28 - Faz com que me sinta estranho.

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(desculpe pela demora-)

Você tinha dormido com aquele sentimento bom de dia aproveitado, e acordado satisfeita. Esticando seus braços e bocejando, você se levantou e foi em direção ao banheiro.

Tomando um banho rápido você automaticamente começa a secar o cabelo após o banho/os ombros, já que é careca, aproveitando também para checar suas mensagens. Surpresa em ver um novo grupo.

"'Praça'...? Que estranho. Deve ser um grupo em que minha mãe me colocou aleatoriamente".

Mas para sua surpresa, era um grupo com os seus amigos de ontem, usando o pequeno grupo como local de conversa, assim como tinha sido ontem à noite. Depois de ler pelo menos um terço das milhões de mensagens mandadas, você desiste, começando a colocar seu uniforme.

O som da campainha chama sua atenção, e você franze o cenho: quem poderia ser, tão cedo assim? Você não se lembra de qualquer aviso da sua mãe de alguma encomenda. Se olhando no espelho e concluindo que seu uniforme desarrumado e amassado era aceitável, você desceu e abriu a porta da sala.

Shinso apoiava-se no batente da porta com seu ombro, ambas as mãos enfiadas em seus bolsos. A mochila escolar desleixadamente passada sob seus ombros. O olhar cansado rapidamente encontra o seu.

– Vamos? – ele pergunta, te olhando de cima a baixo. – Se bem que acho que ainda vai precisar de alguns minutos

– Ir pra onde? – você franziu o cenho, cruzando os braços. Shinso apenas segura levemente a própria blusa do uniforme, olhando para ela e para você novamente.

– Nós vamos juntos. Vou esperar você se arrumar aqui. – você dá de ombros, um pouco surpresa com atitude do amigo mas resolvendo não o questionar. Seu cabelo já havia secado consideravelmente, então você apenas pegou sua bolsa e seus sapatos, um pequeno pão, fechando a porta de casa.

A caminhada foi calma, como se você estivesse sozinha – o que normalmente te desespera e te faz puxar qualquer assunto, mas por algum motivo esse silêncio era algo confortante quando era com Shinso. Como ele parecia distraído olhando os arredores, você concluiu que ele sentia o mesmo.

– Quando você acha que iremos para o acampamento? – você pergunta, colocando as mãos nos bolsos e chutando uma pequena pedra. – Estou ansiosa, você acha que eles têm algumas termais por lá?

– Acho que vão explicar isso logo. Mas se eu fosse você, não esperaria muito da UA: para uma escola com uma quantidade absurda de dinheiro, eles gostam de colocar os alunos em situações de sobrevivência extrema. Então eu não anteciparia um spa se fosse você. – você bufa, olhando por um momento para os olhos lilás do arroxeado.

– Você sabe muito bem como 'acabar com a minha onda'.

– Gosto de chamar isso de "expectativas realistas". Mas você faz o que quiser.

(...)

Aizawa tinha acabado de terminar de explicar sobre como seria o acampamento, e seu spa maravilhoso logo se tornou em um pesadelo. Credo, você odiava insetos/até que gostava de insetos, mas não perto de você/gostava de insetos e tal, mas não era algo que você queria ver no momento. Pelo menos a experiência de montar barracas e fazer sua própria comida com o que encontrar seria bom para você, caso por algum motivo acontecesse de você se perder no mato. O que te faz questionar o por que iria para o mato só pra começar.

Você foi puxada de seus devaneios pelos passos de seus colegas saindo da sala, então você cegamente seguiu concluindo que era a hora do lanche. Você ultimamente não tinha comido muito quanto comia, repetindo uma ou duas vezes. Seus amigos conversavam em volta de você, e você animadamente conversava de volta com eles. O resto do dia tinha sido tranquilo, tão leve que você nem percebeu quando era a hora de ir embora.

𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso HitoshiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora