Sentávamos ao redor de uma mesa redonda, adornada com uma toalha vermelha, enquanto nosso jantar era servido pelo garçom. Optei por um bife acebolado acompanhado de salada, enquanto Sarah escolheu um filé de peixe.
Uma tensão pairava entre nós, eu não estava completamente à vontade. Sentia-me desconfortável, sem saber sobre o que falar sem parecer uma interrogadora.
— Nossa... Esse peixe está delicioso. – Sarah comentou ao provar a comida. — Quer experimentar? – ela me olhou.
— Não, obrigada.
— E que tal pedir um vinho? – Sarah sugeriu.
— Não, já tomei um drink na boate. Não quero exagerar na bebida.
— Você é sempre séria? – Sarah perguntou, olhando-me com curiosidade.
— Eu diria que noventa por cento do tempo.
Sarah sorriu ao ouvir minha resposta.
— E no tempo restante, qual é o seu humor?
— No tempo restante, eu durmo.
— Há quanto tempo está solteira?
— Por que supõe que sou solteira? – perguntei.
— Não usa aliança, nem anel de compromisso. E bem, aceitou meu convite para jantar. Imagino que se fosse comprometida não aceitaria. – Sarah respondeu.
— Prefiro não falar sobre relacionamentos passados. – desci meu olhar para a comida, minhas garfadas seguintes foram acompanhadas por um silêncio incômodo.
— Eu também sou solteira. – Sarah disse rompendo o silêncio entre nós. — Não encontrei ninguém que valesse a pena, sabe?
Soltei meus talheres e olhei para ela.
— Se encontra com outras pessoas quando está namorando com alguém?
— Não.
— Estou confusa, Sarah. O que a fez me convidar para sair? Eu não sou como você. Sou uma policial de cidade pequena, não há muita adrenalina na minha rotina. – comentei.
— Gostaria de te responder com sinceridade, Ema, mas acho que vou te assustar. – Sarah respondeu.
— Não vai, me diga a verdade.
— Eu preciso de uma nova mestra. E adoraria que fosse você. – Sarah respondeu, me deixando em choque.
— E-eu?! Não, eu não sou como você.
— Você não gostaria de experimentar algo diferente? – Sarah indagou, me olhando.
— Não, estou satisfeita com a minha rotina. – respondi.
— Durma comigo esta noite, Ema. Se depois não quiser me ver novamente, prometo nunca mais te procurar.
Continua...
Oi, gente!
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