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— Nós vamos pra Vegas! — Mari anunciou colocando mais um pouco de risoto no prato.

— Jura? Quando? — perguntei.

— Na semana que vem, né amor? — ele assentiu.

— Já tô até vendo vocês com aqueles joguinhos de doido de pegar os outros lá, cheirados até demais. — Lobão negou com a cabeça.

— Tá maluco cara, agora somos compromissados. — João fez cara feia pra ele.

— Hum, grandes merdas pra vocês. — Magalhães riu.

— Pior que é verdade. — eu ri também.

— Vocês são chatos, vai ser uma viagem romântica po, vocês não sabem de nada. — Mari falou irônica.

— Ainda bem que você tá rindo e sabe que não é verdade. — Karine brincou.

— Pedro tá quietinho demais, qual foi? — Luan perguntou se servindo de mais coca.

— Ah nada, é aquele problema, tu sabe. — falou mais reservado.

— Joga na roda moleque, todo mundo aqui é quase irmão. — João disse.

— É, tô nem te entendendo. — Lobão fez careta.

— Nem eu, que que foi Pedro? — Mari insistiu.

— Amor, se não quiser falar eles vão entender também, não é galera? — Madalena disse segurando a mão dele e nos olhando.

Dei de ombros.

— Eu não, nunca escondemos nada um do outro. — Karine cruzou os braços.

— É o Mike mano, ele não é mesmo meu filho. Fiz o exame em uma clínica confiável, deu relação de paternidade negativa e agora não posso fazer nada na justiça por ele. Mal demais com isso, mano. — negou com a cabeça.

— Que filha da puta! — bati na mesa pensando na Letícia, se tinha uma mulher que eu odiava, essa mulher era ela.

— Mas amigo, você registrou ele depois, viveram juntos, não tem como você fazer nada mesmo? — Sarah perguntou tentando ajudar.

— Não sei, meu advogado disse que existe possibilidade de algumas alegações, mas é bem difícil de eu ganhar tá ligado? — assentimos.

— Nossa, que loucura! Ele deve tá muito triste de tá com essa mulher maluca. — João falou.

— Uma hora ou outra essa louca vai aprontar e tu vai ter mais chance ainda na justiça, pode ter certeza. — Luan passou confiança.

— Tomara, mano! — disse tristonho. Odiava vê-lo assim.

Terminamos de comer e nos separamos em tarefas pra arrumar a bagunça que fizemos com tanta comida. Todos tínhamos coisas pra fazer fora dali, eu mesma tinha que resolver onde eu ia ficar, se seria em casa mesmo ou na do Bruno, e ainda tinha que visita-lo.

Decidimos ficar só mais um tempinho jogados na sala descansando o almoço enquanto conversávamos até porque tínhamos que estar bem dispostos pra noite mesmo.

Se não fosse a equipe maravilhosa que eu e Karine contratamos pra resolver todo o evento pra gente não ter que se preocupar com tudo, seria uma correria só.

— Gente, não aguento mais segurar a novidade que trouxemos pra vocês! — disse Karine se levantando do colo do Luan e nos olhando com brilho nos olhos.

Estranhei total porque eu não fazia ideia nem de que eles tinham uma novidade.

— Ah é, não sei nem como esqueci. — Mari falou — Adianta isso logo!

Coincidências 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora