𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐚𝐬 𝐎𝐧𝐝𝐚𝐬...

De ella_autoraa

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Um destino, duas pessoas. Um casal fictício, dois apaixonados. Um passado, vários medos que farão Elle Harper... Mai multe

Informações e cast
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capitúlo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
1. Noah e Blue
2. Noah e Blue
3. Noah e Blue
4. Noah e Blue
5. Noah e Blue
6. Noah e Blue
7. Noah e Blue
8. Noah e Blue
9. Rudy e Elle
10. Elle e Noah
11. Noah e Blue
12. Noah e Blue
14. Noah e Alan
15. Noah e Sky
16. Alan e April
17. Alan e Elle
Extra: Natal🎄

13. Alan e April

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De ella_autoraa



Por Alan.

— Qual é? Só por que estão namorando eu vou ter que ir a festas sozinho? —Pergunto começando a me estressar.

Noah leva um pedaço de bolo que sobrou do aniversário das gêmeas a boca e olha para Matteo.

— É. — Os dois respondem juntos e isso me emputece.

— Mas eu não quero ir à festa. — Digo e nossa nunca comi um bolo tão bom na minha vida.

Faz quase cinco dias que as gêmeas fizeram dezesseis anos e ainda tem bolo. Elas não gostam de festas... April não gosta na verdade e esse ano era a vez dela de escolher como seria comemorado os dezesseis anos. Ela como sempre quis só um bolo e nada demais, nada exagerado. Mas tio Rudy e tia Elle compraram um bolo enorme. Ele é do tamanho da mesa de jantar.

— Desde quando você não quer ir a festas? — Noah pergunta com um tom exagerado de preocupação. — Matteo veja se ele está com febre.

— Se me tocar eu arranco seus dedos e os enfio no seu cu. — Aviso Matteo e o mesmo esconde uma risada, levantando as mãos em rendição. — Enjoei de festas. É sempre a mesma coisa, encher a cara e transar.

— Cara faz quanto tempo que não transa? — Agora os dois perguntam realmente preocupados e faço as contas.

— Acho que vai fazer umas três semanas. — Respondo e agora eu mesmo fico preocupado. — Beleza eu preciso transar, mas não estou com tanta vontade.

— Não tem mais nenhuma mãe de família pra você, neném? — Blue aparece e bufo quando a mesma beija Matteo.

— Do que estamos falando? — Sky entra na cozinha também e Noah sorri a abraçando.

— Falamos do que você quiser linda.

— Ahhhh que pesadelooo. — Choramingo quase vomitando o bolo que eu mastigava. — Nojentos.

— Isso se chama inveja meu amor, quer que eu te apresente alguma amiga minha? — Blue pergunta e franzo a testa. — Cinthia?

— Já transei.

— Clair?

— Pegajosa demais, mas já transei. — Respondo me lembrando da loira escandalosa.

— Marie?

— Blue a não ser que uma nova garota tenha chegado em Los Angeles e região, eu já peguei todas. Não tem mais nada para mim e na real? Eu cansei de transar com todo mundo. — Confesso respirando fundo.

Sério que agora eu vou ter inveja deles só porque eles namoram? Porra, eu não quero namorar, só quero conhecer alguém legal.

— Tá vamos mudar de assunto. — Digo cansado. — Por que quer que eu vá a merda dessa festa? — Acendo um cigarro e nem ele, mas está me fazendo relaxar.

— Todo mundo vai a essa festa e agora que as meninas fizeram dezesseis anos, Holly vai arrastar April pra todas essas festas. Mas Holly, além de ter um namorado, sabe se virar com toda essa parada que rola nas festas, April não. Ela se assusta nesse tipo de ambiente e eu nem Matteo vamos poder cuidar dela....

— Eu cuido. — Me ofereço mesmo sabendo que ia sobrar pra mim.

— Cara valeu mesmo, April se sente segura com você. — Noah diz e isso me pega de surpresa.

— Que irônico não? — Empurro a fumaça de meu cigarro para cara de Noah que sopra de volta pra mim e me manda o dedo do meio. — Nem Coco se sente segura comigo. Eu não me sinto seguro comigo mesmo.

— Não compare aquela poodle esquisita com a minha irmã. — Noah avisa e Blue ri.

— Vamos logo, senão vamos nos atrasar. — Matteo diz segurando os ingressos para o cinema.

— Cuide dela e não deixe Holly ficar louca por favor. — Noah sussurra perto de mim e faço que entendi. Cara chato.

— Cara você é chato. — Digo em sua cara e ele bagunça meu cabelo.

Assim que eles saem pela porta, ela é aberta como um furacão e só posso ver cabelos loiros voando como o flash numa corrida até as escadas.

— Ei. — Grito, mas já estou correndo as escadas. — April?

Ela fecha a porta na minha cara. Desde quando ela deixou de ser aquela garota fofa?

— Abre a porta. — Peço batendo duas vezes nela. — Sou eu April, Alan. — Digo apagando o cigarro.

— Eu sei que é você por isso vai ficar aí fora. — Ela resmunga e sinto que ela está encostada na porta.

— Nesse caso... — Me encosto na porta também. — Eu sou a Hanna Montana.

Ela fica em silencio e faço uma careta. Droga como que a Hanna canta? Ah!

— You get the beeeest of both worlds. Chill it out, take it slow. Then you rock out the show. — Canto com uma voz fina e escuto a risada de April o que me faz sorrir. — Cara melhor ser a Miley Cirus, eu ficaria pelado em cima de uma bola de demolição de boa.

De repente caio para trás e arregalo os olhos me deparando com os olhos azuis de April me encarando no chão. Poderia ter me avisado que ia abrir a porta.

— Por Deus Alan, o que você quer? — April me ajuda a levantar e dou uma rápida olhada pelo seu quarto em busca da fonte de tanta raiva. — Não adianta fazer o que está fazendo.

— O que estou fazendo? — Provoco e posso sentir que a qualquer momento fumaça vai sair de suas orelhas.

— Procurando a fonte da minha raiva, eu te conheço Alan e se quiser saber fique em frente ao espelho e achará a fonte.

— Tá naqueles dias?

Ela bufa irritada e joga a mochila com drama no chão.

— Sim... — Ela choraminga e dou um passo para ir abraça-la. — Não faça isso, estou com raiva de você também.

— Já tô acostumado a ouvir esse tipo de coisa sair da boca de várias mulheres. — Pisco, mas é uma péssima ideia porque se eu abrir a boca mais uma vez é capaz dela me matar. — O que eu fiz?

— Fica me protegendo como se eu tivesse onze anos Alan. Aposto que Noah já pediu para você me vigiar nessa maldita festa que e vou ter que ir. Como você sempre faz. Então eu viro piada na minha esco...

April fala mais coisas, porém só consigo prestar atenção em como ela está ficando vermelha e em como fica fofa quando está com raiva.

— Alan!

— O-oi? — Pigarreio me fazendo de interessado.

— Não vá a festa hoje. — Ela pede agora voltando a ser calma. — Por favor.

Droga eu não resisto a olhos pidões assim.

— Hmm. E aí, o que tá lendo esses dias? — Mudo de assunto porque ela me vence e sabe disso, por que sorri.

— Obrigada Alan. — April me dá um beijo na bochecha e pega em minha mão para eu sentar em sua cama. — Bom eu estou lendo Senhorita Aurora.

— E fala sobre o que? — Pergunto dando total atenção para ela e a mesma parece se animar.

(...)

Tá, numa escala de 0 a 10 o quanto uma garota pode ficar puta por eu ter mentido para ela?

Fingi ter ido pra casa quando April disse que ia se arrumar, na verdade fui para casa, mas logo que passou no que devia ser umas meia hora que elas deveriam ter ido, eu segui para a festa. A festa seria na casa de um jogador de futebol do último ano... Derek, Patrick, algo assim não me lembro.

Já na esquina eu podia sentir o chão tremer e uma música bem lixo ecoar para tudo o que era lado. Eu odiava essas músicas de festa. Na maioria raps amadores, Katty Perry ou pop antigo.

Uma merda... Tirando Katty Perry, todo mundo gosta dela.

Assim que piso na entrada da varanda todos os olhares se viram para mim. Antes eu achava que tinha haver com minhas roupas, mas só porque sou O Alan já chego como uma celebridade nesses lugares. Minha roupa é quase sempre a mesma, mas hoje estou com calças cargo pretas como a camisa e uma jaqueta surrada que achei.

— ALAAAAN!

Recebo um monte de cumprimentos e tapinhas nas costas, então já acendo meu cigarro. Que saco de festa, música ruim, caras puxa-sacos, loiras oxigenadas (como tia Elle falaria) para todo o lado. Sério, por que Holly tem que arrastar April pra isso? Ela não gosta de barulho, muito menos de estar rodeada de gente.

— Cara dá uma cerveja pro Alan. — Um garoto que, devia ser um pouco mais velho que eu, me oferece cerveja como se eu fosse Zeus ou o caralho a quatro.

Apenas pego a cerveja e dou um gole para não dar na cara que eu só queria sair dali com April sã e salva. Por falar nela, é mais difícil do que parece encontrar uma loira aqui, principalmente se ela for baixinha e só tiver jogadores de futebol e garotas com saltos gigantescos. Como conheço bem April ela está usando All-star. Mas uma cabeça loira aqui é como uma agulha em um agulheiro.

— Alan! — Uma garota vem até mim e chega bem perto, empurrando seus peitos em minha direção, parecendo tão louca que imagino que essa bebida que ela segura está com um doce. — Perdido gatinho?

— Não, eu acho que você é quem tá. Vaza. — Holly aparece já empurrando a garota para trás. — E aí Alan?

— Cadê seu namorado? — Pergunto procurando April com os olhos.

— Se está falando de uma garota de um e sessenta e sete, cabelos loiros, olhos bem azuis e assustados, tênis para a aula de dança não para dançar numa festa, usando suéter vermelho e saia preta curta que consegui faze-la usar, ela está em algum lugar perto de janelas e meu namorado...

— Oi amor! — O garoto de cabelos escuros e jaqueta de time abraça Holly. — Alan!

— Está bem aqui. — Ela pisca para mim e quando ela ia saindo, tiro a garrafa de cerveja de sua mão e dou um olhar de aviso para Shepey seu namorado.

Lugar com janelas... Onde será que April está.

Olho para os lados e é meu pior erro. Um cardume de mulheres gostosas começa a vir em minha direção e a única opção que eu tinha era subir as escadas que iam para os quartos. Elas deviam estar bêbadas demais para conseguirem subir sem cair.

— Loucas. — Resmungo tirando o cabelo do rosto.

— Para com isso loirinha, deixa só eu tirar a prova. Quero saber se Holly é a irmã mais gostosa... Você não tem muito corpo né docinho? Mas tem um rosto tão angelical, te deixa mais safada.

Meu corpo formiga de raiva porque tenho a impressão de que eu vou matar alguém hoje.

— Para. Para. PARAAAAAA... SOCORRO, SO...SOC... ME LARGA.

Largo a cerveja no chão e subo o resto das escadas, vendo que aquelas vozes saiam do quarto.

— Para de se mexer, vai ser bom. Só cala essa sua boca.

— Não. Não... ALAAAAN!

— Alan? Alan Kardecyn? Está junto com aquele cretino? — Ele começa a rir. —Você é uma vadia mesmo Pankow. Gosta de saber que seu namoradinho deve estar chupando outra ga...

— ME LARGA SEU FILHO DA PUTA.

Tento abrir a porta, mas ela está trancada.

— ABRE A PORTA PORRA. — Grito batendo nela com força.

Ele não devia ter escutado minha voz, mas sabia que tinha alguém atrás da porta e eu já estava ficando louco. April estava chorando lá dentro e eu estava escutando zíperes se abrindo. Porra não...

— APRIIIIL? — A chamo o mais alto que consigo para saber se ela está bem.

— ALAAAN. — Ela esperneia em prantos e meu peito está subindo e descendo rápido demais.

Eu vou quebrar essa porta. Eu vou quebrar essa porta agora mesmo.

Pelo grito de April ela está do lado da porta então não vou machuca-la. Por isso, dou impulso e me lanço contra a porta. Meus surtos de raiva se descontrolaram ainda mais ao ver as roupas de April quase rasgadas.

— Alan! — Ela chora mais ao me ver, porém se encolhe.

Olho para a cara do cretino e me lembro de ver outras cenas parecidas com esse cara. Ele adora fazer isso.

— Davis a surra que levou quando mexeu com a Stewart não foi suficiente? — Pergunto sentindo meu sangue borbulhar o que era engraçado se eu não estivesse com o coração tão acelerado e a vista vermelha e com uma garota que gosto em perigo.

— Sai daqui seu drogado.

— Ei! — Mal pisco e April acerta a cabeça de Davis com um vaso o fazendo cair no chão. — Não fale assim do Alan. Seu pervertido nojento.

Vejo que seus pulsos estão vermelhos. O desgraçado ainda a machucou.

— April vire de costas. — Peço subindo em cima de Davis, o paralisando com as mãos.

— Alan...

— Porra April você não vai querer ver isso. — Grito irritado, mas ela é teimosa. Muito teimosa. — Tudo bem... — Me viro para ele. — Vai se lembrar disso toda vez que tentar olhar para o seu pau quando for bater uma, porque vou fazer questão de que você nunca possa ousar fazer isso com uma garota de novo.

Torço o pescoço dele escutando o som do crack e o assustado de April. Eu falei pra ela não ver. E quando me levanto piso "sem querer" em seu pau. 

— AAAAAAAAAAAAAAAAA.

— Vai falar que caiu sem querer da escada. — Aviso para Davis e ele arregala os olhos. — E se mencionar meu nome eu te mato. Tá me ouvindo, eu te mato pra valer cara.

— O-okay.

— Bons sonhos mocinha. — Pisco para Davis o vendo desmaiado e pego April pela cintura. — O que ele fez? Você está bem? Se tiver sentindo dor eu te levo agora mesmo para o hospital...

— Me leva pra algum lugar. — Ela sussurra deixando uma lágrima cair. — Só, me leva pra algum lugar que não seja minha casa Alan. Por favor.

— Vamos pelos fundos.

(...)

Segundo April, ela ia dormir na casa do namorado de Holly junto com a irmã dele que é amiga de April, mas já contei para Holly que estou com April em minha casa, sem contar os detalhes porque April me proibiu.

— Parece que a casa é só nossa. — Brinco, porque hoje era dia de que minha mãe ia dormir com o namorado.

— Te conheço desde sempre, mas nunca vi seu quarto. — April dá uma risadinha.

— Ninguém nunca entrou nele. —Respondo abrindo a porta do mesmo. Era um quarto bem bagunçado cheio de posters, roupas jogadas no chão, algumas guitarras e coisa do tipo. Bastante bagunçado, mas bastante arrumado para um cara como eu. — O banheiro é aqui.

Acendo a luz do banheiro e ela dá uma espiada lá dentro.

— Se quiser pode tomar banho e eu te empresto umas roupas minhas... — Faço uma careta. — Ao menos que queira usar roupas de zebra fluorescentes.

Minha mãe é bem excêntrica.

— Tudo bem. — April força um sorriso e vou atrás de algumas coisas pra ela.

Do que uma garota precisa? Porra Alan você já transou com várias, mas não sabe do que elas precisam... Toalha, uma escova de dentes nova, será que ela vai usar a mesma calcinha ou vai ficar sem? Será que ela usaria uma cueca? Provavelmente ficaria como um short pra ela, o que devia ser bom...

— Uma camiseta e uma cueca. — April me ajuda e sorrio pra ela.

— Está lendo minha mente pirralha?

Ela revira os olhos e disfarça um sorriso.

— Eu só consigo te ler Alan. — Ela diz como se fosse óbvio e franzo a testa.

— Pode tirar minha sorte também?

— Cala a boca. — Ela me dá um soquinho e entra no banheiro pegando as coisas.

Sento em minha cama respirando fundo. Droga meu ombro está doendo por ter quebrado a maldita porta.

— Alan?

— Hmm... — Resmungo antes de estralar meu ombro e me virar para a porta. — Que porra tá fazendo April?

— Acha que meus peitos são pequenos? — Ela pergunta usando apenas calcinha e sutiã.

Pigarreio e olho para tudo menos pra ela. Meu pau não pode subir agora... Ele tá querendo, ah droga...

— Por que está me perguntando isso? — De repente minha janela pareceu muito diver... Porra a janela!

Corro para fechar as cortinas.

— Tá louca April? Alguém poderia ter te visto. — Merda agora estou quase colado a ela e a seus peitos.

— Eu vivo escutando pela escola que Holly tem mais corpo que eu, mas eu não me importava, até a umas semanas atrás. Já me chamam de esquisita por eu ser quieta Alan, não quero mais um motivo para isso.

April começa a chorar e aquilo me perturba, por isso que por instinto eu a abraço passando a mão carinhosamente em seus cabelos.

— Para. Para April, você não é esquisita. Eu não te acho esquisita. E que se foda quem pensa isso de você, eles não te conhecem. — Sussurro em seu ouvido e ela me aperta mais em seu abraço. — E... — Engulo em seco. — Não me leve a mal se eu falar isso, mas foi você que perguntou. Acho seus peitos lindos pra caralho.

— São pequenos.

Sorrio pegando em seu queixo.

— Eu gosto de peitos pequenos. Peitos muito grandes não são todas as vezes reais April. E gosto de coisas que consigo pegar com a palma da mão. — Digo tentando não olhar para baixo.

— Pega.

— Que? — Arregalo os olhos.

— Até parece que nunca pegou em peitos! — Ela me deu uma bronca? — São só peitos Alan.

— Ei ei calma. — Levo as duas mãos aos seus peitos e dou uma leve apertada. April fica imediatamente vermelha e aquilo me diverte. — São só peitos April. — A provoco passando a mão por eles. Droga, encaixam nas minhas mãos. Ainda sobra espaço, mas é realmente os melhores peitos que já peguei. — Chega. Vai tomar banho April.

Tiro as mãos de seus peitos e respiro fundo. Alan ela é April a irmã fofinha do seu melhor amigo que você sempre protegeu como se fosse sua própria.

— Tá você não falou se foi bom. — Ela pergunta cruzando os braços.

— Não faz isso April... — Quase choramingo vendo que seus peitos levantaram pelo gesto e ela ri.

— Estou saindo. — Ela levanta as mãos em rendição e quando ela se vira eu vejo, sem querer, sua bunda.

Puta merda.

— Ei. — A chamo e ela se vira de imediato. Assobio modelando com as mãos uma bunda imaginária e ela ri. Ri muito antes de entrar no banheiro.

Sorrio por faze-la se sentir melhor.

Enquanto escuto o chuveiro sendo ligado penso no porque acham April esquisita. Tudo bem ela pode ser na dela, ser mais quietinha, gostar de estar com poucas pessoas e sempre estar com um livro na mão, mas ela é importante pra mim. Não sei explicar, desde que conheço Noah a gente o ajuda a cuidar das meninas por sermos os mais velhos e praticamente da família, mas eu nunca me importei tanto com Holly como me importo com April. Eu gosto de ouvir ela falando sobre seus livros ou suas músicas, quando ela fala de assuntos inteligentes, quando ela está brava e fica vermelha, quando me dá bronca, quando ri comigo...

Não consigo entender como as pessoas não podem gostar de alguém tão perfeita como ela.

Meus pensamentos são interrompidos com o som de seu choro. Ela deve ter ligado o chuveiro só pra disfarçar.

— April o que...

Ela estava encostada no box chorando enquanto as lágrimas não paravam de rolar pelas suas bochechas.

— Para April. Para de chorar. — Sussurro quase entrando em pânico.

Caralho por que mulheres tem que chorar?  Isso devia ser, sei lá, castigo para os homens que não sabem lidar com isso.

— Por que isso aconteceu comigo Alan?

Eu sempre ouvia histórias de garotas que sofreram abusos ou tentativa, como no caso de April, onde elas ficavam se culpando, mas só de vê-la se culpar me faz se sentir mal e querer matar de verdade aquele cara.

— Xiii fica quietinha. Você não tá mais lá. Abraço ela entrando de baixo do chuveiro sem me importar com minhas roupas ou que ela só está de calcinha e sutiã.

— A culpa é mi...

Seguro seu queixo e a faço olhar pra mim a força. Os olhos azuis agora estavam avermelhados, mas ainda assim eram os meus preferidos.

— A culpa NÃO é sua April e nunca vai ser quando o assunto for esse. — Digo no tom mais sério que eu já fiz em toda a minha vida.

— Tá. — Ela sussurra tombando a cabeça em meu ombro e respira bem fundo. —Tá, tá bom.

Ela olha em meus olhos e sinto que estou enlouquecendo, mas é igual quando bebemos pra caralho e sabemos o que acontece depois, mas não nos importamos na hora. Porque parece bom. Muito bom.

Puxo April pela cintura e beijo seus lábios. Ela não recua, ela simplesmente abraça meu pescoço me tomando inteiramente pra si, encostando suas costas na parede fria, onde me empurro contra ela, deslizando minha língua para a sua boca sentindo que nunca beijei uma garota como estou beijando April agora.

Com vontade de beija-la e não com vontade de comer ela. Eu só queria beijar ela ali e fazer com quem ela se sentisse melhor.

Mas eu não conseguia parar. Minha mão já estava passeando pelo seu corpo sem eu me dar conta, minha boca se movia desesperada e a ela correspondia tudo aquilo.

Porém tenho que me separar.

— O que foi? — Ela pergunta sorrindo um pouco constrangida. As bochechas bem coradas e com os lábios lindos inchados. Deus que tortura.

— Desculpa. — Sussurro já saindo do banheiro.

Droga Alan ela é a irmãzinha do seu melhor amigo, para de ser tão idiota.

Mas eu não conseguia. Porque eu gostei e é difícil fingir que não.

Arrumo a cama pra ela dormir e me troco tirando a roupa molhada colocando apenas uma calça moletom.

— Até que não ficou tão ruim.

Olho para April e a vejo em minha camisa que ficava larga pra ela e a cueca box que parecia um short.

— Será que se eu por sua calcinha e sutiã eu fico bonito também? — Pergunto e ela dá risada vindo até mim. — Está cansada?

— Uhum. Muito. — Ela sussurra com os olhos pesados se deitando na cama. —Você não vem?

— Eu não durmo com garotas. — Digo e aquilo faz April sorrir, não sei o porquê e acho melhor eu continuar sem entender.

— Eu não sou qualquer garota Alan. —April continua sorrindo e respiro fundo.

— É você não é qualquer garota April.

Especialmente pra mim.

Por April.

Acordo sentindo um pouco de dor no corpo, mas por incrível que pareça eu não queria sair da cama. Estava preguiçosa e geralmente não sou assim, mas tive uma boa noite de sono e uma péssima noite ao mesmo tempo.

— Ai meu Deus. — Sussurro apavorada por estar abraçada a Alan. Céus estamos de conchinha? Eu estou dormindo de conchinha com um garoto?

Eu só posso estar enlouquecendo, devo ter batido a cabeça ontem e...

Ah céus o pau do Alan está duro e o volume está encostando em minha bunda. Respiro fundo e olho para baixo vendo suas mãos abraçando minha cintura, sentindo sua boca em meu pescoço. Por Deus Alan e eu... Não. Acabo de me lembrar, nós só nos beijamos e me lembro de ter ficado frustrada e agradecida por isso.

Por um lado, transar com Alan deve ser a melhor coisa do mundo. Todas as garotas só faltam ter um orgasmo quando escutam o nome dele e eu já o vi fazendo algumas coisas com as garotas por aí. Mas por outro lado, não queria perder minha virgindade agora, principalmente depois de quase ter perdido ela com um estrupo. E Alan agiu diferente. Ele me respeitou... Ele sempre me respeita, mas ele teve noção de que não seria o certo. Nada está certo, o beijo, estarmos dormindo como namoradinhos, eu ser a primeira garota no quarto dele, estar usando suas roupas...

Merda isso me lembra muitas cenas de vários livros e nunca, nunca acaba bem.

— COCOOOOO MEU VESTIDO A LA FRANCE!

Tremo com o grito estridente que vinha de algum lugar da casa e escuto Alan murmurar xingamentos em meu pescoço.

— Maldita Coco.

Não consigo segurar a risada e sinto seu sorriso se formando em meu pescoço. Eu vou desmaiar se ele continuar com a boca aqui.

— Desde quando está acordada? — Ele pergunta cheirando meu pescoço e tenho que morder o lábio.

— Desde que senti seu pau duro pressionando minha bunda. — Mordo mais forte minha boca quando ele se afasta totalmente se engasgando numa tosse e uma risada.

— April, todos os caras acordam com o pau duro. Não me pergunte o porquê, porque eu não sou médico e nem gosto dessas paradas de ossos e bisturis. — Ele começa e não consigo parar de sorrir. Alan tem essa mania de falar muita bobagem em uma frase só e eu sabia que ele não seria médico. Ele quer montar uma banda, mas não fala muito. — Seu pai deve acordar de pau duro também, mas pode apostar que as causas não são naturais, se chama Elle Panko...

— Alan! — O repreendo fazendo uma careta de nojo. — Eu tive a pior imagem da minha vida agora.

Ele ri e antes que ele diga alguma coisa, sua mãe grita de novo.

— COCO SUA MAL CRIADA, PARE DE MASTIGAR MINHAS PANTUFAS COR DE ROSA.

Alan revira os olhos e me olha como se estivesse prestes a abrir um buraco no chão.

— Logo ela vai sair pra trabalhar, deixa eu resolver isso e você fica aqui. — Ele diz enquanto acendia um cigarro, mas seguro sua mão.

— Por favor. — Peço e ele olha de mim para o cigarro e depois para mim de novo.

— Tá bem. — Ele resmunga e dou um beijo em sua bochecha por ele ter largado a caixinha de cigarros. — Não fiz isso por você ok? — Diz ele apontando pra mim enquanto saia.

— Claro que não fez. — Digo irônica e volto a me deitar.

Ai Alan... O que estamos fazendo?

Oiiii genteee, como vocês estão?

Pra quem fanficou Alan e April está aqui! Eu sempre achei que eles tinham potencial mas não sabia que era tanto até escrever.

E calma lá gente, April tem 16 e Alan 18 kkkkk ele é o mais novo dos meninos. Então não tem nada errado aí e eles nem transaram.

O que acharam do capítulo?

Não se esqueçam de votar e comentar❤️

Até o próximo capítulo...

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