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MARATONA 3/5

MARIANA

Saímos da capela felizes da vida, saltitando pela calçada e enchendo nosso bucho de cachorro quente, até o taxista que cujo o nome era Felipe, estava comemorando conosco.

— Boa sorte pra vocês e bom casamento! — Felipe gritou assim que voltamos pra pagá-lo.

Por loucura pedimos uma bebida na nossa conta e subimos bebendo. Juro por tudo que eu nunca fiquei tão bêbada quanto eu estava, parecia que tinha desaprendido a andar e pensar muito menos, minha mente no momento era só flores.

— Perdemos a chave! — João avisou com os olhos arregalados me olhando em frente ao nosso quarto.

— Eita, Felipe roubou a gente. — fiz careta e comecei a rir.

— A gente pode dormir aqui na porta mesmo, o piso é macio. — ele falou já agachando.

— É, pode ser! — assenti e sentei ao lado dele.

Encostamos na porta e ficamos nos olhando rindo de toda a situação. Tava insano. O sono tava forte, as pessoas que passavam pelo nosso corredor olhavam estranho, mas eu não tava nem aí.

— João! — cutuquei ele que tava quase pegando nosso sono.

— O que?

— O que que é isso na sua mão? — perguntei vendo algo fino que ele segurava firme.

— Ih, é a chave. — disse e nós começamos a rir. — Ainda bem que achamos.

Eu assenti e tentamos abrir a porta, tava difícil, foram algumas tentativas de passar aquele cartão, mas no final deu certo.

— Agora é hora da gente ficar pelado. — ele disse esfregando as mãos uma na outra e rindo malicioso.

— Como eu esperei por isso! — falei andando em direção da cama.

— Vou só deitar pra ver se tá aconchegante pra nós dois! — ele falou se deitando na cama.

— Super! — falei nada com nada e me joguei também.

Meus olhos estavam prontos pra serem fechados e eu entrar num sono profundo, até algum celular começar a tocar extremamente alto no nosso ouvido. Senti João me cutucar pra levantar, mas eu não ia mesmo. Ele que o fizesse.

— É o Luan. — ele disse bocejando e atendendo a chamada de vídeo.

Começou uma gritaria que só. Karine, Malu, Pedro, Sarinha e Luan fazendo mil perguntas, perguntando como tudo estava, e minha cabeça só girava.

— Ta tudo bem, agora vão dormir! — mandei com os olhos fechados.

— Caralho, vocês parecem estar em Nárnia. Que que aconteceu aí? — Pedro perguntou rindo.

— Ah, só foram algumas bebidas, algumas festas, bares, um hot dog e nos casamos! — João disse enquanto bocejava de segundos em segundos.

— QUE? — eles gritaram em uníssono.

— Que o que? — perguntei rastejando com a voz, não aguentava nem abrir o olho.

— Vocês se casaram? — Sarah perguntou assustada.

— Onde foi isso? — Karine insistiu.

— Vocês estão brincando, ne? — Malu disse rindo.

— Até parece que é grande coisa. — João respondeu se ajeitando no colchão pra dormir de novo.

— Se casaram mesmo? Não é possível. — Luan riu sem acreditar.

— Aí gente, tchau. — arranquei o telefone da mão do João e joguei pro tapete no chão. Queria dormir e esses porras não paravam de falar.

Coincidências 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora