43 - Arranhões na sua costa.

536 65 111
                                    

(nota: gente to querendo fazer esse capitulo faz taAAAAAAAnto tempo por isso ele é mais longuinho aproveitem ;)
ps: o titulo não é sobre o que vc está pensando)

Você sentiu seu estômago embrulhar a cada passo dado em direção ao hotel. De aparência nova, o estabelecimento era claramente de luxo, grandes candelabros decorando o topo do térreo. As paredes, num tom claro e adornado com partes douradas, pareciam ter sido pintadas recentemente. Várias pessoas entravam e saíam do hotel, muitas com roupas que claramente custam um bom carro.

Com as pernas paralisando pela incerteza, você caminhou em direção à bancada da secretária, no meio do cômodo:

Mas sua garganta estava seca demais para falar qualquer coisa.

Uma outra mão apertou levemente a sua direita — você sentiu o calor gostoso que ela te compartilhava, comparado com o quão frio as suas falanges se encontravam antes. A voz estava tão perto que você até conseguia sentir as vibrações do peito da pessoa, reverberando a cada palavra:

— Estamos aqui para ver uma pessoa no oitavo andar. — Hitoshi apertou gentilmente a palma de sua mão com a própria, como se numa tentativa de te afirmar que estava tudo bem. — Nos disseram que não teríamos problemas em entrar.

Por um breve momento, seus olhares se cruzaram. Os orbes claramente cansados e tristes de Hitoshi nos seus olhos curiosos e repletos de medo. Seu corpo todo esfriou num reflexo, como se você tivesse acabado de levar um mini susto. Observando aquela cor lavanda no fundo das írises dele.

"Huh"

BA-DUM

— Só um momento. — a secretária franziu o cenho, teclando rapidamente no computador encima da mesa. Após alguns segundos com apenas os barulhos de seus dedos nos dígitos, sua expressão se abre: — Ah sim, vejo aqui que o morador deixou um aviso pedindo que deixassem vocês entrarem. Por aqui.

Maya — você conseguiu ler o nome no crachá depois de muito esforço — te entregou um pequeno cartão, te explicando como os sistemas de portas do prédio não possuem chaves, mas sim utilizam de passes. O nível do cartão que ela te deu não lhe daria problemas em passar pelos corredores, mas para entrar nos cômodos, você precisaria que o morador abrisse a porta.

Você achou que Shinso fosse soltar sua mão quando a interação com a secretária acabasse, porém, ele continuou te acompanhando como se nada estivesse acontecendo. Shoto era muito educado para falar qualquer coisa, e Monoma estava tenso demais para fazer piadas de namoro.

— Uh..., Hitoshi? — parando seus passos, você olhou por cima de seu ombro e para trás, encarando o amigo mais uma vez.

— Sim?

Seus dedos livres na mão esquerda procuravam por calor na sua própria palma. Você aproveitava para brincar com eles e se distrair.

— É que... Você tá segurando a minha mão já faz um tempo. — ele piscou lentamente, levemente cerrando as sobrancelhas

Balançando a cabeça e colocando a mão livre no pescoço, Hitoshi solta ar pelas narinas:

— Desculpe, é um problema? Achei que você fosse apreciar. Como seu amigo, achei que poderia te tranquilizar um pouco. — Shinso parecia desinteressado no assunto como sempre, seu rosto estoico nunca mostrando um pingo de emoção.

Você resolveu deixar para lá. Pelo menos, ele esquentaria uma de suas mãos.

(Shoto tentou segurar a mão de Monoma na inocência, e não entendeu por que ele se negou.)

Usando o cartão e desbloqueando o acesso para o elevador, os quatro entram, e Shoto aperta o botão para o oitavo andar. As portas se fecham, e vocês se encontram presos momentaneamente dentro de uma caixa de espelhos. Para um prédio luxuoso como esses, você acharia que o arquiteto teria algumas ideias melhores para o interior do elevador. Ou talvez você só estivesse pegando pesado.

𝑰𝑵𝑺𝑶𝑵𝑰𝑪𝑶 | Shinso HitoshiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora