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Depois da foda no banheiro também era impossível de eu chegar preocupada com alguma coisa, eram só risadinhas pra lá e pra cá. A única coisa que me fazia desanimar mesmo era lembrar que Pedro iria voltar pro Brasil no dia seguinte, e sabe se lá quando eu ia conseguir ajeitar pra ir também.

Estacionamos o carro na frente da casa, avistei o carro do Caleb e eu torci pra que tudo desse certo, Pedro deu a volta e parou do meu lado pra gente entrar juntos. Ele fez questão de segurar minha mão e entrelaçar nossos dedos, entrando como casal mesmo. Nunca imaginei estar tão tranquila com ele do jeito que eu tava e pretendia continuar.

Entramos na casa da Livia e Juliana veio logo correndo na nossa direção pra falar com a gente.

— Cunhadinho, se Caleb arrumar problema contigo pode falar comigo. Eu como ele na porrada! — ela falou abraçando ele de lado que riu.

— Esses americanos são tudo pão, relaxa! — ele disse se achando e eu neguei com a cabeça de tanto que ele era convencido.

Ele segurou minhas bochechas formando meus lábios em um peixinho e me selou. Já sabia que era pra marcar território, mas zero incomodada.

Apresentei ele pros moleques que por enquanto Caleb não estava perto, e Pedro fez amizade rapidinho. Por que homem é assim né? Amigo de todo mundo. Já me largou e foi jogar sinuca com a rapaziada enquanto eu fui falar com as meninas.

— Amiga, representou hein! — naju falou olhando pro Pedro de longe. Ela era uma das únicas que falavam português.

— Né menina? Eu não aguento com eles dois. — Juliana disse bebendo um gole da bebida dela.

— Ele é um gato mermo, não sei como aguentei tanto tempo longe. — falei o observando.

E de fato, agora era tão fácil enxergar o quanto eu gostava dele, que era difícil aceitar o quanto demorei pra ver isso. Perca de tempo total, mas tudo acontece no tempo certo.

— Como assim? Vocês já namoraram antes? — ela perguntou curiosa.

— Ih amiga, a história deles é de longa data. — Juliana contou e eu assenti.

Livia chegou com Marina e continuamos conversando sobre como elas queriam ficar bêbadas, tinha bebida pra caralho e eu nem queria ficar tão chapada porque queria aproveitar meus últimos momentos com Pedro.

Avistei Caleb vindo de longe com o Felipe e já vi a merda, o moleque era tão inconveniente que Felipe ficou na sinuca com o resto dos garotos e ele veio na nossa direção.

— E aí gente, como vocês estão? — ele disse abraçando Marina por trás. Era a única que dava mais confiança pra ele.

— Você acabou de falar com a gente, Caleb. Não começa, vai lá jogar com os moleques. — Juliana deu um passa fora.

— Que isso, que grosseria. — ela revirou os olhos. — É que eu vi a Maluzinha que ainda não tinha chegado e quis vir falar, não posso?

Ela fez cara de merda pra ele imitando o que ele tava falando e eu só fiquei rindo.

Era impossível de não reparar Pedro reparando lá do outro lado, provavelmente já tinha até perguntando para os moleques qual era o nome de quem tava com a gente pra ele poder vir marcar mais território. Eu conhecia meu cria.

— Fala então coisa chata, que que você manda? — quis levar ele na brincadeira pra não ficar climão chato.

— Nada po, só bateu saudade. — ele mandou um beijo no ar pra mim.

Coincidências 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora