desculpar ou qualquer coisa do tipo. Nós não podemos nem imaginar o que você está sentindo agora. Você apenas precisa saber que todos nós estamos aqui para qualquer coisa que você e sua mãe precisarem.

- Isso é maravilhoso. - deixo um pequeno sorriso aparecer e uma lágrima rolar. - Ele adoraria ver todos vocês aqui, sabe? A casa cheia. - rio. - Não é, mãe?

- É, sim.

- Eu nunca poderia imaginar encontrar pessoas tão especiais quanto vocês. - falo e paro atrás da cadeira de Niall, sendo puxada por ele para envolver seu pescoço com os braços.

- Nós somos mesmo especiais. - Louis diz, convencido, e Eleanor dá um tapa em seu ombro enquanto nós rimos.

- Eu quero dar uma volta para pensar um pouco. Fora do quarto. - falo.

- Coma algo antes de sair, pelo menos. - Rebeca diz e eu nego.

- Não dá. Eu não vou demorar.

- Eu vou com você. - Harry se levanta. - Posso?

Eu realmente queria caminhar um pouco sozinha, porém, ter alguém ao meu lado pode tornar as coisas menos dolorosas.

- Ok.

Ele terminou sua xícara e nós saímos. Harry apenas caminhou ao meu lado por alguns minutos, ambos em silêncio apenas olhando ao redor a cidade pouco movimentada. Ele vestia uma calça preta, camiseta branca, uma jaqueta, uma touca e suas inseparáveis botas.

- Elas são confortáveis? - perguntou, apontando para os seus sapatos.

- Na verdade, são sim. - ri. - Por quê?

- Não sei. - dou de ombros, enfiando as mãos nos bolsos do moletom. - Acho que um tênis é mais confortável.

- Gosto de ambos.

Balança a cabeça e caminho para sentar no banco do parque.

- Meu pai costumava me trazer aqui quando era criança. - comento.

- Você gostava? - assinto. - Que tipo de criança você era?

- Eu era agitada. Estava sempre pensando em algo para fazer, seja em casa ou na lanchonete dos meus pais. - respondo. - Sempre gostei de fazer minhas peças de teatro, apresentava para os meus pais e alguns amigos, participava de todas possíveis na escola. Eu era bem curiosa também, perguntava e questionava sobre tudo. - rio. - Meu pai se sentava nesse banco com um jornal nas mãos, nas tardes de domingo, enquanto me vigiava brincar. Era o tempo de descanso que dávamos para a minha mãe. Não que poderia considerar descanso, porque ela aproveitava para dar uma geral na casa. Quando eu caia e me machucava, ele assoprava o local e dizia que eu era apenas um sinal de que eu estava me divertindo muito e que deveria voltar a brincar.

- Pelo pouco que conheci, ele parecia uma pessoa maravilhosa. - diz.

- Ele era.

Nós ficamos mais um tempo em silêncio e eu encosto a cabeça no ombro de Harry antes de sentir seu braço passar por minhas costas.

- Claire. - ouço meu nome ser chamado e olho para o lado, vendo Lauren.

- Oi, Lauren. - levanto a cabeça para olhá-la.

- Eu fiquei sabendo...sobre o seu pai. Eu sinto muito.

Ela parou perto de mim e eu me levantei, recebendo seu abraço. Lauren é minha amiga desde sempre e conviveu bastante com o meu pai também. Ela o conheceu quase tão bem quanto eu. Nós vivíamos brincando na lanchonete e em casa, quando conseguíamos estar em casa.

- Obrigada. - sussurro.

Quando nos soltamos, eu vejo alguém se aproximando atrás dela e o reconheço. Eric, meu ex-namorado. Namoramos por alguns anos, na verdade, todo ensino médio. Eu, ele e Lauren éramos inseparáveis. Nós terminamos no dia em que toquei no assunto de ir fazer testes para atuação fora do estado e, desde então, nós nunca mais trocamos uma palavra.

- Ei, Eric. - cumprimento.

Lauren se vira para ele e arregala um pouco os olhos, surpresa.

- Oi, Claire.

Sinto Harry se levantar atrás de mim e me lembro que temos mais alguém.

- Harry, esses são meus amigos de infância. - apresento. - Lauren e Eric, esse é Harry, meu namorado.

- É um prazer conhecê-los. - Harry diz e aperta suas mãos.

- Eu não sei se é o melhor momento para isso - Lauren começa. -, mas eu não aguento mais, eu preciso dizer a você.

- O que foi? - fico preocupada.

Lauren e Eric olham um para o outro antes de ela se virar para continuar.

- Eu e Eric estamos...estamos noivos. - revela.

- Uau. - murmuro após um tempo.

- Não foi nada planejado e eu juro que nunca tivemos nada enquanto vocês estavam juntos. - ela se apressa em dizer.

- Nós percebemos que havia alguma coisa acontecendo um pouco mais de um ano depois de você ir embora. - Eric diz. - Lauren me ajudou a superar tudo. Éramos sempre nós três e senti que ela era a única capaz de me ajudar, porque, assim como eu, ela me conhecia e conhecia você.

- Isso não é um problema para mim. - falo.

- Sério?

- Sim. - dou de ombros. - Espero que vocês sejam felizes. É o que desejo para os dois.

- Muito obrigada. - ela sorri e ele balança a cabeça, afirmando.

- Desculpa se um dia eu magoei a vocês dois. - respiro fundo. - Eu precisava seguir com o meu sonho.

- E nós torcemos muito por você. - Lauren fala.

- Há algumas coisas que acontecem em nossas vidas para podermos encher além do que estamos acostumas. Não é o que o ditado diz? Há males que vem para o bem. - Eric pega na mão da noiva.

- É isso mesmo. - sorrio.

- Acho que seria bom voltarmos. - Harry diz, olhando para mim. - Sua mãe pode ficar preocupada.

- Sim. - volto a olhar o casal. - Foi bom vê-los.

- Eu sinto muito pelo seu pai. - ele fala.

- Obrigada.

- Nós estaremos lá amanhã, caso precise.

- Será ótimo.

Pego na mão de Harry e aceno para eles uma última vez antes de seguirmos o caminho de volta para a minha casa.

- Seu ex-namorado é agradável. - comenta.

- Cala a boca. - reviro os olhos e o empurro de brincadeira.

- Ainda tem muitos que iremos encontrar?

- Talvez. - minto.

- Que Deus me ajude.

...

O dia havia chegado. Infelizmente. Era a última chance de me despedir do meu pai. Nós tentamos ao máximo fazer com que tudo seja íntimo, sem pessoas desconhecidas apenas para satisfazerem sua imensa curiosidade. Eu não queria que a minha mãe fosse importunada num dia tão triste, ela já tem muito o que aguentar o dia todo.

- Querida, você precisa se levantar. - ela diz da porta do seu quarto.

Eu não havia me movimentado desde a hora que abri os olhos. Por mais que já passou alguns dias, ainda é dolorido e inacreditável. Não quero ter que encarar a realidade onde meu pai não estará aqui para me abraçar, apoiar, repreender, confortar. A cada vez que eu penso que estou um pouco mais conformada com essa realidade, ao pensar em tudo o que passamos e na saudade que já se instalou em mim, tudo muda novamente.

- Ok. - murmuro.

Saio da cama e caminho para as malas em que estão minhas roupas. Não tive vontade e nem forças para desfazê-las desde que chegamos, simplesmente não me importava. Vesti um vestido preto simples que fica na altura dos joelhos, sapatilhas da mesma cor e óculos de sol.

Todos já estavam prontos na sala de estar, vestindo preto e em silêncio.

- Nós podemos ir. - falo, anunciando minha chegada.

Um carro foi alugado e usaríamos o carro dos meus pais para chegarmos a igreja e depois ao cemitério. A cerimônia não seria muito demorada, uma decisão que eu e minha mãe tomamos juntas. O sofrimento já é enorme, não precisamos prolongá-lo. Niall e Rebeca passaram todo tempo abraçados, assim como Louis e Eleanor, Liam e Harry não saíram do meu lado e minha mão ficou agarrada a da minha mãe o tempo todo. Estávamos nos unindo para que ninguém fraquejasse, mesmo que fosse totalmente aceitável. Tenho certeza que não é algo que George Thompson gostaria.

Na hora de descer na frente do cemitério, eu simplesmente travei. Meus membros não obedeciam meu cérebro.

- Eu não consigo. - afirmei, agarrando a mão de Liam.

Ele ficou sentado ao meu lado no carro e, assim como eu, um dos últimos a descer.

- Eu não quero, não consigo. - meus olhos transbordaram as lágrimas que eu segurei desde que sai de casa. - Eu não ver isso.

- Nós podemos ficar aqui até você se acalmar um pouco. - disse.

- Por que essas coisas acontecem? - sussurro.

- Está tudo bem? - Niall aponta a cabeça para dentro do carro.

- Eu não quero descer. - digo ainda chorando e negando com a cabeça. - Se eu descer, tudo vai ser real e eu não quero que seja.

- Você vai se arrepender depois se não estiver ali. É o último momento. - Eleanor fala com a sua voz doce e eu a olho. - Sua mãe precisa que você esteja com ela. Vocês precisam uma da outra nesse momento.

- Ok. - sussurro e limpo o rosto, colocando os óculos novamente no lugar.

Minha mãe já está a frente com Louis, Harry e alguns amigos da família. Eleanor me dá um abraço forte quando saio do carro e nós seguimos os que estão na frente com os braços entrelaçados. Todos ficam reunidos em volta do caixão enquanto uma oração é feita. Agora, eu estou ao lado da minha mãe, com as nossas mãos entrelaçadas. Os meninos, Rebeca e Eleanor estão posicionados atrás de nós duas, bem próximos.

Quando é hora de encerrar, minha mãe se aproxima, joga uma rosa que estava segurando, beija a mão e passa sobre a madeira. Ela chora por alguns segundos sozinha e todos permitimos que ela tenha esse último momento. Ao retornar, ela acaricia meu rosto, beija minha testa e eu me aproximo para fazer o mesmo que ela fez, porém, eu não tenho sua força e sinto minha visão escurecer.

- Você está bem? - ouço a voz de Harry perguntar enquanto suas mãos me seguram pelos ombros.

- Sim. - sussurro. - Foi só uma tontura.

Ele permanece ao meu lado enquanto eu me despeço uma última vez do meu pai. Após eu terminar, nós damos alguns passos para trás e a terra começa a ser jogada e, então, minha visão escurece mais uma vez e meu corpo desmorona assim como minha alma fez há alguns dias.

...

O barulho de uma máquina apitando me faz acordar assim como a claridade que atinge meus olhos. Quando eu os abro, vejo um ambiente todo branco, sem graça, nada como eu estou acostumada.

- Ei, Claire. - uma voz diz ao meu lado e eu foco minha visão na pessoa ao meu lado.

- Harry. - sussurro. - Água.

Peço e ele rapidamente se levanta e volta para o meu lado, poucos segundos depois, segurando um copo que prontamente me ajuda a virar.

- Onde estou? - olho ao redor e não tem mais ninguém.

- Estamos no hospital. - ele diz. - Você desmaiou no enterro do seu pai e achamos que seria bom trazê-la para cá. Você demorou algumas horas para acordar.

- Será que ele ficou chateado comigo? - murmuro.

- Quem? Seu pai? - eu assinto. - Por que ele ficaria?

- Porque eu não aguentei vê-lo até o último segundo.

- Claro que não. - ele pega minha mão. - Você aguentou firme tudo o que vocês tiveram que passar, você apoiou a sua mãe em todos os momentos, esteve lá para ela, para ele também. É claro que ele não ficaria chateado com você.

- É. Você provavelmente tem razão. - suspiro. - Onde está todo mundo?

- Sua mãe acabou de sair para levá-los para comer alguma coisa, ela deve voltar em breve. - responde.

- Obrigada por estar aqui comigo. - olho em seus olhos. - De verdade.

- Não é nenhum problema. - sorri.

Ouvimos uma batida na porta e um médico e um enfermeiro entram.

- Que bom que acordou, senhorita Thompson. - diz. - Seus exames acabam de ficar prontos.

- Está tudo bem, doutor? - Harry pergunta.

- Sim, está tudo em ordem. O que causou o seu desmaio foi o baixo nível de glicose em seu sangue, presumo que tenha ficado um longo período sem se alimentar?

- Sim, fiquei. - digo.

- Tente não fazer isso novamente e tudo ficará bem.

- Eu já posso ir para casa?

- Sim. Já vou assinar sua alta, apenas queria mantê-la em observação até que acordasse e seus exames estivessem pronto. Visto que está tudo bem com a senhorita, não vejo motivos para ficar aqui.

- Tudo bem.

Eles saem e eu me levanto, sentando-me.

- Sente-se bem? - Harry pergunta.

- Sim.

Nós aguardamos mais alguns minutos até o médico voltar, então, Harry passa o braço por minha cintura e me acompanha pelo corredor.

- Filha, você está bem? - vejo minha mãe vindo a nossa frente.

- Sim, apenas um pouco fraca e cansada. - suspiro. - Só quero ir para casa.

- Então, vamos para casa.

O dia foi difícil, mas ainda me restava muitas pessoas que me amavam, que se importam comigo, e com a ajuda de cada um deles eu tenho certeza que vai ficar mais continuar a minha vida ainda que uma parte muito importante dela não esteja mais nesse mundo físico. Porém, eu sei que no meu coração meu pai sempre estará comigo, me apoiando, incentivando e cuidando como sempre fez. Eu sempre sentirei o amor dele por mim e sempre o amarei.

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